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muito muito obrigada pelo apoio de vcs <3

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A única coisa que acalmava Olivia era o fato de que após a festa de Slughorn, ela iria partir com Hermione para as férias de natal, mas sua cabeça estava tão cheia com os acontecimentos de Hogsmeade que ela tinha que se esforçar para não surtar.

A única coisa que a acalmava era a memórias das palavras que Snape disse para ela no mesmo dia.

Ela saiu de Hogsmeade após jurar diversas vezes para Tonks que iria diretamente para o castelo, e que não iria tentar ir atrás da pessoa que fez aquilo, e a contragosto, ela seguiu sua promessa.

Ela evitou novamente o centro da aldeia, e a partir de então seus pés pareceram agir sozinhos, ela não tinha noção para onde estava indo, mas quando percebeu, estava batendo na porta de Snape.

O homem estranhou a batida, ele esperava sua visita um pouco mais tarde, então Olivia entrou, ainda em choque, e contou toda a situação para o professor, que ouviu atentamente, com um embrulho no estômago.

-Merda, merda! – Snape murmurou, espalmando suas mãos na sua mesa. – Eu... Merda!

-Professor, o que foi? – Olivia perguntou, agora mais preocupada ao ver a reação do homem.

-Ele fez alguém ir onde você estava. Ele fez alguém te lançar uma azaração.

-Que tipo de azaração?

Snape mordeu os lábios, pensativo.

-Eu duvido que você tenha o conhecido em uma forma humana, e aparentemente ainda adolescente, então isso foi uma memória falsa.

-E o que isso quer dizer?

-Olivia, eu tento não pensar na pior das hipóteses, mas a partir de agora, deveremos contar com o fato de que o Lorde das Trevas sabe que você está se desvirtuando da sua missão pelo menos um pouco.

[...]

O homem naturalmente charmoso saiu do Beco Diagonal pela passagem do Caldeirão Furado e caminhou livremente pelo mundo trouxa, que ele particularmente achava fascinante. Há alguns anos ele mantinha esse hábito, obviamente com a ajuda da poção polissuco na maioria das vezes, mas naquele dia ele estava com sua aparência comum, a aparência de Hesper Black.

Ele observava as interações que os trouxas tinham entre si nos seus bares, que eram mais conhecidos como pubs naquele país. Ele, honestamente, ficava perplexo com a realidade de duas culturas totalmente diferentes viverem entre si, e especificamente uma sem saber da existência da outra.

Talvez nos últimos anos ele tinha se tornado viciado em substâncias alucinógenas, pois a realidade de viver junto daquele movimento era tortura demais para uma só pessoa. Ele não tinha ninguém para conversar, não tinha ninguém para contar o quão terrível era estar em um movimento assassino. Era errado? Talvez, mas ele não tinha ninguém para se preocupar, contanto que ele matasse um povoado inteiro de trouxas, suas irmãs e todos do movimento iriam parabeniza-lo.

Ele tinha a visão borrada devido as diversas doses de uísque de fogo, mas logo concluiu que não faria mal tomar mais alguma coisa em algum daqueles bares. Ele não tinha o que fazer em casa, e preferiria estar no meio das pessoas ao invés de um lugar tão solitário que chegava a ser palpável.

Era verão em Londres, então ele tirou o sobretudo que cobria seu corpo, deixando a tatuagem no braço amostra e escondeu a varinha na sua bota, para que não houvesse perigo de exposição naquele mundo, mas não antes de roubar um pouco de dinheiro trouxa de alguns pedestres.

black out days (hermione!¡lésbica)Onde histórias criam vida. Descubra agora