Acordo cedo. Lambidas no meu rosto me fazem rir, abro meus olhos e vejo Budy em cima de mim. Faço um carinho no meu cachorro e me levanto. Cruella havia me dito que eu não poderia ver meu namorado, não falou nada sobre resolver negócios do meu interesse. Como ela disse, eu já tinha 19 anos, precisava amadurecer, e isso se inclui a ser independente deles. Respiro fundo caminhando para o banheiro. Faço minhas necessidades e me enfio debaixo do chuveiro. Tomo um banho demorado e lavo meus cabelos.
Saio e caminho para o meu closet. Pego uma blusa preta com algumas rendas, uma calça social e um blazer por cima. Calço um salto e pego minha bolsa. Deixo meus cabelos bem rebeldes e desço para a cozinha. Vejo que John já estava de pé. Estendo a mão e o mesmo coloca meu lanche. Beijo sua bochecha e saio da cozinha, dou de cara com Artie que me olha impressionado. Aceno para ele e continuo meu trajeto.
Abro a porta do carro e peço para o motorista ir. Ligo para Annie que me atende dizendo que já estava no local junto com Richard, irmão de Amy, advogado igual ao pai mas bem mais competente claro. Olho para os lados e vejo a pessoas apressadas caminhando. Chegamos ao lugar. Olho e respiro fundo.
— Vamos comprar essa espelunca. — O motorista abre a porta para mim e eu coloco meus óculos escuros. Olho a fachada e faço uma careta. — Isso é tão deprimente.
Os guardas abrem a porta para mim, entro e sinto meus olhos sangrarem com o que vejo. Annie caminha para meu lado e faço uma careta para um vestido ali pendurado. Reviro os olhos e olho para Annie que afirma.
— Já deu o pagamento? — Pergunto para a mesma que afirma. — Ótimo, e ele?
— Está ali se borrando de medo. — Annie aponta para o sujeito que eu quero ter uma pequena conversa.
Depois de tudo resolvido, para em uma cafeteria e peço um expresso. Peço também alguns bolinhos e começo a anotar algumas coisas. Passo um bom tempo ali, até que vejo que já são 13:00 da tarde. Decidi ir para casa até porque tudo já havia sido já concluído. Só faltava uma coisa que eu não poderia ter por duas semanas. Me levanto e entro no carro. Adormeci no mesmo.
Acordo quando já estávamos entrando pelos grandes portões da minha casa. O motorista abre a porta para mim e eu caminho para dentro. O céu havia fechado, uma grande tempestade já estava se aproximando. Respiro fundo sendo recebida por vários latidos alegres. Faço carinho em cada um e caminhoneiro direção a escada. Até que eu escuto um arranhar.
— Posso saber onde você estava? — Respiro fundo olhando para trás.
— Eu estava sendo madura mamãe. Algum problema? — Falo sarcástica para a mesma.
— Por favor Hannah, eu não quero brigar com você filha. Já perdi 2 anos da sua vida. — A mulher respira fundo olhando para mim.
— E parece que não foi o suficiente não é? — Falo arqueando a minha sobrancelha esquerda.
— Eu não tô acreditando que tudo isso é por conta do castigo. — Ela fala incrédula.
— Não! Isso tudo é por conta de você sempre, sempre ter dado mais razão ao Carlos do que a mim. Eu tive que suportar desde criança a sua preferência e a preferência do pai por ele, mãe! E eu cheguei ao meu limite! Você não queira que eu fosse madura, então me dar espaço! — Falo soltando tudo de uma vez.
Me viro para subir as escadas e dou de cara com meu irmão me olhando incrédulo. Passo por ele e vou em direção ao meu quarto. Tiro meu casaco e o jogo na cama. Entro no banheiro e tomo um banho demorado. Saio e visto uma roupa confortável. Começo a criar alguns projetos. Olho para o lado e vejo que já são 18:00 horas. Me arrasto até a cama e me deito. Durmo profundamente.
Cruella dorme profundamente abraçada ao marido. Porém sua feição está franzida. Como se estivesse sentindo dor. Até que ela escuta um grito alto a fazendo abrir os olhos rapidamente. Seu instinto de mãe já apita forte e a mesma se levanta rapidamente correndo até o lugar que seu coração mandava. Abre a porta bruscamente e ver sua filha apertando forte o edredom. Um pesadelo, um maldito pesadelo.
— Filha! Meu amor. Acorda. — Estella acorda a filha que abre os olhos assustada. — Calma meu amor, sou eu.
— O que aconteceu? — Minha filha pergunta olhando para os lados.
— Eu que pergunto. O que houve filha? Você estava se debatendo na cama quando eu entrei. — Me aproxima da minha filha que fecha os olhos.
— Nada mãe. Eu só sonhei com o fogo. — Entendo o que ela quis dizer. Me deito perto dela a abraçando beijando sua testa.
— Mamãe tá aqui pra protejer você meu amor. Eu te amo muito. — Beijo seus cabelos.
— Sério? — A mesma pergunta.
— A primeira vez que eu sonhei com você, eu tinha 16 anos. Eu era muito jovem mas sabia que o meu primeiro bebê seria uma menina. A segunda vez foi quando eu decidi virar a Cruella, eu tinha acabado de saber que minha mãe havia sido morta pela a antiga baronesa. — A trago para mais perto de mim. — E a terceira vez foi quando eu briguei com seu pai. Ele queria que eu me tornasse novamente a Estella que ele tanto amava, acabamos discutindo.
A vejo ficar tensa por um minuto.
— A questão é que eu sempre soube que seria você primeiro Hannah. Sim, eu e sei pai tínhamos o desejo de ter um menininho. Mas dentro do meu coração eu sempre soube que era você. — Acaricio seus cabelos.
— E mesmo assim você me feriu. — Murmura.
— Eu sei. — Murmuro de volta. — Filha. Eu amo você. Amo tanto você. Porém você não pode ficar passando algo na minha cara que eu já te pedir perdão. Eu preciso que você me perdoe, para seguirmos em frente. Por favor, eu não quero te perder novamente. Foi uma dor terrível. — Olho para seu rosto.
— Eu sei mamãe. Você me perdoa? — Ela fala sonolenta.
— Não. Até porque quem errou fui eu então você não me precisa pedir perdão. Eu preciso. Me perdoa. — Fecho meus olhos.
— Sim. Mas você tem que me perdoar por se imatura. — Ela murmura no meu colo.
— Você é como eu. Também já fui imatura. — Digo sorrindo levemente para ela.
— Eu comprei a Liberty. — Arregalo meus olhos olhando para a minha filha. — E vou contrata aquele homem novamente. Como empregado de limpeza claro.
— Se quiser, te ajudo na decoração. — Ela assente e eu a cubro com o edredom. Murmuro a melodia que eu cantava para ela dormir quando ela era apenas um bebê.
Então dormir naquela noite abraçada a minha filha.
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Filha da Cruella Devill
FanficA vida de Estella anda normalmente instável. Depois que conseguiu forjar sua morte, colocar a baronesa na prisão e assumir o seu lado Cruella, sua vida tinha dado uma maneirada nas aventuras. Agora estava focada em sua marca, os defiles aumentaram...