black out days (hermione!¡lésbica)

08

Há muitos anos antecedentes a trama que perturbava os pensamentos de Olivia, uma família estava reunida em um grande casarão em Londres, escondido por trás de portões negros e paredes escuras, com pequenos detalhes prata pela casa. Era uma casa elegante, marcada por brasões da família Malfoy, em um claro aspecto de orgulho ao sangue puro.

Ali, Narcisa havia acabado de casar-se com Lúcio, e os dois estavam radiantes. Seus familiares estavam todos ali, inclusive seus irmãos, Hesper e Bellatrix, que sorriam radiantes para todos que estavam presente. Mesmo em um claro divertimento, os três irmãos sentiam uma falta, a sua irmã Andrômeda Black, que naqueles dias era mais conhecida por Andrômeda Tonks após casar-se com Ted Tonks, um mestiço. Ela havia se separado quase que totalmente da família, nem considerava mais seus irmãos.

Hesper não mentia para as suas irmãs, ele sentia muita saudade de Andrômeda, ela era a caçula, e por muitos anos, apenas os dois estudavam em Hogwarts, garantindo uma relação de afeto que ele nunca teve com as outras irmãs.

Alheio a felicidade do novo casal, um burburinho enchia a sala de ansiedade, todos se sentiam animados para o que estava por vir. O líder do movimento iria aparecer em breve para parabenizar o casamento e realizar a cerimônia dos novos Comensais da Morte, esses que teriam como novatos Bellatrix, Hesper e Lúcio, obviamente com terceiros que estavam presentes na imensa sala de estar. Um desses alheios, era Régulo Black.

O irmão mais novo de Sirius tinha apenas dezesseis anos, mas na opinião de Narcisa, já havia feito uma escolha incrível comparado ao seu irmão, que era melhor amigo de Potter. Ao contrário do que as primas pensavam, ele não iria se misturar, e nem planejava.

-Você acha que Ciça vai ter algum filho? – Hesper perguntou para a irmã mais velha em um momento, após desistir de tentar conversar com o primo.

-Com esse idiota, espero que não – Bellatrix respondeu quase sem mexer a boca, e os dois irmãos explodiram em gargalhadas. – É sangue puro, mas é tão idiota quanto um sangue ruim.

-Nisso você tem razão.

Nem Hesper e Bellatrix gostavam de Lúcio, para eles, o homem não fazia valer o sangue puro que corria nas suas veias, ele era covarde, tão covarde quanto um sangue ruim. Mas Narcisa era boba, e ao contrário dos irmãos, ela acreditava em pequenas promessas, e acreditava fielmente em palavras falsas, como as de Lúcio.

Os dois continuaram absortos na conversa até ouvirem de longe, um som parecido como uma grande ventania, mas eles viram o vulto negro no ar, e pousando na sacada de cerâmica preta. Todos pararam de conversar para olhá-lo, ele era visto muitas vezes como um Deus, mas Hesper honestamente via apenas alguém egocêntrico em um nível absurdo.

Voldemort não estava nem um pouco parecido com a forma que Harry Potter conhecia, ele ainda tinha traços de Tom Riddle, mesmo que seu rosto estivesse desfigurado, ainda conseguia-se ver uma aparência um pouco humana.

Bellatrix passou inconscientemente a mão pelo vestido preto, buscando se arrumar o máximo possível para vê-lo. Hesper achava que não existia amor platônico maior do que o da irmã pelo Lorde das Trevas, chegava a ser patético, mas ele nunca falaria algo assim em voz alta.

-Milorde! – Uma voz ecoou pelo salão.

Voldemort entrou na sala com a capa esvoaçante de sempre, seus pés estavam descalços e era possível ver partes apodrecendo, partes que Hesper acreditou que eram fiéis a um copo de lagarto. Aquilo comprovava mais uma coisa: desesperado por poder, Voldemort não iria se importar se sobrasse apenas uma ideia metafísica do seu corpo, contanto que houvesse poder e medo no seu nome.