Problemas e Soluções

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Alguns dias se passaram..

Por Maria

Minha filha estava cada dia mais sensível desde que soube a verdade, ela tinha medo que Estêvão deixasse de amá-la agora que sabe que não é seu pai biológico.
Os dias ficaram difíceis, Luísa estava mais ciumenta em relação ao pai e sua relação com alice também estava estremecida por ciúmes já que a pequena também queria atenção do pai. Nós estávamos doidos com as brigas diárias e tentando manter a paciência diante aos sentimentos da nossa primogênita.

- Amor, podemos conversar? - disse Estêvão ao entrar em casa.
- Podemos sim, amor - disse - Mas antes vem cá me cumprimentar direito. - sorri vendo-o se aproximar.
- Desculpe amor, a história da Luísa tá me preocupando demais. - me respondeu e logo me puxou pela cintura.

Ao sentir suas fortes mãos em minha cintura, me arrepiei, ele me beijou carinhosamente, foi como se todos os meus problemas desaparecessem naquele momento.

- Eu amo seus beijos, sabia? - disse acariciando seu rosto enquanto ainda sentia uma de suas mãos em meus cabelos, como ele amava desde que namorávamos.
- Eu amo estar com você, amo seu corpo, amo você por inteiro - me respondeu me beijando novamente, com todo amor e isso poderia ter sentido em cada carinho em que trocávamos. - Vamos conversar no quarto, não quero que as crianças ouçam os problemas.
- Vamos.

Caminhamos até o quarto, primeiramente caminhei até a varanda do quarto onde consegui ver as crianças brincarem no jardim com a babá enquanto Luísa estava sentada com os pés na piscina.

- Amor, tô preocupada com a Luísa - ele disse preocupado se sentando pesadamente a cama.
- Eu também, querido, o que acha de levarmos ela a algum psicólogo? - sugeri me sentando ao seu lado.
- Acho que possa ajudar. - respondeu triste - vamos chamá-la para conversar?
- Vamos, meu bem. - respondi me levantando - Vou chamá-la enquanto você troca de roupa sim?
- Claro, meu amor.

Enquanto Estêvão caminhou para o closet para se trocar, desci até a área de lazer onde estava nossa primogênita.

- Minha filha, vamos subir? Seu pai e eu queremos conversar com você. - disse acariciando seus lindos cabelos.
- Vamos sim, mamãe - ela disse sorrindo fraco.
- Amor, porque você está tão triste assim? - disse enquanto subíamos a escada para chegar em meu quarto.
- Eu me sinto culpada por você ter sofrido tudo que sofreu, mãe, porque sinto que todas as vezes que você me olha, você lembra daquele maldito momento. - me respondeu quando entramos no quarto.
- Filha, você não é culpada de nada que aconteceu - Estêvão lhe respondeu.
- Filha, seu pai e eu queremos que faça terapia. Achamos que possa te ajudar nesse momento - lhe disse enquanto ela deitava em meu colo.

Estêvão sentou em nossa frente, foi doloroso ouvir nossa filha chorando se sentindo culpada de algo que Luciano fez, ele era culpado disso e isso me irrita, me irrita o fato de que apesar de estar morto continua nos fazendo tão mal.

- Papai, eu sinto tanto medo de quando a Alice crescer você amar mais ela do que eu... ela é sua filha e eu não.
- Claro que você é MINHA FILHA. - Estêvão a respondeu - Eu amo todos vocês por igual, minha filha, ninguém pode te substituir princesinha - acariciou seus cabelos.
- Eu amo tanto vocês... - ela disse chorando - Eu aceito ir no psicólogo, acho que me fará bem. - Te fará muito bem, filha - acariciei até que o choro cessasse.

Luísa acabou dormindo em nossa cama, a cobri e beijei seu rosto, logo Estêvão fez o mesmo. Juntos nos retiramos do quarto, indo para o jardim brincar com nossos filhos mais novos. Gustavo e Alice eram inseparáveis, o que nos alegrava, observar meu marido brincar com nossos filhos trazia uma alegria tão grande no meu coração, porque era quando eu tinha ainda mais certeza de que tinha me casado com a pessoa certa. Com o amor da minha vida.
Nós começamos a correr pelo jardim atrás da bola, diziam meus pequenos que estavam brincando de futebol, então entramos na brincadeira.
No final da tarde, meu pai chegou com  ngela em minha casa para um jantar em família. Luísa estava no sentada em uma das pernas do pai e Alice na outra, como sempre estavam disputando atenção, Gustavo era grudado em mim, então estava em meu colo.

- Minha filha, como estão as coisas? - disse meu pai.
- Estão tranquilas entre Estêvão e eu, papai, mas depois que a Lu soube a verdade ela está bastante sensível e com bastante ciúmes da irmã. - disse enquanto acariciava os cabelos de meu pequeno.
- Ela já era bastante apegada no Estêvão, imaginei que fosse se apegar ainda mais - me respondeu - Já conversaram com ela?
- Sim, papai, marcamos um psicólogo também para ajudá-la a entender melhor o que vem acontecendo.
- Vai fazer bem a ela, minha filha. - ele respondeu.

Logo depois as crianças foram brincar com os avôs. Estêvão trouxe Luísa para ficarem comigo enquanto o jantar não ficasse pronto. Luísa sentou no meu colo, e Estêvão do meu lado, ele me beijou e ao ouvir Luísa reclamar, gargalhamos.

- Mamãe, não precisa beijar ele na minha frente né - resmungou Luísa.
- Porque não posso beijar seu pai, Luisa? - disse rindo
- Porque eu não quero ver isso - disse enciumada - E também porque tô com ciúmes do papai - sussurrou porém conseguimos ouvir.
- Tá com ciúmes de mim, filha? Mas eu sou da sua mãe também. - disse Estêvão rindo da careta da filha.
- Claro que não papai, você é meu, eu que empresto você para ela - disse nos fazendo rir.
- Então agora tenho que pedir permissão para beijar meu marido?
- Só não precisar se pegarem na minha frente, eu sou ciumenta - me respondeu.

Nós rimos, o clima estava maravilhoso, as coisas estavam começando a voltar a como era antes. Era maravilhoso quando fazíamos algum jantar em família, ver meus filhos crescendo tão bem e felizes era o que me trazia paz.

- A janta ficou pronta. - anunciou uma das funcionárias.

Assim caminhamos até a mesa de jantar, apesar de Alice dar um pouco de problema para se alimentar, tudo correu perfeitamente bem. Gustavo e ela subiram para o quarto com os avós para se preparar para dormir, já que meu pai e sua esposa ficariam para passar a noite. Estêvão e eu subimos com Luísa, que apesar de ter 15 anos ainda pedia para que fôssemos para o quarto com ela, por ciúmes.
Quando todos estavam em seus respectivos quartos, fomos para nossa suíte.

- Vamos tomar banho, querida? - disse Estêvão enquanto me puxava para seus braços, me permitindo sentir seu corpo junto ao meu.
- Vamos - disse quase sem voz.

Ele me levou para o banheiro, me desnudou, e logo fez o mesmo consigo me levando a loucura somente por vê-lo assim.
Ao entrar no banho, aproveitamos nosso momento juntos, esquecendo os problemas e as preocupações, era apenas nós dois e a imensa vontade de nos amar. E foi exatamente isso que fizemos.
Quando saímos do banho, vesti uma camisola e Estêvão apenas uma calça de moletom cinza. Deitamos e após um selinho carinhoso adormecermos.

Luz en la Oscuridad Onde histórias criam vida. Descubra agora