𝗾𝘂𝗮𝘁𝗿𝗼

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SINA DEINERT


Fiquei na cozinha terminado de lavar a louça, ainda odiando o Noah pelo seu último comentário, ele parece ter notado o quanto odeio estar por baixo e usa isso contra mim sempre que pode. 

Assim que apareci na sala falhei miseravelmente em não encarar Josh demais, pudia sentir seu perfume mesmo estando completamente longe dele, e quando seus olhos castanhos se desviaram na minha direção ele alargou o sorriso e estendeu a mão pra me cumprimentar. 

— Você deve ser a amiga da Sabina, certo? Sou Josh Beauchamp. 

— Sina — Apertei sua mão — prazer. 

Olhando pra Josh e Noah lado a lado pudia sentir que Londres havia concentrado os caras bonitos apenas nessa região, felizmente Josh parecia mais simpático que seu amigo. 

— Simon está atrás de você — Josh chamou a atenção do mais alto 

— Não apareço na academia hoje, só volto semana que vem. 

— E a senhorita, está vivendo bem aqui? 

Ele tinha um vocabulário tão refinado, que me sentia intimidade em apenas responder sua pergunta, mas tentei não aparentar. 

— Na medida do possível, o apartamento é enorme, posso fugir do Noah pelo menos. 

Josh soltou uma risada e bateu no ombro de Noah apenas dizendo "gostei dela", aparentemente a opinião não era unânime, os olhos verdes apenas me fuzilavam. 

— Eu vou me arrumar pra sair. 

— Sair? — Noah ergueu uma sobrancelha 

— É, Urrea, sair pra se divertir é uma coisa que pessoas normais costumam fazer — Debochei enquanto subia as escadas

Me apressei pra tomar um banho e sai do banheiro ainda enrolada na toalha quando Noah abria a porta. 

— Poderia bater. — Revirei os olhos 

— Pra onde pensa que vai? 

— Noah, só é uma festa. 

— Não apareça bêbada, entendeu? 

Peguei minhas roupas sendo indiferente a ele voltando ao banheiro pra me vestir, de volta ele ainda estava ali. 

— Quero uma resposta, Sina. 

— Meu Deus como você é chato — Comecei a me maquiar — não vou exagerar, só me divertir e depois voltar pra casa. 

Deslizei o lápis pela linha d'água dos meus olhos na tentativa de me dar uma aparência de adulta e calcei meu coturno em seguida, porém não consegui sair do quarto porque havia um boxeador de quase 2 metros tampando completamente a passagem. 

— Vai me atrasar desse jeito. — Encarei meu celular — ainda tenho que pedir um táxi. 

— Não vai a lugar nenhum sem me prometer... 

— Tudo bem, não vou exagerar é uma promessa, feliz agora? 

Ele abriu a passagem e segurou meu braço fazendo-me voltar a encara-lo. 

— Você está dificultando a convivência, Sina. 

— E você está sendo um velho, será que vou precisar te chamar de daddy também? 

𝐭𝐡𝐞 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 𝐰𝐡𝐚𝐭 𝐢𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 |𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora