Brandon - Livro 4

Capítulo 26

Brandon

  Eu estava literalmente fodido, estava me achando um fracassado e estava tão cansado que poderia dormir no chão da minha sala, eu nem se quer sabia mais sobre o que pensar.

Não haviam vestígios de vazamento, a coleção que havíamos inaugurado era a única que tínhamos disponível, mas logo as pessoas perceberiam que o restante das jóias não estava chegando em nenhuma loja.

Os acionistas estavam loucos, todos entendiam a situação, mas isso não os poupava de me cobrar uma posição, uma solução para o problema é o menor prejuízo possível para eles.

Tirei a mão do rosto quando minha porta se abriu, apenas duas pessoas entravam sem bater na minha sala, uma era Noah, que deveria estar na Itália, mas eu já estava pronto pra chinga-lo até ele sair por onde tinha entrado, e a outra pessoa era...

- Mamãe?! - Minha mãe entrou no meu escritório com um sorriso no rosto e a altivez de lady de vinte anos.

- Eu estava na minha grande e bonita casa hoje, olhando o jardim que hoje em dia é a única coisa que tenho pra cuidar, e pensando em como era bom quando eu tinha meus filhos em casa, já que agora tenho que intima-los para que venha me ver. - Embalei ela em meus braços, ela parecia tão pequena em comparação ao meu tamanho.

- Por favor, me desculpe, mas as coisas estão complicadas. - Segurei sua mão e fui com ela até o sofá perto da parede. - A que devo a honra da sua visita?

- Nada além de ver meu filho claro, e já que você não quer mais sair daqui pra nada a não ser tomar banho... - Ela levantou algumas sacolas e balançou. - Eu trouxe o jantar.

- Não precisava, mas obrigado.

Seguro sua mão e juntos vamos até o sofá, a pequena mesa de centro daria uma ótima mesa. Escorregou até o chão e a ajudo a retirar a comida das sacolas, salivando com o cheiro delicioso da comida.

- Não tinha percebido que estava morrendo de fome.

- Você tem trabalhado muito querido, precisa ir pra casa, dormir de verdade, você não é Atlas, não precisa segurar o mundo com os ombros, o que aconteceu não foi sua culpa. - Balanço a cabeça devagar, todos já tinha dito aquilo para me animar. - Você sempre foi assim, desde quando era criança, não desistia até ter resolvido qualquer problema que estivesse ao seu redor.

- Acho que esse é um problema sem uma boa resposta aparente, eu posso contornar, mas não resolver ao todo. - Mastigo um pedaço de bife antes de continuar. - Se nós ao menos pudéssemos provar que houve um plágio, pelo menos processariamos eles por roubar nossas peças, foi tão na cara de pau.

- Ah querido, as coisas vão melhorar, tenho certeza que uma boa solução vai aparecer.

- Eu espero que sim.

- O Natal é daqui a quatro dias, espero não ter que vir aqui e te arrastar pelas orelhas. - Dou uma risadinha sabendo que ela falava sério, uma atmosfera de paz tomando conta de mim pela sua simples presença, deitei a cabeça em seu colo.

- Eu sei mãe, vou estar em casa para o natal.

Ouvi duas batidas na porta, olhei no relógio e já eram quase oito da noite, Susie não precisava de permissão para ir embora, mas talvez tivesse ficado até tarde. Me levantei e caminhei até a porta á abrindo em seguida.

- Oi, desculpe vir sem avisar, mas imaginei que você ainda estava aqui, eu sei também que não deveria estar aqui até tão tarde, mas não consegui pensar em nada mais além de uma maneira de te ajudar. - Sophia passou por mim como um furacão que não parava de falar sem nem mesmo notar minha mãe no sofá no canto da sala. - E acredite, quero muito resolver esse problema desastroso porque você fez aquela promessa sobre os três dias e...