02 | Adolescente

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"As coisas que eu fiz não definem quem eu sou"

LOUHANA KONG

— Que cansaço. — Falei me jogando no sofá do novo apartamento, tinhamos acabado de chegar, sei que foram só 4 horas de voo mas estou cansada.

— Deixa de preguiça Louhana, e vai tirar esses sapatos. — Me levantei soltando uma risada baixa.

— Tá bom dona Diana. — Amava a chamar de "dona" é um apelido carinhoso. — A propósito, parece que o senhor Kong fez a lição de casa! — Falei olhando o apartamento, ele estava a nossa cara, mais um pouco — muito— mais chique, mesmo assim gostei, era branco e com cores neutras, tudo limpo, branquinho por conta do meu toc de limpeza, amo tudo clarinho e limpo. — Gostei.

— Ele quer se aproximar... — Mamãe sorriu.

— Ele quer alguma coisa. — Rebati, eu conhecia muito bem o meu pai e sei que ele quer alguma coisa.

— Louhana! — Mamãe nunca falou mal do meu pai, nem precisava eu mesma via as coisas.

— Que é?falei a verdade — Sorri. — Deixa eu ver se tem comida nessa casa. — Me levantei e fui em direção a cozinha, e comecei a abrir os armários. — Boas notícias, o senhor Kong não se esqueceu que comemos. — Sorri, pegando um pacote de marshmallow, claro que tinha mais comida saudável mas eu queria aquela em específico.

— Deixa de se comportar como uma adolescente e trata de comer algo saudável. — Falou arrancando o pacote das minhas mãos.

— Ei eu sou uma adolescente...de 21 anos. — Ri.

— Daqui alguns meses 22, eu ainda não acredito que você cresceu tanto meu bebê. — Me apertou as bochechas.

— Mamãe, para. — Tentei tirar suas mãos de minhas bochechas.

— Nada disso, você é minha bebê, é ou não é?

— Tá bom, tá bom, sim sou. — Rimos.— Ainda não acredito que consegui o trabalho como staff. — Fiz uma dancinha tosca.

— Eu acredito, porque você se esforçou muito. — Sorriu, seus olhos transmitiam ternura e amor, ah o quanto eu amo essa mulher.

Dei-lhe um abraço forte, e lágrimas caíram de meus olhos

— Ei, não, não, você tem que estar feliz. — Mamãe saiu do abraço e levou uma das mãos até meu rosto.

— Eu estou feliz, muito feliz. — Sorri ainda em lágrimas.

— Isso é um choro de felicidade? — Me olhou desconfiada.

— Sim. — Sorri. Em parte era, mas eu estava com medo do que viria pela frente, afinal eu trabalharia na empresa de meu pai e ele ainda não sabia disso, eu não quero nada dele, mas as vagas estavam disponíveis e o salário é ótimo — muito ótimo — não quero ser tratada diferente por ser filha do chefe, ok falar isso foi ridículo, mas vocês entenderam.

Não podia ficar parada só sendo treinee, faz anos que sua empresa enrola para me lançar.

— Pensando em como as pessoas vão te tratar? — Leu meus pensamentos, aaa odeio isso. — Vai dar tudo certo, já já uma das empresas abrem as audições e você vai brilhar.

— Pela oleosidade na minha cara isso sim. — Ri.

— Louhana, leva as coisas a sério pelo menos uma vez! — Falou séria e logo depois sorriu.

— Tá bom, tá bom. — A beijei na bochecha, arranquei o pacote de marshmallow e saí correndo como quando eu tinha 6 anos e roubava as bolachas que mamãe fazia e ela vinha atrás de mim.

Por um momento parecia que eu tinha 6 anos e todos os problemas tinham desaparecido, aí como eu gostaria de voltar pra aquele tempo.

— Desisto Louhana, estou velha demais para isso. — Falou tentando regular a respiração.

— 40 anos nas costas e vai me dizer que está velha? — Brinquei me jogando no sofá, na minha mini corrida pude ver como o apartamento é grande.

E também é um condomínio de idol's, acho que aqui só vive gente famosa.

— E 40 anos é pouco Louhana? — Perguntou.

— Bom, vou para meu quarto. — falei pegando as minhas malas e fugindo do assunto. Ela ia começar a dizer que os 40 são os novos 20, depois ficaríamos discutindo isso por horas, o que só me faria ter uma crise de risos.

— MÃE ISSO SÃO LUZES DE LED?? — Gritei eufórica parada na porta do meu novo quarto. — E ESSE BANHEIRO??CÉUS EU ESTOU NO PARAÍSO, OK TENHO A CERTEZA QUE O PAI QUER ALGO. — Continuei a gritar andando pelo quarto.

— Para Louhana está perturbando os vizinhos. — Falou se aproximando já estava com o pano de pratos nas mãos de certeza estava começando a cozinhar.

— Como?O que é isso?— Falei me aproximando de uma porta branca com borboletas verdes. — Eu já vi as outras duas portas e essa do que será? — Estava curiosa demais, a abri. — Um estúdio? E uma sala de dança? — Era um lugar grande, bem grande, amplo, com paredes brancas e uma delas era totalmente coberta de espelhos, havia também uma barra de bailarina, e no canto havia um estúdio de gravação de música, era lindo, céus, eu podia até esquecer o que meu pai fez — também não é pra tanto — eu amava mais esse lugar do que meu próprio pai.

— Isso é lindo, minha filha, exactamente para uma man dancer! — Mamãe exagerava as vezes, eu não dançava tanto assim — talvez sim — mas sim eu dançava — Agora sim tenho certeza que seu pai quer algo.

— Ele sempre quer, mas deve realmente ser algo muito, mais muito benéfico para ele.

Depois decidi tomar um banho e que banheiro meus amigos.

Comecei a retirar minhas coisas das malas que não eram poucas, então coloquei música para me distrair enquanto arrumo, o closet é imenso que nem toda minha roupa e sapatos ocupam a metade dele.

Depois retiro as roupas de cama e as arrumo menos minha colcha verde pastel, a coloco encima da cama e danço ao som de "lose you to love me" da Selena Gomez, o bom é que nunca vive um amor tóxico e nocivo acho que não aguentaria.

Penso nessa possibilidade e rio comigo mesma, fazia uns quatro anos que não me relacionava com alguém, sinceramente acho que o que aconteceu com os meus pais mexeu um pouco com minhas ideias sobre relacionamento.

Verde, a nova cor do Amor| Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora