#9. Aprendo a dar rasteira.

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(Alan)

Vcs pediram por ele, então trouxe kkk

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Vcs pediram por ele, então trouxe kkk



 A bola quicou no chão, o único eco aos meus ouvidos.

Meus nervos ainda queimavam quando Alan levou a mão no lugar exato onde a bola o atingiu.

Ele olhou para mim por cima do ombro, a testa franzida e os olhos arregalados de surpresa.

– Você...

– Amélia! Alan! – gritou a professora. – O que pensam que estão fazendo?

Não desviei meu olhar do dele nem por um segundo. Deixei que visse todos os traços do que eu sentia marcado em cada detalhe da minha face.

E sorri.

E adorei a sensação que senti quando vi sua reação.

Saboreei-a um pouco antes de fazer uma cara inocente para a professora de educação física.

– Só estávamos brincando, professora – minto.

Ela olha para mim com desconfiança.

– Não é hora pra brincadeiras. Deixe isso para quando vocês terminarem.

– Tudo bem.

Continuei a tarefa. Claro, não antes de me aproximar novamente de Alan e dizer em tom baixo, o mesmo que usara comigo antes:

– Devolvido.

Não espero uma resposta e vou pegar a bola que estava do outro lado da quadra.

Os meninos jogaram queimada.

Nós, garotas, assistimos da arquibancada. O que era uma comédia, principalmente com Matias.

Matias, tadinho, foi o sorteado para ser o alvo de todos da equipe adversária. O coitado corria de um lado para o outro, xingando e amaldiçoando cada bola arremessada em sua direção.

– Ah! Imbecil, espero que você seja mordido por um macaco quando for ao zoológico!

Ainda bem que Matias era um ótimo acrobata. Sério, com o tanto de pulos, giros e cambalhotas que ele deu em menos de cinco minutos, se escolhesse trabalhar no circo, sua carreira estaria garantida. Eu o vi abrir as pernas em quase 180 graus para desviar de uma bola que por pouco não o acertava no peito.

Guilherme comandava a equipe adversária, acertando facilmente os mais vulneráveis do outro time.

Alan observava tudo sem o menor interesse de jogar ou correr.

No final Matias, como um verdadeiro guerreiro, joga a bola com tudo na bunda de Guilherme, que emite um ''Ai, minha bunda!'' doloroso. Matias comemora.

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