37 - O verdadeiro enfadonho

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Siena fita seu reflexo no espelho dentro do vestido azul esmeralda que possui um decote simples e deixam seus ombros a mostra, sem contar que aquele modelo marca muito bem a sua cintura, deixando-lhe totalmente desconfortável. Além do mais aqueles tipos de vestidos avantajados e cheios de minúcias pinicam sua pele. Siena respira fundo, sabendo das pretensões de sua mãe escolhendo aquele vestido, — que não é indecente, mas quem quer olhe, imagina que ela está à procura de um marido — desejando que Siena saísse daquele baile com pelo menos uma proposta de casamento.

Os lábios de Siena estão pintados, algo que raramente ostenta, além de acessórios, todos adquiridos especialmente para ela. Porém, evitando pensar no que está por vir, Siena sai do quarto e encontra com toda a sua família a espera no saguão.

— Siena, como você está tão linda — Profere Samantha indo de encontro a irmã, abraçando-a — Vi que acertei na escolha do vestido, não é mesmo mamãe?

— Certamente, está adorável.

— Você sempre teve bom gosto para vestidos, minha irmã.

— Eu sei disso, inclusive se eu fosse você só usaria esse tipo de cor, combina com a sua pele clara.

Siena sorri de forma irônica fitando o olhar de Safira, que se segura para não rir.

— Dessa vez concordo com Samantha, você está linda neste vestido. Mas, devo acrescentar que não combina em nada com a personalidade de Siena — Diz Safira tentando ajudar as duas irmãs.

Samantha olha para a irmã mais velha com desdém.

— Ah meu Deus, esqueci que vocês são duas camponesas enfadonhas.

— É como nos velhos tempos, as três sempre se desentendendo, mas com carinho — O sr. Turner acha graça.

— Safira e Siena, não deixem Samantha ainda mais frustrada — A sra. Turner defende a filha mais jovem, como sempre fizera — Já não basta o casamento que lhe deixa inquieta.

As irmãs mais velhas se entreolham, evitando revirar os olhos na frente da mãe.

— Mas Samantha, obrigada! Eu adorei o vestido, sei que você escolheu com boas intenções — Siena cede.

— Tudo o que eu faço é com boas intenções minha irmã, a verdade é que sou a incompreendida dessa família.

— Não seja dramática, está cada dia mais parecida com a mamãe — Fala Safira.

— Safira, poderia pelo menos me respeitar? — A sra. Turner pronuncia de forma afetada — Não foi essa educação que te dei.

Safira se aproxima e abraça a mãe.

— Mamãe, a senhora precisa admitir que gosta de fazer um drama — Diz rindo da mãe, que não consegue não sorri de volta.

— Talvez eu goste um pouco — Concorda.

Logo Thomas, esposo de Safira desce as escadas e eles seguem de carruagem até o baile.

Logo Thomas, esposo de Safira desce as escadas e eles seguem de carruagem até o baile

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