O Poder De Amar

Capítulo 25

Boa Leitura! 

Vingança, vingança e mais vingança.

Mary Cross 

Eu acordo sentindo todo meu corpo doer, sei que estou no hospital assim que abro meus olhos, mas o que lembro em seguida me deixa em estado de pânico. Meu marido levou um tiro assim como eu e ele não está aqui do meu lado agora e isso não é bom sinal, não pra mim. Eu sinto meu coração acelerar, meus olhos trasbordarem em lágrimas e aquele medo de descobri que o amor da minha vida possa estar morto. 

Eu não conseguia gritar, pois minha garganta estava mais seca que o deserto. 

-Bom dia senhora Cross, feliz que esteja acordada. - fala uma enfermeira sorrindo pra mim ao entrar no quarto. - O médico já vem ver a senhora... - fala olhando os aparelhos. 

-Sede. - falo com dificuldade. 

Ela arruma a cama levantando e com um canudinho eu tomo a água devagar, mas que é um grande alivio para minha garganta. 

-Meu marido, meu marido... - começo a falar assim que consigo. - Minha filha... 

-O médico virá aqui. - diz saindo sem me responder.

 Dois minutos o médico entra e nem espero ele falar. 

-Meu marido doutor, ele veio pra cá também né? Ele está aonde? - pergunto afobada. 

-Senhora Cross tenha calma, vou te examinar e depois conversamos. 

-Eu quero saber agora, agora. - ordeno nervosa e fecho os olhos cansada. - Por favor, me diz o que aconteceu... - imploro chorando. 

Ele me examina primeiro como disse e quando termina ele começa. 

-Seu marido está bem senhora Cross. - ele diz. - Ele acordou antes da senhora... Ela está em casa já. - eu sorrio alegre.

-Quantos dias eu apaguei? - pergunto. 

-Dois meses. - eu arregalo os olhos assustada. - Você ficou um coma, tivemos problemas sérios na sua cirurgia... Mas agora a senhora está bem. 

-O senhor cuidou do meu marido também? - pergunto. 

-Não, mas um colega meu sim... Olha senhora Cross seu marido vai precisar da senhora, ele foi pra casa, mas não está bem devido ao que aconteceu. 

-O que aconteceu?

-O tiro que a senhora levou atravessou você e entro no senhor Carson, mas o problema maior é que a bala não saiu e se alojou na coluna. - eu começo a sentir o medo se apossar de mim. - Retiramos a bala, mas não conseguimos evitar os danos... - eu já chorara baixinho. - Ele tá paraplégico e isso foi um murro pra ele... 

-Por que... - choro alto agora. - Ele não merecia isso, não merecia... Não tem como reverter? Não tem? - pergunto. 

-Sinto muito, mas não. 

A porta do quarto é aberta e por ela entra Charlotte. 

-Mary. - ela vem até mim e me abraça. - Graças a Deus você acordou... - ela chora. - Ele precisa de você, só você pode tirar ele desse buraco que ele está enfiado. 

-Me perdoa... - choro abraçada a ela. - Minha filha, como ela tá? 

-Sentindo sua falta. - ela me solta. - Eu, Zoe, Kim estamos cuidando dela... 

-Ele não veio? - pergunto sobre o Kalel. 

-Ele nem sai do quarto Mary. - responde abalada. - Eu estou vendo a hora de fazer uma besteira... Ele nunca mais chegou perto da Gigi, ele não quer ver, falar dela. Ele se isolou... A gente ofereceu ajuda, mas ele não deixa a gente chegar perto... Ele não é ele mesmo mais.