𝟒𝟓

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S/N ANISTON, point of view.
Los Angeles, California - USA

— Sim Sads, eu tenho uns 7 projetos para a semana que vem, não tem mesmo como eu sair com você hoje à noite.

— Qual é, vão ser só umas horas.

— Você vai com o Caleb e o Payton com a Lucy, eu realmente não me sentiria confortável em...

— Qual é S/a, e o Tyler? Você e ele saíram ontem e tu disse que ele foi bem legal. Sem contar que vocês estão...

— Sim, mas não quero que ele entenda as coisas errado, eu definitivamente não quero que ele pense que sairíamos como um casal. E eu também não sei se ele ia gostar de ir para uma boate, nem eu gosto! — Falo tirando o cinto e ela bufa. — E outra, vou conversar com ele e meio que pedir um pouco mais de espaço. Ele é uma pessoa sensacional, não seria justo eu encher ele de esperanças, quando no fundo já percebi que o que sinto por ele não é nada além de amizade. — E quando falo isso, ela me olha estranha.

— Como sabe disso? Vocês estão saindo há quase um mês...

— Eu sei disso porque quando estou com ele, tento imaginar que é o imbecil do Louis. Sei disso, porque com o Louis nas primeiras duas semanas eu já sentia algo, e não posso ficar tentando preencher o vazio em mim com ele, não é justo com a pessoa fantástica que ele é. Apenas... No fundo eu queria mesmo poder ser uma adolescente normal que se joga na vida e faz tudo sem se apegar, mas não sou assim.

— Eu só... Se não está te fazendo bem, não segue com isso. Só queria que você seguisse em frente, apenas isso...

— E eu estou seguindo, no meu tempo, mas estou. Tenho você comigo, o Pau e o Tyler, sem contar o Noah, então... Nada de festas no momento, obrigada. — Sorrio e ela rola os olhos.

— Bem, se mudar de ideia me liga. — Ela diz e eu concordo descendo do carro, já sabendo que eu definitivamente não iria com eles, muito menos correr o risco de ver o Partridge lá.

Eu entro em casa e dou um beijo na minha avó assim que a vejo tricotando algo no sofá.

— Quer ajuda com algo?

— Não querida, não precisa se preocupar. — Ela sorri e eu concordo, já subindo até o meu quarto e começando a tirar minhas roupas para tomar um banho e começar a fazer meus projetos.

Ligo o chuveiro e ia entrar, mas meu celular começa a tocar e eu suspiro voltando até o quarto para o ver, lendo o nome da minha mãe na tela. Ela anda ligando todos os dias e eu ignoro, mas sinceramente tudo o que eu falei para ela há duas semanas fica batucando e voltando na minha mente.

— Alô?

— Filha? — Minha mãe fala animada e eu suspiro.

— Sim mãe, sou eu.

— Por favor não desligue, eu quero muito conversar com você e eu... Eu estou chegando na cidade semana que vem, vou passar apenas um final de semana, mas queria realmente poder sentar com você e conversar. — Ela fala isso e eu fecho os olhos para conter as lágrimas. Só de ouvir a sua voz o aperto no meu peito aumenta.

Juro que sinto raiva, juro que ela ainda está presente no meu peito, mas está aos poucos começando a dar espaço para a saudade, e isso dói. Dói pois sei que eu não errei, e mesmo assim terei que ser a primeira a dar o braço a torcer.

— Quando... Quando vier me mande uma mensagem, se eu não estiver muito ocupada com algo da faculdade, seria ótimo sentar e conversar com você. — Eu falo já mordendo o lábio e a ouço suspirar do outro lado da linha.

chains | louis pOnde histórias criam vida. Descubra agora