𝘁𝗿𝗲̂𝘀

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SINA DEINERT

Assim que escutei as batidas na porta me movimentei na cama ainda sentindo dificuldade pra abrir os olhos pelos sol que já dava seus sinais pela janela, ao me virar encontrei Noah abrindo a porta e imediatamente encarando o quarto, então me lembrei tudo estava uma completa bagunça, quando me sentei notei que havia dormindo no meio da pilha de roupas que arrumava, meus sapatos estavam espalhados pelo chão e as gavetas do guarda roupa ainda se encontravam fora do lugar.

— Ahn... Bom dia? — Tentei

Não sabia ao certo se ele estava planejando me matar ou perto de um ataque cardíaco, mas de qualquer forma me levantei rapidamente pra jogar uma água no rosto e escovar os dentes, assim que voltei na esperança de não vê-lo ali, bufei decepcionada ao ainda encontrá-lo com as mãos apoiadas na cintura.

— Eu sei, mas fiquei cansada e acabei dormindo— Dei de ombros— até o final de semana termino de arrumar.

— Final de semana? Eu vou sair agora se voltar e isso ainda parecer um furacão eu juro que te mando pra um orfanato.

Acabei soltando uma risada e me aproximei vendo seu olhar se desviar dos meus olhos e descer rapidamente, mas logo ele coçou a nuca voltando a olhar envolta para minha bagunça.

— Enfim, arruma isso tudo.

— Sim, senhor Urrea.— Debochei

— Ainda vai se arrepender de ser tão debochada comigo, Sina.

Recebi um último olhar de reprovação e logo ele saía batendo a porta, me virei e ao me ver no espelho notei minha camisola branca ficar transparente contra a luz do sol e senti imediatamente meu rosto esquentar de tanta vergonha.

— Parabéns pela primeira impressão, Sina Deinert— Briguei comigo mesma enquanto ainda encarava meu reflexo.

Depois de colocar outra roupa, desci as escadas até a mesa de café tomando um susto com a silhueta masculina que encontrei limpando o balcão.

— Bom dia, você deve ser a senhorita Deinert, certo?

— Sim... E você?

— Trabalho pro senhor Urrea, fiz o café da manhã, não sei se está do seu gosto.

— Pode me chamar de Sina — Estendi a mão pra um cumprimento— qual seu nome?

— Pepe, estou aqui duas vezes por semana pra limpar o apartamento.

Assenti com um sorriso e me sentei ainda o encarando terminar de limpar o balcão, tinha seus trinta anos, uma pele clara e ombros largos, não estava acostumada em ter alguém limpando o lugar onde eu moro, mas parecia um luxo interessante, mas a primeira coisa que me surgia a mente é as informações que ele teria sobre o Noah.

— Trabalha com o Noah a muito tempo?

— Três anos.

— E ele é muito complicado?

— Só uma pessoa mal compreendida— Deu de ombros— não fala muito sobre a vida dele, mas quando está de bom humor é bem divertido.— Me encarou

— a senhorita deve ser importante pra ele te hospedar aqui.

— Eu moro com a irmã dele, conhece a Sabina?

— Já vi os dois brigando por telefone algumas vezes, mas é uma garota bem bonita... Digo... Interessante.

Acabei sorrindo maliciosa e logo Pepe corava começando a organizar a geladeira, me apressei pra comer e comecei a lavar a louça.

𝐭𝐡𝐞 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 𝐰𝐡𝐚𝐭 𝐢𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 |𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora