𝟎𝟎𝟕

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S/N ANISTON, point of view.

Los Angeles, California - USA

— Como assim? Está querendo me dizer que apostou algo tão sério desse tipo com um assassino? E eu achando que a s/n do ensino médio havia se mandado, assim que é bom. — Ela ironiza pelo outro lado da linha e eu bufo.

— Sadie, você não entendeu, eu tenho que fazer o que ele mandar, tudo. Se ele simplesmente me ligar às 4h da manhã, querendo que eu vá até a sua casa simplesmente ficar o encarando enquanto ele dorme, eu vou ter que fazer isso!

— Mas por quê? Sua mãe chega daqui à alguns dias, é só fingir que ta com uma diarréia ou algo do tipo até ela chegar, ai conta a verdade, entrega eles pra polícia, e fim da história. Ah, mas pega o carro dele antes de o entregar, eu super amaria uma ferrari. — Ela fala com irônia.

— Sabe Sadie, às vezes eu me pergunto por que ainda falo com você.

— Porque se falasse com o Payton, ele ficaria putinho, sabe como ele é o bom garoto. Aquele que terminou o primeiro ano de medicina graças a bolsa que ganhou na universidade por conta do futebol, em alguns anos vai ser algum cardiologista famoso, com a mulher perfeita e filhos, e ah, ser amigo ou se relacionar com um traficante não consta na lista dele, devia seguir o exemplo!

— Não quer trocar de lugar comigo então?

— Olha, pelo corpinho sarado eu trocaria, mas ele é mais babaca que o seu irmão, e eu realmente achei que isso fosse ser humanamente impossível.

— Humanos? Se eles são mesmo humanos, me fazem perder às esperanças na espécie.

— S/N! — O Noah soca mais a minha porta e eu bufo.

— Vai lá, e boa sorte. Já sabe, qualquer coisa é só ligar pra...

— Você, eu sei.

— Ia dizer para a polícia. — Ela fala e eu rio, logo desligando suspirando.

Ela está levando na brincadeira, mas acho que ela ainda não percebeu onde é que eu estou me metendo.

— Sim? — Falo ao abrir a porta e ver um Noah já vestido e que inclusive parecia já ter acordado à um bom tempo.

— Vamos sair, agora. Se veste e anda. — Ele fala isso e eu nem discuto, porque o que eu aprendi em aproximadamente 20 dias com o Noah foi que, você pode reclamar, espernear, chorar, e até mesmo morrer, mas quando eles tem algo em mente, não é você e nem ninguém que vai a tirar.

Fecho a porta e começa me vestir. Estava calor, e céus, fazia séculos que em Los Angeles não fazia tanto calor. O bom do verão do Canadá, é que não é aquele bafo insuportável, mas sim aquele calor tolerável e gostoso, ótimo para um bom bronzeado. Então ponho um short jeans e uma regata mais solta, que deixava a lateral do meu sutiã à mostra, ponho meu chinelo e passo só uma base no rosto mesmo, porque afinal, não sou obrigada.

Desço após pegar meu celular e encontro o Noah a falar e rir com a Jay, o que era algo estranho de se ver, ele sem uma cara de bunda.

— Querida, o Noah falou que vocês estavam saindo, então fiz um sanduíche para você poder comer no carro. — Ela fala e eu sorrio na hora.

— Obrigada, você é muito mais atenciosa. — Sorrio pegando o sanduíche e já o mordendo, que fome. Se bem que eu estou sempre com fome, então não sou ninguém para reclamar.

— Vamos logo, os meninos tão nos esperando. — A mim ninguém ta esperando né, eu só estou indo para o querido Partridge poder esfregar mais algumas vezes na minha cara como eu fui estúpida por o subestimar.

chains | louis pOnde histórias criam vida. Descubra agora