𝟒𝟐

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S/N ANISTON, point of view.
Los Angeles, California - USA

— S/n, o que está fazendo aqui? — A minha mãe pergunta ainda zonza da bebida, isso enquanto eu sentia a minha respiração realmente começando a parar, me sentindo sufocada. Sentindo como se as paredes na minha volta estivessem diminuindo e o meu corpo nesse meio aumentando, tornando tudo mais complicado.

Olho para o Louis, o mesmo que intercalava o olhar entre mim e minha mãe. Não, não podia ser. Isso de maneira alguma pode ser real, é impossível. Qual a probabilidade disso só ser um pesadelo e eu ainda não ter acordado? Pelo amor de Deus, que isso seja apenas um pesadelo, o pior de todos.

— Como você teve coragem? — Eu falo baixo como quem realmente não acredita no que os meus olhos estão enxergando. — Como fez isso comigo? — Meu lábio começa a tremer e eu me seguro, vendo pelo canto do olho que a minha mãe se vestia fingindo não entender nada.

Sinto que o meu coração havia sido amassado ao extremo e em seguida arrancado com força do meu peito, para depois ser pisoteado sem nenhuma piedade e jogado no lixo, como se não valesse absolutamente nada.

— Querida, o que está fazendo aqui desse jeito? Eu pensei que não... Que não ia vir me buscar. — Quando ela diz isso eu não me seguro.

Minha vontade é de chorar, me bater, até mesmo me matar! Eu sou uma burra, estúpida, não tem outra resposta! Sempre dediquei minha vida à ela, e sempre fiz tudo que estivesse ao meu alcance por ele, para eles não pensarem em mim por um único segundo? Para eles simplesmente ignorarem a minha existência e pensarem só em seus sentimentos enquanto agem? Como eles podem ser tão prepotentes? Tão... Por Deus.

— Filha... — Ela começa e eu não sei nem o que falar, apenas... É como se o meu corpo por dentro estivesse gritando, mas por fora a minha ação motora estivesse me traindo, simplesmente travando. Pois estou congelada, assim como os meus sentimentos nesse instante. — S/n, o que…

— Cala a boca. Por tudo o que é mais sagrado, eu imploro! Só... Cala a porra da boca. — O segurança para atrás de mim para me tirar e o Louis nega com a mão, enquanto colocava a cueca e esfregava as mãos uma na outra, parecendo realmente não saber o que fazer. — Não vai falar nada? Absolutamente nada? — Eu pergunto para ele e logo rio irônica. É normal eu querer bater tanto nele, que não quero nem mais que ele possa se mexer? — É claro que não, para se vingar o suficiente resolveu ir para a cama com a minha mãe, e é claro que eu tinha que ver vocês os dois aqui, não é? — Questiono cruzando os braços e sem acreditar nessa cena maravilhosa que eu vi. Eu abro a boca mais uma vez para falar, mas as palavras simplesmente não queriam sair, a força dentro de mim ia diminuindo e eu estava literalmente me sentindo esmagada.

— Olha, por mais que eu esteja puto contigo, eu nunca faria isso. Eu não sabia que ela era a tua mãe, ela só se ofereceu e como eu to solteiro cai em cima, mas porra, não com a tua mãe. — Ele fala sério e eu nego, caminhando para dentro do seu escritório com o resto de forças que me restava, indo com tudo em sua direção, mas logo parando, querendo medir o que eu ia fazer e falar.

Sempre meço tudo o que faço ou falo, mas sinceramente, eu estou tão acabada, que quero simplesmente por tudo para fora e me socar em um lugar tão fundo, que não vou mais me preocupar com o que eles fizeram ou não comigo.

— Eu não...

— Não faria? SEU MENTIROSO. — Eu viro a mão na cara dele, já acertando ele com um tapa em cheio na bochecha.

— O QUE TU...

— VOCÊ NÃO PASSA DE UM SEM VERGONHA! — Eu tento socar ele, mas ele segura os meus braços com força, me impedindo de fazer qualquer movimentação que fosse.

chains | louis pOnde histórias criam vida. Descubra agora