10. BDSM

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Deitei-me sobre o seu corpo num abraço, afagando as costa de Luke ternamente. Ele repousava a cabeça no meu pescoço, sentindo eu o seu respirar profundo. Não sei distinguir se isto é um suspiro de alívio, ou de medo.
Vendo as circunstâncias em que me encontro, sei que não devo perguntar nada que seja referente àquelas marcas.
Será que agora isto é fácil? Será que ele tem alguém em quem culpar? Alguma pessoa a quem dizer que o magoou, que o deixou neste estado, que o fez sofrer? Agora é tarde, esta noite, para trazer o passado de volta para a luz.

"Desculpa, papa." Murmurei. "Agora eu quero fazer-te feliz, por favor. Deixa-me fazer-te feliz." Apoderei-me do seu membro nas minhas mãos, começando ele a crescer a uma velocidade impressionante. "Oh, papa." Gargalhei. "Como é que és tão incontrolável?" Perguntei retoricamente. "Isto parece um interruptor."

"Acabaste de ligar a luz, meu amor. Agora vais ter de a apagar."

"Mas eu quero apaga-la de uma forma diferente." Trinquei o lábio. "Eu quero experimentar." Levantei-me do colo.

"O quê?"

"BDSM."

A sua expressão mudou. Engoliu em seco. Vi o seu suor escorrer-lhe pela cara fora. Eram nervos.

"Não." Franziu o cenho. "O que te deu na cabeça? Como sabes disso...?"

"Aprendi. Disseram-me. Papa, não faças mais perguntas. Apenas quero que uses e abuses de mim hoje. Eu gosto da maneira como me tocas. Faz-me sentir bem. Mas apenas tu. Não quero mais ninguém."

"Tu gostas quando eu faço isto?" Inseriu uma mão por baixo das minhas cuecas, massajando a minha intimidade tão brutalmente. Ele começava a possuir-me agora. Neste momento. Apenas com um dedo.

"Eu gosto quando estás dentro de mim, papa."

Prendi-lhe as mãos, tirando-as do meu corpo. Baixando-as. Ele ficou com elas suspensas esperando que eu atuasse. Ele esperou pelo meu procedimento e eu continuei, metendo-me de joelhos em frente a ele. Desapertei o seu cinto, e seguidamente o fecho de éclair. Baixei-lhe os boxers e deixei à minha vista a sua ereção. Levanto o olhar uns segundos e observo-o com um sorriso perverso. Dou conta de que estou a olhar fixamente para o seu pénis. Volto a olhar para ele. Não tiro os meus olhos dos seus.
Ele flexiona ligeiramente os quadris na minha mão, e reflexivamente eu agarro-o com mais força.
Com toda a vontade que pode existir, Luke solta um gemido rouco. Inclino-me, colocando os lábios em volta do seu membro, chupando-o fortemente. Ele arregala os olhos, seguido de outro gemido, e eu contínuo a chupa-lo. Movendo para baixo, empurro- para dentro de minha boca. Volto a girar a língua em torno da ponta, e ele arqueia-se e levanta as ancas. Tem os olhos abertos, e eles despedem fogo. Volta a arquear-se rangendo os dentes. Apoio-me nas suas coxas e empurro a boca até ao fundo. Sinto nas mãos que suas pernas se esticam. Agarra-me pelo puxo de cabelo que uso e começa a mover-se ritmadamente.

"Lola." Ele murmura.

Eu chupei com mais força e passei a língua pela ponta de sua impressionante ereção. Pressiono com a boca, cobrindo os dentes com os lábios. Ele respira com a boca entreaberta e geme. Chupo cada vez mais depressa, empurrando cada vez mais fundo e girando a língua em volta.

"Isto é demais para uma pequena inocente, não achas?" Perguntou respirando ofegantemente.

"Não." Levantei-me, ficando frente a frente com ele. "Eu quero aquilo." Apontei para o armário dos brinquedos. "Tu disseste que podíamos brincar com aquilo."

"Podemos brincar com tudo o que quiseres, meu anjo." Beijou a minha testa. "Esta noite vou satisfazer-te. A noite toda."

Quando ele virou costas para ir até ao armário, eu chamei-o: "Luke." Ele apenas olhou, não se importando por eu o ter chamado pelo nome próprio. "Algemas."

"Sim, senhora mestre do Bondage." Disse entre risos.

Sem demoras ele voltou à cama. Estiquei os braços e ele prendeu-mos com as algemas às barras de metal da cama. Soltou um sorriso malicioso e beijou-me docemente.

"Trouxe um presente para ti." Sussurrou ao meu ouvido. "Levanta a cabeça." Eu assim fiz, e ele tapou-me os olhos, pondo-me uma venda neles. "Ainda não acabou, meu anjo. Vais sentir-te bem com isto. Vou prender-te as pernas." Ele fê-lo em pouco tempo, depois de me ter tirado as cuecas e a saia. "Relaxa. Confia em mim."

Senti algo percorrer o meu corpo. Algo macio. Pareciam penas que me faziam festas. Acariciavam a minha barriga e desceu até à minha intimidade. Apenas sorri e lambi os meus lábios, sentindo o sabor que Luke lá deixou, da última vez que me beijou.

"Eu preciso de mais. Eu quero mais." Grunhi, querendo que ele se metesse dentro de mim. Lento ou rápido, querido ou agressivo, eu queria que ele me penetrasse agora.

"Mais como isto?" Ele disse sem me deixar com hipótese de resposta.

Saltou para a cama e enfiando-se dentro de mim, começando com movimentos acelerados que me fizeram gritar, ainda de dor. Aquilo ali ainda ardia, e eu fiquei demasiado preocupada para me conseguir controlar.
Depois só consegui sentir prazer, por cima de toda a dor. Ele começou a faze-lo lentamente. Eu senti o seu corpo colar-se mais ao meu.

"Qual é a sensação de não te poderes mexer enquanto eu te controlo?" Perguntou.

"Ser controlada por ti é ótimo, papa."

"Ainda não viste nada, anjo." Ele ofegava sem conseguir se controlar. "És tão apertadinha, Lola." Grunhiu. "Eu vou vir-me agora. AHHH!" Luke disse, e logo de seguida, automaticamente, gritou saindo um enorme jarro de esperma para dentro de mim. "Isto ainda não acabou, Lolita." Murmurou como se fosse um segredo.

Soltou-me das algemas e das cordas que me prendiam os pés, virando-me de barriga para baixo.

"Tu tens sido uma má menina, Lola. E eu nunca te puni por isso. Chegou a hora."

Olhei para trás e ele estava com aquele bastão, com a chibata. Não nego que tenha receio daquilo, se aquilo me magoa ou não, pois é quase semelhante a um chicote e os chicotes deixaram-me com receio.
Levei a primeira vez com ele. Não foi agressivo. Ele não me deu com força. Mas os seguintes, até as lagrimas me vieram aos olhos.

"2." Ele contou.

"Ahh" Gritei desesperada. "Luke!"

"3. 4. 5."

Ele contou. Lentamente. Continuando a bater-me com aquilo no rabo. Alternando de nádega para nádega e aquela dor. Aquilo que eu senti. A agressividade que vinha dele, o odio que ele parecia exercer sobre mim, fizeram-me ter a certeza de que eu não queria mais aquilo.

"Luke. Para." Gritei de desespero. Ele não parou. "Papa, para. Por favor."

DADDY'S FAVORITE •  L.H • 1ª VERSÃO (NÃO EDITADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora