𝘁𝗿𝗶𝗻𝘁𝗮 𝗰𝗶𝗻𝗰𝗼

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NOAH URREA


Ao chegar na casa de Simon me apressei até o quarto, a pequena garota de cabelos loiros se mexia na cama e logo arregalou os olhos ao me ver e começou a chamar pela Sina que apareceu rapidamente pegando a garotinha no colo. 

- Mama... é ele, o da TV! 

Eu deveria manter a calma, mas mal conseguia me segurar dentro de mim, Destiny é tão pequena e significa tanta coisa. 

Significa um elo eterno que tenho com Sina, de toda a nossa curta história conturbada, representa nossos erros e acerto, representa... nós. 

Me aproximei e ela ainda me analisava curiosa, tentei sorrir e mostrei uma barra de chocolate que havia comprado no caminho. 

- Sua mãe disse que é seu favorito. 

Ela bateu palmas animada e esticou os bracinhos pra agarrar o presente, Sina piscou pra mim como se quisesse dizer que estava indo bem. 

- Amor, lembra que eu falava sobre o papai estar sempre muito ocupado trabalhando? - Destiny assentiu- ele não está mais ocupado e pode ficar aqui com a gente as vezes. 

Ela ainda é uma garotinha muito nova, tinha duvidas demais e ao mesmo tempo parecia apenas se divertir com a situação e estar vendida por um chocolate. 

Mesmo assim com cuidado ela agarrou minha mão e me olhou nos olhos, estranhamente da mesma forma que Sina me olhava quando queria me fazer sentir melhor, sem muitas palavras, apenas seu olhar. 

Havia ficado feliz que Sina nunca escondeu que eu sou o pai dela, parecia que eu sempre fiz parte disso, mesmo não sabendo de nada. 

E eu poderia odiar Sina por ter me privado disso, de uma pequena que me olha como se eu fosse uma das melhores coisas que viu na vida, mas ainda estava na minha mente o elo que temos... não queria que ela ao menos sonhasse em desistir de lutar contra essa doença, porque só de olhar pra ela sinto que não precisava procurar em outras garotas, pois Sina Deinert está bem na minha frente.

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𝐭𝐡𝐞 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 𝐰𝐡𝐚𝐭 𝐢𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 |𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora