Capítulo 8

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Acordo assustada quando escuto alguém gritando, e rapidamente acendo a luz do abajur e olho em volta.

Me levanto da cama e corro em direção à porta, e assim que me aproximo a abro lentamente.

Olho para o corredor escuro, mas é óbvio que não enxergo nada, e isso me deixa ainda mais apreensiva.

Ouço o grito de desespero novamente e só então percebo que vem do quarto do Reidar, então ando apressadamente até à porta e a abro lentamente.

Passo a mão pela parede procurando pelo interruptor e acendo a luz, e mais do que depressa corro até ele.

Reidar deve estar tendo um pesadelo horrível, porque a sua feição é de dar pena, e ele está chorando e banhado de tanto suor.

- Reidar? - Chamo por ele.

Me sento na beirada da cama enquanto tento acordá-lo, mas ele continua resmungando coisas desconexas.

- Reidar? - Chamo por ele mais uma vez.

Ele não acorda, então faço a única coisa que me vem a mente no momento, lhe dou um tapa no rosto.

Ele abre os olhos assustado, e no momento seguinte sou pega completamente de surpresa quando Reidar me abraça com força.

- Eu sabia que você voltaria para mim meu amor. - Ele fala baixinho.

Reidar me abraça com tanta força que até sinto seu coração batendo contra meu peito, e ele me aperta ainda mais.

Apesar de querer afastá-lo de mim, deixo Reidar me abraçar, porque parece que isso está o consolando de alguma forma, e ele parece tão desolado, e isso faz eu ficar com mais pena ainda.

- Senti tanto a sua falta. - Reidar fala. - Você não faz ideia do quanto senti a sua falta.

Ele se afasta um pouco, cola sua testa na minha, e em seguida faz o que eu não estava preparada, me beija.

- Reidar?

Tento afastá-lo, mas quanto mais eu o empurro, mais Reidar me puxa em sua direção.

- Pare Reidar!

Ele se afasta de mim e me encara de olhos arregalados, e só então parece que percebeu que sou eu.

- O que está fazendo aqui? - Ele questiona com irritação.

- Você estava gritando. - O respondo. - Fiquei preocupada.

Reidar passa as mãos pelo rosto com nervosismo, em seguida aponta para à porta e fala:

- Saia daqui.

- Você está bem? - Pergunto preocupada.

- Saia daqui Jess.

- Só estou...

- Suma do meu quarto droga! - Ele grita.

Me levanto e dou uns passos para trás assustada com sua repentina explosão, enquanto Reidar me encara muito irritado.

- Quer saber de uma coisa? Pode se ferrar sozinho seu idiota grosso. - Falo.

Eu só estava preocupada com esse estúpido e tentando ajudar de alguma forma, e ele me trata com essa grosseria.

Saio do quarto e bato à porta com força, muito brava com a forma que aquele estúpido me tratou.

É estranho ver Reidar agindo assim, porque ele foi tão educado e gentil comigo, e do nada ele age como um completo estranho.

- Idiota. - Resmungo entredentes.

Isso que dá ser gentil e se preocupar com as pessoas, e no final das contas você recebe grosseria e ingratidão.

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