Minha vida secreta ...

Tudo na vida tem um propósito. As vezes demoramos para entender isso.As vezes precisamos de um simples gesto de carinho e afeto, para continuarmos fortes e entender a vida.Porém...eu não tive isso.

Meu nome é Agatha Terry Marques.Tenho 16 anos recém completados.Moro em uma cidade serrana com meus pais e irmãos mais novos.Meus pais tem uma empresa de cosméticos cuja a sede é no Rio de Janeiro.Deveríamos morar lá para facilitar as coisas, mas meu irmão tem problema respiratório, portanto não pode conviver com a poluição. Todas as terças e sábados eu cuido dele e da minha irmãzinha que ainda é pequena.As terças meus pais viajam para reunião da empresa e aos sábados eles saem para jantares e festas com socios.Locais que não podemos ir.Eu tenho uma melhor amiga que se chama Iara.Ela é demais.Não tenho uma vida social muito ativa,por isso aos sábados fico em casa.Minha família é uma família tradicional e moderna.Minha mãe é uma mulher linda e encantadora.Com olhos penetrantes da cor do céu,corpo esbelto.Ela é de estatura mediana e com cabelos castanhos claros, tão claro que parece loiro.Ela é a única que me entende. Meu pai é um homem de aparência tranquila.Alto e com cabelos pretos,olhos negros como a morte.Porém é simplesmente o melhor pai do mundo.Quando tinha 9 anos meu irmão Lucas nasceu.Como eu amo aquela criança.Eu faria tudo por ele.Ele é lindo, com cabelos castanhos e olhos pretos.Porém tudo que é bom dura pouco.Quando seus quatro anos bateram na porta eu simplesmente odiei.Não ele,mas suas atitudes.Mas sempre o contive,meus pais não gostavam,mas eu precisava fazer algo para ele parar de me bater.Castigo.A melhor coisa já inventada.Quando achei que seriamos só nóis dois, minha mãe liga para a cegonha e pede uma entrega especial.Valentina nasceu quando eu tinha 13 anos.Faria tudo por ela também. Hoje ela tem 3 anos. Totalmente diferente de nós dois.Ela tem cabelos ruivos e olhos azuis.Mas como ela tem cabelos ruivos?Tudo bem os olhos,ela puxou da minha mãe, mas e o cabelo? Meus pais brigaram por isso.Meu pai achou que minha mãe havia traido ele.Foi quando descobriram que tinha uma tia da minha avó paterna que era ruiva.Meu pai se desculpou com minha mãe, mas ela continou brava por três meses.Até ceder as desculpas.Todos apresentados.Eu?Bem sou uma menina normal como as outras.Tenho minhas dificuldades mas como mulher, consigo passar por isso. Não quero ser modesta mas já sendo, sou uma menina bonita.Não me acho, mas de tanto as pessoas falarem acabei acreditando.Não tenho nada de mais,se um par de olhos castanhos,cabelos castanhos claro,pele branquinha e boca desenhada e vermelhinha, é algo especial.Então acredito nas pessoas.

~ Atualmente~

Hoje é sexta-feira.Meu ultimo dia de aula.Saio da escola 12:00 em ponto.Na minha escola só tem horário de manhã, então meus irmãos e eu estudamos de manhã.A escola é enorme.Tem um prédio branco de três andares, que é onde os adolescentes que cursam o ensino médio,passam a maior parte do tempo. E tem um outro prédio que é onde os alunos da ensino fundamental e maternal estudam.Finalmente ouço o sino tocando dizendo que nós estamos livres.Férias!! Saio da sala de aula sendo empurrada por outros alunos que estam tão ansiosos quanto eu.Eu e Iara estudamos em salas diferentes porque os professores não aguentam nós juntas na mesma sala.Nos encontramos na portaria do prédio.Nos dirigimos ao prédio do ensino fundamental, para buscar Lucas e a Valentina.Minha mãe sempre nos busca na escola, mas hoje ela não vai poder porque tem uma reunião no Rio e tem que estar lá o mais breve possível.Então hoje eu vou para casa sozinha e levando minhas "malinhas". Assim que entro no prédio vejo uma movimentação estranha, professores correndo de um lado para o outro.Será que aconteceu alguma coisa? Saio em disparada atrás da sala do meu irmão. Como eu previa.Alguém passou mal na sala de aula.No último dia de aula.Graças a Deus que não foi o Lucas.Ele esta em uma cantinho da sala com uma cara de nojo.Assim que me viu saiu em disparada da sala.

Lucas: Que bom que chegou! - disse ele aliviado e ofegante pela corrida.

Eu:O que aconteceu?-perguntei para ele.