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Ela estava com a varinha empunhada sentada em frente ao homem cabisbaixo. O seu rosto estava inchado, ele estava quase irreconhecível. Ela também não estava em uma das melhores condições, sua perna estava cortada, ela perdia tanto sangue que caso um feitiço de reparo não fosse feito o mais breve possível, ela morreria.

Eles estavam em um pequeno casebre próximo de Arhus, uma cidade onde a população bruxa era quase zero. Na Dinamarca, o maior polo bruxo era Copenhage, a capital próxima à Suécia. Mas, por algum motivo desconhecido, Olivia sempre viveu em Arhus, quase na costa marítima onde dividiam o mar com o Reino Unido.

O homem gemia, ele conseguia ver a morte chegando, o seu corpo ficando mais fraco, suas energias sendo sugadas. Ela realmente era uma ótima bruxa, lançava feitiços que ele nunca havia ouvido falar antes, talvez ela fosse uma grande conhecedora.

Ele pensou em seus filhos, que agora estavam na escola, pensou em sua esposa, que possivelmente estava no Ministério resolvendo os casos de dementadores soltos no meio do país. Eles eram os únicos sobreviventes, Axel já havia tomado de conta do Ministério, todos os seus seguidores estavam lá, ou melhor, os seguidores do Lorde das Trevas, e sua esposa, Noora, lutava fortemente contra as eles.

-Knut! – Ela gritou. – Vamos lá, não me faça perder tempo.

O Nielsen cuspiu no chão, marcando o piso com uma mancha de sangue.

-O que você quer, Olivia? – Ele gemeu. – Os seus já tomaram de conta, o que mais você quer?

Olivia levantou-se de uma vez do sofá, derrubando todos os móveis que estava ao seu redor. Ela estava furiosa, ao mesmo tempo que estava incontrolável, seus sentidos estavam dormentes. Knut era um ótimo bruxo quando se tratava de feitiços de confusão.

Ela colocou a ponta da varinha na sua garganta, fazendo o homem sufocar.

-Me diga a verdade sobre os meus pais.

-Eu já lhe falei. Vá até Hogwarts, lá você vai descobrir.

Olivia soltou um rugido pelos lábios cortados.

-Porque não me dizer agora?

Ele sorriu tristemente. Parecia um pai tendo que dar adeus ao seu filho mais querido.

-Você vai me matar de qualquer forma.

Olivia sentiu seu punho tremer. Ela tinha Knut, um dos bruxos mais poderosos que existiam no país, isso era um sinal claro que ela havia tido um treinamento assassino, ela foi criada para matar. Isso fazia ela se sentir bem, muito melhores que os outros, mas ao mesmo triste e miserável por nunca ter experimentado amor na vida.

-O que tem em Hogwarts? – Ela perguntou, vacilando.

O homem sorriu novamente, e mesmo naquela situação tão terrível, a bondade era extrema, os olhos azuis transmitiam a mesma gentileza que Dumbledore.

-Apenas vá.

Olivia bufou, chutando outro móvel no seu caminho. A sua perna sangrava, mas ela não iria fazer nada sobre isso naquele momento. Na verdade, ela esperava que sua demora a cuidar do ferimento fosse tão grande que ela poderia ter o prazer de morrer.

-Avada Kedavra!

-Expelliarmus!

Hermione acordou em um pulo, seu coração estava batendo raivosamente no seu peito. O pijama vermelho grudava em suas costas, e ela estava fria, como se estivesse muito doente. Seus dentes estavam se batendo, e através do fino luar que entrava pela janela, ela conseguiu ver que suas mãos estavam roxas.

black out days (hermione!¡lésbica)Onde histórias criam vida. Descubra agora