SINA DEINERT
Quando terminei de tomar café da manhã apenas escutava um barulho constante, já irritada o segui e encontrei Noah treinando, já estava a quase três semanas dividindo apartamento com ele, era a primeira vez que de fato reparei no seu treino.
Tinha que admitir ele parece ser simplesmente bom, só pela disciplina que ele mantém, seus músculos estavam tensos e eu pudia ver uma gota de suor descendo pelas suas costas nuas, porém ele parou o que estava fazendo pra me encarar.
— Qual o problema agora?
— Nenhum, só estou te olhando treinar.
— Não preciso de plateia agora.
— Pode ter certeza que estou bem longe de ser plateia desse esporte de animais selvagens.
Ele bufou impaciente e voltou a distribuir socos constantes no saco de areia, quando aumentou o ritmo me perguntei porque Sabina acha que ele é tipo de cara seguro pra estar.
— Sina odeio isso — Me encarou — e tenho a impressão que sabe, mas está aqui porque adora me ver irritado.
— Nunca faria nada pra tirar você do sério.
Noah se aproximou e continuei olhando fixamente em seus olhos, mas estava cada vez mais desconcertada pela sua aproximação.
— Cada dia sua capacidade de me tirar do sério se torna mais insuportável.
— Talvez seja um dom, Noah.
Antes que eu saísse dali com sentimento de dever cumprido, Noah me parou colocando um de seus braços no meu caminho, fazendo assim que eu me sentisse encurralada entre a parede e seu corpo.
— Infelizmente você não é a única que gosta de provocação, Deinert.
— Não me diga que está tentando me assustar com isso. — Tentei não me abalar — é patético.
— É? Então por que está se esforçando tanto pra ir embora? — Ele riu — você quer tanto estar por cima, Sina, pra sua má sorte, eu também...
Sua outra mão também foi colocada contra a parede e seu corpo se tornou mais próximo, quase pudia sentir sua respiração e por um momento me encontrei sem palavras, apenas o encarando.
Foi a primeira vez que desviei o olhar de seus olhos para os lábios que logo formaram um sorriso, claro que ele havia adorado meu momento de deslize.
— Acho que agora é hora de ir embora, certo? Sua voz contra mim era rouca e eu perdi naquele momento, apenas assenti e Noah se afastou de mim liberando a passagem.
— Eu disse que vai começar a se arrepender por ser tão insuportável.
— Vamos ver quem se arrepende primeiro, idiota.
*
Ao pisar o pé na cozinha encontrei Josh conversando com Noah, o cumprimentei com um beijo no rosto e recebi seu sorriso como resposta.
— Também vai na inauguração da boate nova? — Josh Perguntou
— Boate nova? — Ele ganhou minha atenção de imediato
— Não, ela não vai. — Noah cortou
— Por que?
— Bem, porque eu fui convidado e não pretendo levar você, só vai me dar dor de cabeça.
— Ah, Noah, por favor... Convenhamos você arruma confusão sozinho, não precisa da minha ajuda.
— Vai ser divertido, Urrea, deixa ela ir.
— Pensava que você era meu amigo, Beauchamp.
Josh apenas riu enquanto eu juntei minhas mãos parando na frente de Noah pedindo sem parar, o mesmo revirou os olhos verdes e ergueu as mãos em rendição.
— Tudo bem, mas esteja pronta às 10, ou vou embora sem você.
— Sabia que no fundo tinha um coração aí dentro.
— Não me faça voltar atrás.
Me calei no mesmo momento pegando uma maçã e saindo da cozinha, assim que cheguei no meu quarto me deitei na cama criando expectativas de como seria a boate que eles frequentavam, com certeza eu faria uma noite memorável disso.
*
Quando terminei de colocar os saltos saí do meu quarto encontrando Noah no meio do corredor, seus olhos pararam em mim me analisando por completa, não podia julga-lo porque eu também o admirava, ele tinha um estilo muito pessoal com sua camisa meio aberta, alguns colares de prata e uma calça skinny, seus cabelos estavam bem arrumados e seu maldito perfume parecia tomar conta do lugar.
— Pelo menos não vai me fazer passar vergonha.
— É o tipo de elogio que toda garota espera. — Revirei os olhos — Vamos, me ajude com meu zíper.
Me virei mostrando o zíper do vestido, mas não esperava que sua mão segurasse firmemente minha cintura, respirei fundo enquanto ele subia lentamente pelas minhas costas, soltei uma respiração pesada quando senti sua respiração contra meu pescoço.
— Sabia que um frasco do meus perfumes havia desaparecido.
Sai do meu transe me virando de imediato e o encarando, sua mão ainda estava na minha cintura e agora com a ajuda do salto estava mais próxima da sua altura.
O fato é que quanto mais estou convivendo com Noah crio uma incógnita do que estamos criando, nossas provocações tem se tornado mais corporais e eu me encontro quase numa missão impossível em transparecer que a cada dia que passa estou mais atraída por ele, infelizmente todas as vezes que Noah abre a boca me faz odia-lo mortalmente e nisso que tenho vivido nos últimos dias: uma montanha russa de atração e raiva.
— Acho que notariam que meu perfume é barato. — Me justifiquei
— Não tenha medo de ser você, Sina... Pessoas ricas são insuportáveis, ainda mais do que você já é.
— Será que podemos ir ou quer me admirar por mais tempo?
Noah finalmente se afastou descendo as escadas e eu o segui sentindo que seria uma longa noite.
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𝐭𝐡𝐞 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 𝐰𝐡𝐚𝐭 𝐢𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 |𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭
Fanfiction+ | noart ¡𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓 𝐖𝐀𝐍𝐓𝐒 𝐖𝐇𝐀𝐓 𝐈𝐓 𝐖𝐀𝐍𝐓 ִ ۫ ּ ˖ ۫𓏲 a͟ n͟o͟a͟r͟t͟ f͟a͟n͟f͟i͟c͟t͟i͟o͟n͟ ᵃˡˡ ʳⁱᵍʰᵗˢ ᵗᵒ @ ᵇᵃᵇʸᵍⁱʳˡᶻᵛ ᵗʰᵘᵐᵇⁿᵃⁱˡ ᶜʳ ᵒᵇʳⁱᵉⁿ ᵉᵈⁱᵗˢ