chains | louis p

𝟎𝟏𝟏

S/N ANISTON, point of view
Los Angeles, California - USA

As mãos dele pressionam cada vez mais o meu quadril e a sensação da proximidade existente entre os nossos corpos era algo realmente estranho. Ele puxa com força o meu lábio inferior e eu começo a ficar sem ar, então ele desce os beijos até o meu pescoço e começa a sugar o mesmo com força, o que me faz fechar mais ainda os olhos e morder meu lábio. Eu direciono a minha mão até o cabelo dele, e quando toco no mesmo parece que eu acordo, porque na hora entro em choque e o afasto de mim com o máximo de força que os meus braços conseguiram.

Ele me olha nos olhos de maneira séria, sua boca estava bem inchada e inclusive eu conseguia ver mais um pouco de sangue saindo da mesma após o nosso beijo mesmo com o seu lábio machucado.

Não.

Meu Deus, não.

Isso definitivamente não podia ter acontecido. Não com ele, e não depois da noite de hoje.

Eu o odeio.

— Ah... Precisa de mais alguma coisa? — Eu falo coçando a minha cabeça e colocando um braço na cintura, agindo como se nada realmente tivesse acontecido.

— Não. — Ele fala apenas isso e volta a sua atenção ao espelho, me ignorando por completo.

Eu ando apressada em direção a porta e ainda espero para ver se ele vai falar algo em questão de eu dormir aqui no quarto como ele havia dito, mas nada, então... Pego meu celular na bolsa, deixando a mesma lá por conta da pressa. Praticamente corro para o andar de baixo enquanto já ligava para qualquer taxi que fosse, e sim, nenhum me atendia! Eu tenho a porta de entrada aberta por um dos funcionários, o mesmo que olha as minhas pernas descobertas sem a menor dificuldade. Estúpido.

— O Partridge mandou você me levar para casa. — Falo isso e ele parece pensar, mas falo com tanta firmeza que ele acredita. — Agora. — E sim, posso realmente estar parecendo uma vaca, mas ele disse que não precisava de nada, então eu estou livre para ir.

— Vamos. — Ele fala já abrindo o carro e eu salto para dentro do mesmo, simplesmente com frio e vários flashes do que aconteceu hoje mais cedo na minha mente. Todas as pessoas mortas, todo o incidente, o Vinnie, e... É culpa minha.

Se eu simplesmente tivesse voltado do banheiro e ficado na mesa com o Louis ou ido até ele diretamente, ele não teria que adiantar o plano, e logo eu não...

— Chegamos. — Ele fala e só então percebo que eu não havia dado à ele o meu endereço, o que me faz questionar de...

— Como sabe onde eu moro?

— O senhor Partridge já nos acionou sobre quem é você e tudo o que precisamos saber. — Ele fala apenas isso e destrava as portas, eu abro a mesma e saio apressada em direção a entrada da minha casa. Eu estranho ao ver uma luz acesa do andar de cima acesa, mas só então lembro que o Noah devia estar acordado.

Pego a chave que fica escondida nas plantas da entrada e abro a porta, jogando a chave na mesa da sala após fechar a porta e então subo até o meu quarto ainda com a sensação de formigamento nos meus lábios.

O Noah abre a porta do seu quarto por estranhar o som, mas quando vê que sou eu, ele apenas me olha de cima a baixo e entra de novo no quarto dele, que já deixou o cheiro de maconha ficar impregnado no corredor. Ótimo.

Fecho a porta do meu quarto e olho em volta suspirando. Como eu cheguei a esse ponto? Como eu sequer deixei ele me tocar, eu deixei... Por que eu me envolvi no beijo? Era suposto eu ter nojo dele, não querer ele nem sequer à 2 metros de mim, e mesmo assim eu participei, eu beijei ele, e por mais que eu deteste admitir, eu gostei. Ele tem os lábios macios, e a sua língua apesar de ser "forte", fazia movimentos bem leves contra a minha. Suas mãos me apertavam na medida certa e... Ele sabia o que estava fazendo, afinal, tem muita prática de tantas bocas que já beijou.