𝟓𝟖

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S/N ANISTON, point of view.
Los Angeles, California - USA

— Sim amor, não vou falar que é para você. — Falo sorrindo e ele continuava extremamente irritado, muito mesmo.

— Qual é S/a, o natal é amanhã, se você me forçar mesmo a fazer isso, vai ficar sem nenhum presente. — Ele ameaça e eu rio.

— Tudo bem, eu ainda não usei os 20 que você me deu no meu aniversário, eu sobrevivo sem presente de natal. — Dou de ombros e ele segue sério, parecendo não gostar mesmo de tudo isso que está acontecendo.

— Eu não acho a mínima graça nessa porra, sério. — Ele fala e eu sorrio.

Eu passei a noite toda pensando sobre morar com ele, sei também que isso é importante para ele, digo... Estou com mil e um pensamentos, então se trazer esse assunto à tona mais uma vez, acho que ele vai se acalmar um pouco.

— Posso fazer uma pergunta? Mas não você não vai ficar me incomodando, certo? — Eu falo quando descemos do carro e ele concorda, acendendo um cigarro antes de segurar uma das minhas mãos.

— O que é?

— Por que quer que eu vá morar com você? — Eu pergunto e ele me olha estranho.

— Pra te ter perto, e não quero que tu fique sozinha, é um porre. — Ele fala rindo fraco e é exatamente nesse ponto que eu queria chegar.

— Você mora há anos só você naquela mansão, não se sente sozinho?

— Nos últimos meses eu te tenho pra dormir comigo, mas quando eu fico em casa às vezes eu fico só rateando, procurando algo pra fazer. — Ele fala e eu concordo.

— Mas e seus irmãos? Você não vê eles muito? — Pergunto apertando mais sua mão quando quase caio subindo na calçada, o que já faz ele rir e concordar.

— A última vez que eu vi eles foi com você, mas foi só por um dia, e de qualquer maneira, não é a mesma coisa que morar com alguém. Sem contar que é quase natal e eles não vão poder vir pra cá, porque tem que passar com a mãe deles. — Ele fala abrindo a porta para mim quando entramos aqui no salão, não preciso nem dizer que abri um sorriso enorme. — Sabe que eu posso tirar os pelos com Gillette né? Vai ser a mesma coisa. — Ele muda totalmente o assunto, pois percebo que o assunto família às vezes o deixa meio desconfortável.

— Ai eu não vou te abraçar porque sua pele vai ficar me pinicando. — Falo rindo e ele rola os olhos.

Me aproximo da recepcionista e ela já abre um sorriso para o Louis, isso mesmo, ela nem sequer olha para mim, ótimo.

— Oi. — Falo séria e ela sorri para mim depois.

— O que posso fazer por vocês?

— Ela tem depilação. — O Louis fala rápido e eu seguro o riso, ele não queria que soubesse que é ele quem tem. — Tirar uns pelinhos, sabe como é, a situação tá ficando crítica. — Ele fala e quando vejo o sorriso da mulher, eu fico até sem graça.

Eu vou matar ele.

— Onde posso ir? — Falo direta e ela aponta para a direita.

— Sala 4. — Concordo e puxo Louis comigo, o mesmo que apenas ria da situação.

— Daqui a pouco quem vai estar rindo vai ser eu. — Falo isso e ele parece de repente ter achado que perdeu a graça.

Abro a porta da sala e sorrio quando vejo a depiladora já dentro da mesma.

— Fecha essa porra. — Ele fala para mim em relação à porta e eu apenas rio, fechando a mesma e o olhando. Ele não deu mesmo para trás, adoro.

chains | louis pOnde histórias criam vida. Descubra agora