Capítulo 17

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- Bom dia Jess.

- Bom dia. - Forço um sorriso.

- Tome seu café da manhã. - Ele aponta para a mesa.

- Obrigada.

Puxo uma cadeira e me sento, e no mesmo instante Reidar se levanta, pega sua xícara a coloca na pia.

Todos os dias tomávamos café juntos, e até mesmo planejávamos ir fazer compras também juntos, mas Reidar foi sozinho e está me ignorando.

Eu não deveria me importar, mas eu me importo, e odeio estar nessa situação constrangedora, mas eu sei que a culpa disso talvez seja minha.

Se eu tivesse mantido distância como eu havia planejado desde o início, eu não teria dormido com Reidar, mas agora é tarde demais para reclamar.

Óbvio que não obriguei Reidar a fazer nada, porque ele é um homem adulto e também sabe o que faz, mas eu me sinto estranha, porque parece que eu o coloquei em uma situação difícil, e ele só fez o que fez para ser livre de mim de uma vez.

Agora ele apenas me alimenta, e mal conversa comigo, e isso está me deixando muito desconfortável, porque o clima era bom, conversávamos sobre muitas coisas, e agora está tudo estranho.

Eu não gosto de como estamos convivendo agora, mas também não irei ficar correndo atrás do Reidar como uma idiota sem amor próprio.

Se ele quer manter distância faça isso, porque eu não vou mover um dedo sequer para tentar me reaproximar dele, porque eu sou bem idiota, mas não a ponto de correr atrás de um homem que não está nem aí para mim.

Acho que é melhor eu voltar para casa, porque eu não irei aproveitar nada se eu ficar na pousada nessa situação chata, por isso é melhor ir embora antes que as coisas piorem.

- Vou sair um pouco. - Reidar fala.

- Ok. - Digo apenas.

Ele me olha em silêncio por alguns segundos, e então sai da cozinha sem falar mais nada, e eu fico parada olhando para o prato com panquecas sobre a mesa.

Me levanto e coloco a cadeira no lugar, e então pego apenas um pedaço da panqueca e a como, e rapidamente volto para meu quarto para arrumar meus pertences.

Assim que entro no recinto pego a minha mala e a coloco sobre a cama, e então começo a juntar meus pertences pelo quarto e banheiro para guardar.

Como não trouxe muita coisa, consigo arrumar minha mala bem rápido, e a deixo ao lado da cama, e ao olhar em volta me sinto um pouco triste por saber que vou embora.

Eu não queria que as coisas acabassem dessa forma, mas infelizmente essa é a realidade, e eu não posso mudar o passado por mais que eu queira.

Antes de ir embora decido caminhar um pouco, porque eu quero me despedir de tudo isso, porque agora que Reidar é o dono da pousada não poderei ficar vindo para cá quando quiser.

Reidar até tinha falado que eu seria sempre bem vinda, mas isso é claro antes da merda ser feita, porque agora ele parece me querer o mais distante possível.

- Vamos lá. - Falo baixinho.

Saio do quarto em passos largos e caminho até as escadarias, e assim que as desço corro em direção à porta da pousada. Pego meu tênis e o calço, e quando enfim coloco meus pés na varanda já sinto o vento contra meu rosto, e essa é uma das sensações que mais gosto de sentir, porque me acalma um pouco.

Decido ir até a cachoeira pela última vez, é só de saber que não virei mais para a pousada começo a ficar triste, mas decido deixar esse sentimento de lado para aproveitar meu último dia nesse lugar.

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