Três anos se passaram...

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Por Maria

A viagem de volta para casa foi tranquila, já que sempre optamos por viajar à noite enquanto os nossos filhos mais novos estão dormindo para não ser tão exaustivos para eles.
Estêvão se arrumava para ir trabalhar e eu havia terminado de sair do banho, para ir levar as crianças na escola.
Decidi vestir apenas um vestido soltinho, deixei meu cabelo solto, coloquei uma rasteirinha nos pés e apenas uma maquiagem leve finalizando com um gloss, de acessório havia escolhido apenas meu relógio rosê combinando com os detalhes rosas do vestido.
Estêvão usava uma calça social com uma camisa branca, sem gravata.

- Não vai trabalhar hoje, amor? - disse Estêvão me olhando.
- Irei trabalhar em casa, querido, não tenho nenhuma reunião na prataria hoje. - disse indo até ele ajudando-o a dobrar as mangas da camisa social até os cotovelos.
- Então venho para almoçar com você e com as crianças, hum? - disse me dando um rápido selinho antes de ir até a penteadeira pegar seu perfume.
- Estarei te esperando, amor - sorri apaixonada.

Após ele pegar suas coisas e terminar de se arrumar, descemos para a mesa de jantar encontrando nossos filhos prontos para irem a escola.

                                          •••

Três anos se passaram...

Luísa havia acabado de se formar no ensino médio e hoje iríamos matrícula-la na faculdade, a mesma já tinha 18 anos e estava radiante com a ideia de se tornar uma universitária.
Gustavo estava no terceiro ano do ensino fundamental e Alice estava indo pro primeiro ano, eles estavam completamente animados para esse novo ano que se iniciava.

- Amor, nós vamos levar Gustavo e Alice na escola e depois matriculamos Luísa na faculdade certo?
- Sim, querida - ele sorriu enquanto passava a geleia em sua torrada.
- Nem acredito que vou começar a fazer faculdade - disse Luísa alegre - Podemos ir comprar os materiais ainda hoje?
- Claro que sim, minha princesa - disse Estêvão.

Os anos se passam mas ele ainda trata Luísa como sua garotinha. A mesma já não era tão ciumenta quanto era quando era criança e adolescente. Agora eu podia beijar o meu marido tranquilamente sem ser interrompida por alguma crise de ciúmes.

- Mamãe, vocês vão nos buscar na escola hoje?
- Sim, meu amor, pegamos folga apenas para ficar com vocês.

Deixamos Lice e Gus na escola e então Estêvão dirigiu até a Universidad San Caetano del Sul, para matricularmos Luísa no seu curso, a mesma queria ser médica veterinária.

- Chegamos! - disse Estêvão saindo no carro e indo abrir a porta para mim e Luísa.
- Finalmenteee! - a mesma disse radiante - Vamos vamos - disse nos apressando.
- Estamos indo minha filha. - rimos de sua pressa.

Ao entrarmos na universidade, encontramos uma das coordenadoras que nos encaminhou para a diretora.

- Bom dia, senhor e senhora San Roman - disse simpática.
- Bom dia, senhora - dissemos alegres - Gostaríamos de matricular nossa filha Luísa Acuña San Roman.
- Acabei de ver o histórico escolar dela, fiquei impressionada com tamanha inteligência. Em qual curso desejam matricula-la?
- Medicina Veterinária - respondi orgulhosa de minha filha.
- Vocês trouxeram os documentos?

                                             •••

No shopping

Após matricularmos Luísa na universidade, a mesma que havia passado com todo seu esforço, trouxemos ela para escolher seu material escolar como ela havia pedido. Deixamos que ela comprasse o que queria na papelaria, uma vez que ela se esforçou para passar na universidade dos seus sonhos, merecia uma recompensa. Deixamos o cartão com ela e fomos até a praça de alimentação, comer algo enquanto ela fazia as compras.

- Nossa filha já vai para faculdade, consegue acreditar, amor?
- Ainda estou digerindo o fato da minha garotinha já ser uma mulher.

Pedimos apenas um milk shake para cada um, enquanto esperávamos Luísa. Não demorou muito para avistarmos ela vindo em nossa direção com dez sacolas.

- Você comprou a loja inteira, minha filha? - questionei
- Não mamãe, apenas o que pediram na lista e também um presente para Gus e Alice.
- Tudo bem, meu amor - sorriu Estêvão - Você está feliz?
- Muito, papai - disse eufórica.

                                          •••

Em casa

Quando fomos buscar Alice e Gustavo na escola, encontramos nosso filho com um cachorrinho no colo, o mesmo pediu para que o adotássemos. Não negamos, já que era uma atitude tão linda e sempre incentivamos isso nos nossos filhos, somente explicamos a ele que teria regras a serem cumpridas e ele claramente aceitou.

- Como ele vai chamar? - disse Alice eufórica.
- Apollo! - exclamou orgulhoso.
- É um lindo nome, meu filho! - dissemos sorrindo a ele.

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