𝟔𝟐

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LOUIS PARTRIDGE, point of view.
Los Angeles, California - USA

— COMO ASSIM TU SÓ ME AVISA ISSO AGORA? — Eu entro mais do que puto da vida na casa do pai do Noah, mas quando vejo a mãe da S/n chorando no sofá, isso já me estressa mais. — O que tu fez com ela? — Eu fervo e Noah segura o meu braço, negando com a cabeça.

Não é como se eu fosse bater na vadia, mas se eu pudesse... Porra.

— O médico falou pra Jennifer que ela ficou assim porque se desidratou, e juntou com estresse que ela tinha, não foi culpa de ninguém. — Quando ele fala isso, eu já olho pra mãe dela.

— É bom mesmo que não seja culpa de ninguém. Porque é engraçado que ela só fica mal assim quando tu tá na volta. — Falo entredentes e olho em volta nervoso, querendo ver como ela realmente ta. — Ela tá lá em cima? — O Noah me olha sério e concorda, eu apenas subo as escadas com pressa e abro a porta do quarto onde ela dormia nessa casa, e isso já me faz pensar... Ela já morou na casa de sempre, dos ex-maridos da mãe, com o Justin, avós e agora comigo, ela só... Ela não tem uma casa fixa, eu não devia ficar enchendo ela com mais isso, só deixou ela mais estressada ainda.

Será que é mesmo culpa minha? Que ela estava tão estressada com a mudança e não queria me falar? Porra meu, que merda.

Entro sem bater e vejo que ela estava deitada na cama e tinha tomado banho agora à pouco, porque o cabelo ainda está molhado. Ela com o som parece despertar e abre os olhos, me observando e abrindo um sorriso de leve, e porra, ela ta toda pálida.

— Hey, babe. — Eu sorrio e me sento na ponta da cama, ficando próximo ao corpo dela.

— Hey. — Eu passo a mão por sua cintura e sorrio devagar. — Você não precisava ter vindo, eu já vou ir para casa. — Quando ela fala isso, eu não contenho o sorriso.

— Pode apostar que vai, e as cozinheiras vão fazer coisas bem gostosas pra você comer, com muitos nutrientes. — Ironizei e ela ri, mas o riso dela não era como o de sempre, tem algo a mais. — O que aconteceu? — Quando questiono, vejo que ela desvia o olhar.

— Eu só não me senti muito bem e acabei desmaiando, não foi nada de mais, sério.

— Então por que tua mãe ta chorando na sala? — Quando falo sobre a mãe dela, ela fecha os olhos de novo, o que me deixa mais confuso ainda. — É culpa dela, né? — Eu ia mesmo levantar e me preparar pra gritar com ela, pouco me fodendo pro marido do lado dela, mas a minha namorada nega e me olha.

— Eu não sei, ela deve estar assustada. — Ela se senta melhor na cama.

— Quer ir pra casa agora? Ou ficar mais com a tua mãe e...

— Eu quero ir, agora. — Ela fala na mesma hora e eu concordo, levantando e estendendo a mão pra ela, a mesma que segura e ainda tava fraca. — De pijama?

— Sim, é só subir no carro e descer em casa, não tem mistério. — Ela concorda e põem o chinelo, então pega a bolsa do quarto e finalmente descemos juntos.

Quando chegamos até a sala, a mãe dela já salta do sofá e vejo que a S/a aperta mais ainda o meu braço.

— Eu vou levar ela pra casa, amanhã vocês conversam. — Eu não peço, mas sim aviso.

— Filha... — A mãe dela chama e a S/a se segura mais em mim, respirando fundo e a olhando com uma expressão séria pra caralho.

— Amanhã conversamos. — Ela fala isso e me puxa com ela pro lado de fora.

— S/a, o que foi que... — Assim que ela fecha a porta, ela já me puxa pra mais perto e cola os nossos lábios. Porra meu, mulher é louca, só pode ser. — S/a. — Eu me afasto dela com dificuldade e a olho sem entender. — O que tá pegando?

chains | louis pOnde histórias criam vida. Descubra agora