𝘁𝗿𝗶𝗻𝘁𝗮 𝗱𝗼𝗶𝘀

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SINA DEINERT:

ִ ۫ ּ ˖ ۫𓏲DOIS ANOS DEPOIS:


Dois anos parecem muito, mas pra mim tinham voado, meus dias são tão cheios que "dormir" soa como algo estranho.  

Levar Destiny para a creche, ir para o trabalho, então vou até a faculdade e volto pra creche buscá-la, faço o jantar, corro atrás dela pela casa na tentativa de fazê-la tomar um banho, lhe conto uma história pra dormir, então finalmente me deito e em algumas horas todo o ciclo começa de novo.  

Aproveitando o final de semana arrumava minhas coisas, jogando tudo que era desnecessário fora, achei algumas fotos recentes da Destiny que havia revelado e dentro de um livro antigo, cai outra foto bem mais antiga.  

Noah quando havia ganhado sua luta, foi do momento que o abracei no ringue, como uma bela tortura pra me fazer voltar atrás, Simon me entregou essa foto quando Destiny nasceu, eu a guardei comigo, mas não voltei atrás na decisão.    

— Sina?  

Ergui o olhar vendo Simon atravessar a porta com Destiny no colo que estava calada porque provavelmente o provocou muito pra fazê-lo lhe dar um cookie.    

— Eu gosto dessa foto— Ele comentou sentando na minha cama— acho o amor jovem bonito.  

— Não começa. — O avisei jogando a foto de volta nas minhas coisas  

— Ele merece alguma notícia, por menor que seja, você sabe que no fundo Noah é um bom garoto.  

— Simon você voltou a treiná-lo mês passado e já está me enchendo com o assunto.  

— Eu parei de ser o treinador dele por você, mas depois que vi a situação que ele está tinha que fazer alguma coisa... Noah perdeu o cinturão, está numa casa menor, dificilmente fica sóbrio, é horrível.  

Sentia meu coração apertar, como se pudesse pegar o primeiro ônibus para Londres e visitá-lo pra cuidar dele novamente.  

Alcancei um envelope e coloquei todas as fotos que tinha da Destiny, o fechei e escrevi "Espero que melhore, o nome dela é Destiny. - Sina", sei que pode se cruel da minha parte, mas não podia colocar ela em jogo pela minha paixão de adolescente.  

— Pode entregar isso pra ele— O encarei— só não me pede pra voltar, porque ela não merece ver o pai assim. — A segurei no colo— mamãe sempre dizia a mesma coisa, pra criar uma boa família, as vezes precisa abrir mão de algumas coisas.  

Simon se calou porque sabia exatamente do que eu falava, quando completei seis anos, minha mãe foi embora o deixando pra trás, a frustração dele como boxeador estava acabando com nosso dinheiro e seu dever de pai, então ela decidiu que seríamos melhor sem ele e talvez não estivesse errada, se continuasse lá poderia ter nos decepcionado muito mais.  

— Tudo bem, filha... Eu te entendo. — Beijou o topo da minha cabeça— só precisa entender que você não é sua mãe, muito menos Noah sou eu, ele não fugiria como fiz, enfrentaria tudo pra tentar ser bom.  

— Então ele deveria ter tentado antes.

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𝐭𝐡𝐞 𝐡𝐞𝐚𝐫𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 𝐰𝐡𝐚𝐭 𝐢𝐭 𝐰𝐚𝐧𝐭𝐬 |𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭Onde histórias criam vida. Descubra agora