"Há tantas coisas por vir, e as pessoas preferem se prender a coisas que não existem".LOUHANA KONG
Mais um dia, mais uma mudança.
Minha mãe e eu decidimos sair de Busan, quando digo decidimos é por que tenho que ficar perto da empresa do meu pai, por ser treinee a quase três anos.Estamos agora no aeroporto e logo ao longe se via um tumulto, acontecia muito isso quando um dos vários grupos de k-pop ia viajar e os fãs descobriam.
Um dia aquela também seria a minha vida, podem escrever.— Vou ao banheiro já volto. — comuniquei ao me levantar.
Estava apertada, e a calça cintura alta não ajudava em nada — aaaaw... — Soltei um gemido ao me aliviar, saí da cabine e me dirigi ao lavatório lavei as mãos e quando ia sair... — Mas que caral...— Shhh...— Um cara alto, vestido de preto, entrou no banheiro.
— Por quê você está aqui?porque está disfarçado, é algum sequestrador?estuprador?Olha já avisando que não tenho nada aqui, e bom digamos que não sou muito boa pra comer! — Me bateu um desespero eu não estava raciocinando direito, eu era muito jovem...como assim era?porque estou falando no passado.AAAAA, eu sou muito jovem, nem virei idol ainda, Céus.
— Calma eu não vou fazer nada, e muito menos agora que sei que não é "boa pra comer". — Uma curta risada escapou de seus lábios. Finalmente disse algo, mas não levantava a cabeça.
— Isso não me convence nem um pouco. — Eu era a Louhana e tinha que ser a Louhana.
— O que a senhorita quer que eu faça? — Educado, gostei, Não, não gostei.
— Sair daqui? — Pergunto como se fosse algo óbvio.
— Desculpa, mas infelizmente não posso, tem um pequeno imprevisto lá fora, se a senhorita não se opor a esperar mais um pouco, poderei sair daqui mais cedo.
— Ok, ok, mas já aviso que eu não tenho nada.
— Não quero nada mesmo. — Me olhou de baixo para cima, mas ainda assim, sem me olhar nos olhos.
Uns minutos se passaram, o que mais pareceram séculos.
Bateram na porta, um toque estranho, haviam intervalos entre as batidas.
E o homem correu para atender, parecia até que esperava aquilo.— Senhor?finalmente, já encontramos os outros e vamos falar com a direção do aeroporto, esperamos que está situação não se repita. — O moço falava baixo mas não o suficiente para eu não ouvir.
— Também espero, bom agora... — Olhou para mim antes de se voltar para a porta. — Vamos embora. — Apenas deu um breve aceno com a cabeça e soltou um: — Acho que deveria ter pedido um autógrafo quando ainda tinha tempo. — E se foi.
— Mas que mer... — Me repreendi, será que ele era um dos idols?impossível.
Saí do banheiro, sabia que teria que ouvir mais um dos surtos de minha mãe, amo ela mas as vezes é um pouco demais, meus pais são separados, a anos, nunca tive uma boa comunicação com meu pai, ele é "milionário e um homem ocupado" como ele mesmo dizia todas as vezes que lhe ligava e pedia para nos encontrarmos.
Sou filha de um coreano e uma cabo-verdiana, não me perguntem como rolou esse nheco-nheco que eu não sei, quando essa relação deles ainda existia nos mudamos para Coreia do sul — eu tinha uns 4 ou 5 anos— no caso eu e minha mãe pois ele já morava aqui.
Foi legal e maravilhoso, até que ele começou a ficar ausente por conta do trabalho — e amantes — e por fim largou completamente a família por uma mulher branca, me lembro até hoje de como fomos humilhadas e chamadas de nomes pela cor da nossa pele, e infelizmente até hoje tenho elas guardadas em minha mente, sim eu ainda tenho uma pequena — grande — mágoa do meu pai, acho que ficar parado e ver a filha de sete anos ser chamada de suja, imunda e não fazer nada é ao menos frustrante.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Verde, a nova cor do Amor| Kim Taehyung
RomantikLouhana Kong sempre sonhou em deixar sua marca na vibrante cidade de Seoul. Quando finalmente consegue um emprego como staff em uma das maiores empresas de entretenimento da Coreia, ela acredita que está um passo mais perto de realizar seus sonhos. ...