Melody [Acabada]

➰Paraiso➰

Capítulo narrado pelo Daniel
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Acordei com uma dor de cabeça dos infernos, abri meus olhos com dificuldade, e tentei me lembrar aonde estava. Isso só da mais dor de cabeça. Olho para o lado e vejo Melody, tranqüila, dormindo, com sua mão em cima de mim. Saio dali no maior cuidado, ela parece um anjo dormindo.
Ouço a campainha, e me lembro de que estamos sozinhos.
Desço as escadas e abro a porta. Vejo um menino totalmente arrumado.

- A Melody está ? - Ele pergunta.

- Depende. Quem é você?

- Sou Matheus, irmão dela.

Irmão? A Melody tem um irmão? Por que ela não nos contou?
Fico calado, apenas observando o nada.
Mando ele entrar, e subo para acordar Melody.

- O que é, meleca? - Melody resmunga.

- A casa está pegando fogo, e não sei o que fazer. - Digo, fingindo estar aflito.

Fazer o que, é o único jeito dela acordar.

- É o que? - Ela grita, pulando da cama e procurando seu chileno.

Ela corre pela escadas e chega na sala, encontrando o menino estranho.

- Daniel, eu vou te matar. - Ela fala entre dentes. - A casa não está pegando fogo, você me acordou para o seu novo Amiguinho me ver descabelada. Bela pegadinha, vai ter troco, se prepara.

Ela tenta subir as escadas, mas eu a impeço.

- Escute esse cara louco. - Digo.

- Olá, Melody. Sou Matheus, seu irmão. - O menino fala.

Melody olha para ele e depois para mim. Ela começa a rir feito louca e eu a acompanho, por que isso é bizarro demais.

- Eu não tenho irmão. - Ela diz entre as risadas. - Sou filha única.

- Na verdade não, quando nós nascemos mamãe não tinha condições nenhuma de cuidar de gêmeos, então como ela sempre quis ter uma menina, me mandou para uma família que não podia ter filhos. - Ele conta.

- Querido, escute, você está louco, pegou a menina errada. - Melody respira fundo.

Para ela é difícil falar da mãe.

- Quer uma prova? Ótimo, exame de DNA. O que acha?

Melody não responde, apenas sai correndo pelas escadas e aparece dois minutos depois, arrumada.
Fomos para um conhecido meu, ele faz o exame e te da o resultado na hora se pagar uns reais amais.

Agora estamos esperando o resultado. Se ele for mesmo irmão dela, o que acontece?

- Está aqui o resultado. - Tyler aparece na sala de espera.

- Obrigada, amigão. - Dou um tapa em suas costas.

Melody arranca o papel da mão dele, respira fundo e abre. Seus olhos se arregalam e ela dá passos para trás, tentando se afastar de Matheus.

- É verdade. - Ela diz, ofegante.

Seus olhos cheios de lágrimas encontram os meus.
Vou ao seu encontro e a abraço. Ela chora em meu peito. Melody sempre quis ter um irmão, e agora ela tinha um.
Matheus estende a mão para ela, propondo um recomeço. Melody olha para a mão e para ele. Em seguida o abraça, Matheus corresponde também chorando.

- Sempre quis ter um irmão. - Ela diz. - Principalmente depois que a mamãe morreu e o papai me expulsou de casa. Eu queria alguém do meu sangue que ainda me amasse.

- E eu sempre quis conhecer minha irmã, para protege-la, para ser o melhor amigo dela. E agora você está aqui. - Ele beijou o tipo de sua cabeça.

- E o que vai ser agora? - Melody pergunta, quebrando o abraço e limpando seu rosto.

Passo meu braço pela sua cintura e dou um beijo em sua testa. Como resposta, ela apenas abraça minha barriga e esconde seu rosto em meu pescoço.

- Você vem comigo, para casa. - Matheus sorri.

Sinto meu rosto perdendo a cor.

- Não, não vai. - Digo, com certeza na voz e puxo Melody para trás de mim. - Ela pode até ser sua irmã, mas você não manda nela. Acabou de conhecê-la e já quer mandar? Opa, desce do salto, amigo.

Encaro o sujeito que quer levar a minha Melody para longe de mim. Melody me puxa pela camiseta, e me faz olhar para ela.

- Não bata no irmão que acabei de conhecer. Não vou embora, prometo. - Ela diz. - Não posso deixar você, por mais que eu queira, eu não conseguiria, então acalma seu rabo ali na cadeira e deixa eu conversar com ele.

Dou um sorriso, que tenho certeza que fiquei igual ao curinga, puxo Melody pela cintura e a beijo. Sinto uma sensação tão boa que parece que estou no paraíso. O nosso primeiro beijo.