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novamente peço a interação de vcs para que a história consiga um maior alcance 

boa leitura x 

...

Após alguns dias ponderando, Snape finalmente tomou coragem e entrou na sala iluminada, fazendo uma careta por ter tanta luz em um lugar, o completo oposto de sua sala.

O seu medo era que o seu grande amigo e mestre tocasse em um ponto que já estava óbvio há alguns meses, e ele tentava fugir ao máximo disso, mesmo que sentisse que fosse verdade.

Ele caminhou até a escrivaninha de Dumbledore e tomou a liberdade de sentar-se.

-Olá, Severus – Ele disse, abandonando o pergaminho que estava lendo. – Alguma novidade?

Snape negou com a cabeça, juntando suas mãos na frente do seu corpo e amassando os nós dos dedos, em um movimento reflexo de ansiedade.

-Não, não... Tudo o mesmo. Só acredito que eles serão liberados da enfermaria hoje.

Dumbledore sorriu.

-Fico feliz.

Snape mordeu o interior da sua boca quando uma pergunta brotou em seus pensamentos, sendo algo totalmente diferente da sua motivação de ir ali.

-Você falou com Potter sobre isso? – Ele perguntou.

Dumbledore respirou fundo, encostando as costas cansadas no encosto da sua cadeira.

-Eu tenho alguns motivos para acreditar que Harry está compreendendo toda a situação por si só.

Snape pensava o contrário, mas preferiu ficar calado.

-Mas então, o que trouxe você aqui depois de tantos dias? – Dumbledore perguntou, cutucando a ferida da ausência do homem por tanto tempo.

Snape repetiu o gesto, agora sentindo o gosto de sangue na sua boca.

-Eu pensei... – Ele começou, nervoso. – Eu pensei em revivermos aquele torneio que houve na minha época. Um quiz entre as casas, para quando Corvinal e Sonserina estavam empatados, o senhor lembra? E já que esse ano Sonserina e Grifinória também estão empatadas...

Dumbledore deu um sorriso simpático, mas sua resposta foi o total oposto:

-Acho que os alunos não querem ouvir nada com "torneio" no nome após o que aconteceu com Cedrico.

-Campeonato, então – Snape disse, amargo. Ele odiava como Dumbledore poderia ser implicante às vezes.

O velho acenou com a cabeça, o olhar opaco por alguns instantes, considerando a possibilidade.

-Você quer isso para distrair todos eles, ou para distrair uma só?

Snape não conseguiu evitar revirar os olhos, e Dumbledore sorriu, empático.

-Fico feliz, Severus. Sempre fiquei me perguntando se um dia você gostaria de ter filhos. Agora vejo que sim.

-Ela não é minha filha – Ele cuspiu.

-No sentido literal da palavra, não... Mas não é só apenas nele que o conceito de filho se estabelece.

Snape continuou calado, o gosto de sangue agora predominando a sua boca, e ele sabia que se falasse, seus dentes se mostrariam vermelhos como uma lua sangrenta.

-Mas claro. Converse com Minerva. É uma boa ideia para distrai-los.

[...]

Draco e Olivia deixaram a Ala Hospitalar no final de sexta-feira, saudáveis pelos cuidados da Madame Pomfrey e agora tranquilos a curtir os benefícios de terem sido atacados, e logo ninguém desconfiaria dos dois. Não que eles fossem fazer algo errado, até porque eles deveriam estar fazendo algo de errado, mas sim por eles quererem apenas serem dois estudantes normais, vivendo a adolescência como qualquer outro.

black out days (hermione!¡lésbica)Onde histórias criam vida. Descubra agora