Capítulo 8

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Boa Leitura! 

Você não reconhece o dia mais importante da sua vida. Não até que você esteja bem no meio dele. O dia em que você se compromete com algo ou alguém. O dia em que partem seu coração. O dia em que você conhece sua alma gêmea. O dia em que você percebe que não há tempo suficiente porque você quer viver para sempre. Esses são os dias mais importantes. Os dias perfeitos.

Grey's Anatomy. 

Mary Cross

Eu sempre me coloquei em primeiro lugar pra tudo, seja vida pessoal ou profissional, até hoje eu nunca tinha notado que isso pode ser em determinados momento egoísta. Eu acho ainda que nós mulheres sempre temos que estar um primeiro lugar, mas eu sei que o que eu fiz não foi legal. Eu o magoei e não sei como voltar para desfazer o que eu fiz, mesmo que no fundo eu sabia que se quiser o perdão dele vou ter que correr atrás. 

Mary Cross correndo atrás de perdão? Isso nunca aconteceu nos meus 50 anos de vida, mas acho que se é pra mudar tenho que mudar pela pessoa certa e pensando nisso eu vou para meu quarto trocar de roupa. Eu coloco um conjunto de moletom e tênis da Nike, coloco meu celular no bolso e chaves do meu carro. Eu vou até a casa da mãe dele, mesmo que eu esteja morrendo de medo de sair sozinha e a noite, mas eu vou ou não conseguirei dormir em paz. 

Eu entro no meu carro e vou para o Brooklyn onde fica a casa da mãe dele, claramente eu sei onde fica, pois ele é meu segurança e revirei a vida dele do avesso até porque não o conhecia. Ao chegar no apartamento onde ela mora vejo que o lugar não é de todo ruim, mas não é o lugar que costumo frequentar. Não tem porteiro, mas a porta de acesso ao prédio é trancada obviamente, mas por sorte uma mulher estava chegando e disse a ela que meu namorado estava me esperando, ela não suspeito e me deixou entrar junto.

-Perdão não tem elevadores? - pergunto a ela que ri. 

-Não dona, não tem. - fala. - Aqui é tudo escada.

A mãe dele mora do quinto andar, droga! 

-Esses prédios são antigos e não tem elevadores, temos que subir e torcer pra chegar vivo lá em cima. 

-São quantos andares? 

-Só sete. - responde. - Eu fico aqui. - estávamos no segundo andar. 

-Boa noite. 

-Pra senhora também. 

Eu chego no quinto andar e paro em frente a porta com o número que vi no papel, eu penso em voltar e ir embora, mas não posso ser covarde assim então eu bato. 

Bato uma. 

Duas. 

Três.

Quatro e nada, quando penso em bater pela ultima vez a porta se abre revelando uma mulher baixinha, cabelos pretos e com uma cara nada agradável. 

-O que faz em minha casa? - ela pergunta. 

-Desculpe bater aqui essa hora da noite, mas pode me dizer se Kalel está aqui? - pergunto. 

-Está, mas está dormindo e não vou acorda-lo ainda mais por ser você. - fala de forma ácida saindo e fechando a porta atrás dela.

-Por ser eu? A senhora deve ser a mãe dele... 

-Sim. - responde. - Olha senhora Cross, meu filho chegou aqui muito aborrecido e não quis me dizer o que era, só disse que precisava me ver e estava com saudades, mas como mãe sei que ele não falou a verdade. - diz. - Eu não sei o que está acontecendo entre vocês, mas sei que a relação de chefa e empregado não se aplica mais a vocês, pois já passaram disso ou a senhora não estaria aqui na minha porta essa hora para vê-lo.

O Poder De AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora