𝟎𝟑𝟓

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S/N ANISTON, point of view.

Montreal, Canadá - USA

— Não Louis, eu só quero ir embora. — Eu falo quando ele termina de por as malas no quarto de hotel e o mesmo nega, como se não estivesse nem ai para o que eu quisesse.

— Eu sei que ele ainda ta aqui, eu não vou deixar ele ir embora depois do que ele fez contigo. — Ele fala andando de um lado pro e eu simplesmente caminho até ele, parando na sua frente. — Afinal, o que ele fez contigo? Onde mais ele te tocou? Tu não me falou porra nenhuma! Como quer que eu mate o cara sem fazer ele passar pelo mesmo? — Ele praticamente berra, fazendo todos os seus seguranças presentes no quarto se olharem, constrangidos por mim.

— Será que você pode olhar pra mim? — Eu falo e ele nega. Ainda caminhando de um lado para o outro completamente tenso e parecendo ter sua mente em mil e um lugares.

— Eu não consigo nem olhar pra ti que eu já vejo essa porra ai no teu pescoço, eu... PORRA DO CARALHO! — Ele pega um dos vasos da suíte e joga contra a televisão, me fazendo dar um pulo devido ao susto. Ele aponta com raiva pro meu pescoço e eu fico sem acreditar. Literalmente chocada que essa seja a melhor reação que ele possa ter.

— Acha que isso é culpa minha? — Ele não me olha e eu seguro o seu pulso com força, o fazendo finalmente me olhar com seriedade. — Acha que eu quis isso? — Ele manda os seguranças dele saírem do quarto e eu fervo ainda. — Podem ficar, ninguém sai! — Eu falo praticamente gritando e ele até recua ao me ver nesse estado.

— Como é que é?

— Eu falei que não é para ninguém sair. — Me seguro para não o acertar e simplesmente aponto em volta.— Você não pode mesmo estar achando que a minha maior preocupação no momento é achar o Vinnie, o que eu mais quero dele agora é distância! Quer uma realidade? Ele ia me estuprar! Garanto que ele ia, e acho que nem se fizesse isso você ia prestar mais atenção em mim! — E agora sim eu aumento o tom de voz, vendo ele se aproximar com raiva, mas dar um passo para trás, como quem se segura.

— Eu mandei saírem!

— E eu mandei eles ficarem! Se for para estar no mesmo quarto que você nesse estado, eu prefiro ficar em um avião sozinha. — Meu peito estava ofegante e mãos tremiam. A última coisa que eu preciso nesse momento é essa discussão, mas ele precisa parar de focar no Vinnie, ele está me pondo como se eu fosse o trabalho dele e isso fosse algo que o Vinnie pegou dele, o que me faz ter mais nojo ainda, pois é exatamente assim que me sinto, como um objeto. Um maldito objeto indefeso que passa de mão em mão sem saber o que fazer ou como sair da merda de situação que se mete. — Esse chupão foi prazeiroso? Ou quando ele passou a mão pela minha coxa? Acha que eu o que? delirei de tanto prazer? — Solto uma respiração pesada e o vejo ainda sério, mas ao mesmo tempo parecendo alguém que quer manter a calma.

— Quero todos fora daqui, agora. — E pela primeira vez desde o carro, ele fala com calma.

Todos os seus seguranças saem do quarto e vejo o como seu peito subia e descia por conta do nervosismo, me deixando mais louca ainda.

Saio de perto dele e sigo em direção a banheiro, jogando minha bolsa no chão, assim como os meus sapatos.

— O que você... — Ele começa já se sentindo pior, mas não.

— Eu vou tomar um banho, assim quem sabe você consiga olhar para mim e sequer me tocar! — Ele é um insensível, isso que o inimigo é dele, e não meu!

— Babe... — Ele tenta e eu nego, chorando cada vez mais.

— Não, você... — Paro de falar quando entro no banheiro e ligo o chuveiro.

chains | louis pOnde histórias criam vida. Descubra agora