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Durante a semana, Snape havia gastado boas horas do seu dia planejando o que iria fazer sobre Olivia, ele queria seguir o conselho de Dumbledore, mas a garota era instável, ele não sabia como poderia controla-la, ao contrário de Draco, que era um jovem extremamente influenciável. Mas em uma aula no fim da semana, ele finalmente elaborou um plano concreto.

-Srta. Lewis, venha até minha sala às oito horas, depois do jantar – Snape pediu no fim da aula.

Olivia estava com alguns colegas da Sonserina, que olharam assustados para a pequena interação.

-Não vou esquecer o seu pequeno desrespeito na última semana sequenciado pela agressão física ao seu colega, então será de certa forma uma... punição – Snape explicou antes mesmo dela falar algo.

Eram quase oito da noite, Snape estava sentado na sua escrivaninha e documentava na caderneta de capa preta tudo que aconteceu no dia, e quais eram seus planos que iriam seguir.

Duas batidas na porta.

A porta abriu-se levemente.

-Professor Snape? – A garota sussurrou pela fresta da porta.

-Entre.

A garota entrou. A sala de Snape era quase como uma caverna, tudo escuro, e as únicas fontes de luz da sala eram as velas espalhadas pelo cômodo, inclusive na sua escrivaninha, onde irradiava uma luz fraca para alguns pergaminhos soltos.

Olivia ficou parada a porta, esperando alguma orientação do professor, mas ele apenas ficou parado, observando uma das velas. Ela esperava que ele desse alguma informação sobre a sua missão, ou que eles fossem discutir algo relacionado a isso, mas não, aparentemente Snape tinha outros planos em mente.

-Acho melhor você se sentar.

Olivia acenou e sentou-se rapidamente na poltrona em frente à mesa.

-Olivia... – Snape começou. – Após lhe ver em minha casa no fim das férias de verão eu fiquei refletindo... Acredito que você saiba que sua tia, Bellatrix, não seja a fonte mais confiável, então eu gostaria de saber de você. Qual a sua história?

Olivia se aplumou na poltrona. Ela não estava esperando aquela pergunta, normalmente sua vida era rodeada de forma muito objetiva, sempre com frases como "mate-o" ou "seus pais estão mortos, morreram honrando o nome do Lorde das Trevas" sendo ditas, coisas que ela não tinha que pensar, e sim obedecer.

-Bom, eu sei o que você sabe. Meus pais morreram nas mãos de aurores há alguns anos, quando o Lorde das Trevas estava em ascensão, e lá eu morei de casa em casa de bruxos amigos, até que fiz treze e tia Narcisa me autorizou morar sozinha.

-Olivia, e por qual motivo você não veio morar aqui na Inglaterra quando seus pais morreram? – Snape perguntou.

A garota apertou os olhos, também confusa. Por qual motivo a tia não havia feito isso?

-Eu... Não sei.

Snape acenou.

-Entendo. Suas memórias são claras sobre isso?

Olivia piscou os olhos rapidamente, tentando puxar algo em sua memória, mas lembrava apenas da sua infância morando em diversas casas, e um clarão verde do dia que seus pais faleceram.

Naquele momento, Snape estava pedindo para que ela buscasse memórias que ela nunca havia parado para lembrar, era como se ele estivesse querendo minerar um pedaço de pedra totalmente bruto, intocável.

-Não.

Snape descansou suas costas no encosto da cadeira, e por alguns segundos encarou a caderneta preta que estava em cima da mesa.

black out days (hermione!¡lésbica)Onde histórias criam vida. Descubra agora