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LOUIS PARTRIDGE, point of view.
Los Angeles, California - USA

— Sim Peter, eu não acredito nisso. — Falo o olhando e bebo um pouco mais do whisky na minha mão, realmente ficando cada vez mais enjoado desse mesmo gosto.

— Qual é cara, eu odeio o Vinnie tanto quanto tu. — Ele tenta, mas não sou burro. Nem a pau.

— Mas também me odeia tanto quanto ele. — Falo isso e ele só sorriu, realmente não negando. — Então não, eu não preciso da tua ajuda em achar ele, posso fazer isso sozinho. Nunca precisei de ninguém. — Falo como um autêntico arrogante filho da puta, não que eu não seja.

— Qual é Partridge, nós 3 somos os maiores da região, e...

— Não, tu tá enganado. Pra ser exato, eu sou o maior do país. Tu é só um dos maiores do nosso estado, então aquieta o cu e aceita que a minha resposta é não. A última pessoa que eu preciso como mais novo sócio, é tu. — Falo já aproximando o baseado da minha boca e dando uma tragada, soltando bem devagar a maconha enquanto o olhava de cima a baixo, tendo a paciência dentro de mim sendo diminuída cada vez mais.

— Partridge, são negócios. Se derrubarmos o Vinnie, eu pego metade do que ele tem e você a outra metade.

— Eu não quero a cabeça dele por metade do território, eu não quero porra nenhuma dele. — Eu falo isso e ele estranha, realmente parecendo não entender.

— Então por que tá atrás dele há um mês?

— Ele fez uma coisa que eu não gostei, simples.

— E por isso vai matar o cara? — Ele me olha surpreso, como quem não acredita. — Ele simplesmente fez alguma porra que tu não curtiu e isso vai custar a cabeça dele? Tu é doente? — E com isso eu chego até a rir.

— Pra tu ver o que eu faço quando pessoas fazem algo que eu não quero, te manda. — Falo olhando pra porta e ele levanta, realmente nada contente, mas ele que se foda.

— Bem, quer mesmo ganhar outro inimigo ao invés de aliado? — Ele ergue a sobrancelha, como se eu tivesse mesmo alguma dúvida em cada porra que faço.

— Essa vingança é pessoal, então não preciso de nenhum aliado, já tenho quem eu preciso. — Eu falo e ele apenas concorda.

— Pode se arrepender, talvez eu me una mesmo ao Vinnie e te destrua. — Ele fala isso quando abre a porta e eu me levanto da cadeira na hora. Filho da puta.

— Sabe onde ele ta? — Ele sorri pra mim e dá de ombros, como se não fosse a porra de uma resposta concreta. — Volta aqui, agora! — Falo bem puto, apontando pra que ele volte e fique na minha frente, exatamente onde estava a segundos atrás.

— Talvez sim, talvez não, mas afinal, por que quer saber? Você já tem todos os aliados que precisa. — Ele fala e quando sai, eu jogo o copo com tudo contra a porra da porta, a mesma que já é aberta na hora pelo Timothée.

— O que aconteceu? É pra deixar ele ir embora? — Ele pergunta e eu bufo. Bufo realmente mais do que puto da cara.

— Quero que tu e o Noah sigam ele e deem um jeito de descobrir o que ele sabe do Vinnie, nem que tenha que torturar o cara. Se ele sabe algo, eu pretendo mesmo descobrir o que é. — Ele concorda e sai, fazendo eu me sentar de novo e olhar em volta, sentindo minha cabeça latejar mais e mais.

Minha cabeça fica doendo porque eu não durmo direito fazem três malditas semanas.

Porque eu bebo feito um imprestável todas as noites pra pelo menos conseguir pregar os olhos.

chains | louis pOnde histórias criam vida. Descubra agora