chains | louis p

𝟎𝟐𝟐

LOUIS PARTRIDGE, point of view
Los Angeles, California - USA

Eu já tinha saído da casa da S/n e agora tava indo em direção à casa do Caleb, os meninos estão todos lá me esperando, então já acelero mais, porque realmente não achei que ia ficar até tão tarde com ela.

Porra, ela só... Ultimamente eu tenho passado tanto tempo com ela que eu to cuidando mais de longe dos problemas com o tráfico, e isso não pode acontecer de jeito nenhum. Mas é meio impossível eu ficar muito tempo sem querer ela em minha volta, me enchendo e me incomodando, porque caralho, ela sabe fazer isso mais do que bem.

Essa porra de aposta ta sendo mil vezes melhor do que eu pensei que ia ser, ela é menos irritante do que eu pensava, e também mais inteligente, o que me faz perguntar como ela sequer aceitou entrar nessa aposta comigo.

Só que eu por estar passando muito tempo com ela, focado nela, focado naquele porra do Payton que quer comer ela, acabo esquecendo que tenho acontecimentos grandes pra esse mês, e foi por isso que eu convoquei essa reunião com os meninos agora, porque precisamos mesmo retomar algumas coisas que vão nos próximos dias, afinal, tem o assalto na joalheria daqui à umas duas semanas também e não programamos nada de como vai ser ou o que cada um vai fazer, o que realmente é importante.

Digamos que aqui em Los Angeles nós somos não só a mafia mais forte, mas a maior. Temos ligações com todos os tipos de máfias, não só com a Lu nos Estados Unidos, mas o pessoal da máfia Italiana e Russa são pessoas que eu sempre vou querer manter por perto, e é por isso que temos que ser grandes, pra eles investirem na gente e não dar mais merda pra frente, e bem... Como eu não poderia fazer tudo isso sozinho, eu tenho do meu lado os meninos, que eu confio cegamente.

Nas missões todos agimos juntos, mas o Noah é realmente bom com computadores, ele é um hacker tão bom quanto o Darren, e isso é bom, afinal, o cara era da polícia. O Caleb é um retardado, mas o cara é um dos que eu mais posso confiar pra chamar comigo no escritório e ver a planta de algum lugar, vendo como podemos nos infiltrar e planejar uma missão perfeita, os nossos cérebros funcionam bem juntos, ele pensa rápido e quase sempre sabe o que fazer. O que deixa o Timothée e o Finn, que são os melhores assassinos de aluguel que eu poderia pedir pra Deus por na minha frente. Eles matam quem for, eles realmente não se importam, o Timothée já matou até criança, mas ele sabe muito bem que eu sou contra isso, porque porra... Tenho minhas irmãs, então passa tudo isso na minha mente e eu fico bem puto na real, é foda.

Eu já vou parando o carro na frente da casa do Caleb, notando os carros deles e suspirando, eles que não me venham encher o saco porque to atrasado, a culpa não foi minha que a S/n inventou de cozinhar algo pra gente jantar.

Desço do carro com a maior calma do mundo e vou caminhando em direção à entrada da casa, os seguranças me deixam passar direto e eu entro sem bater mesmo, sem paciência de esperar porra de funcionário vir abrir a porta pra mim.

— Tava fodendo ou pagando um oral? Porra cara, a gente ta à horas aqui! — Finn diz desviando a sua atenção pra mim por uns instantes, logo já foca na merda que fosse que ele tivesse fazendo.

— Eu cheguei, não cheguei? — Ironizo, me jogando no sofá e vendo que o Noah e o Timothée até jogando no Xbox tavam. — Caleb, onde tão aquelas plantas da joalheria que eu tinha deixado contigo? — Ele vai até o escritório dele, então olho em volta e eu vejo o Finn terminando de enrolar a maconha, me fazendo rir. Ele já tinha uns 20 cigarros prontos, mas a gente ia precisar de mais mesmo.

— Cara, tu já comprou as armas do Benjamin e do Cam? — O Noah fala desviando o olhar pra mim e eu concordo.

— Mas vou precisar de mais algumas, sem contar que os novos adolescentes de merda que a gente contratou pra vender as drogas na escola, não sabem nem sequer usar uma arma, ou seja...