Capítulo 6

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- Quem é você?! - Ele pergunta de olhos arregalados.

- Eu que deveria fazer essa pergunta. - Falo. - Quem é você?

Seguro o taco com firmeza tentando não demonstrar fraqueza, mas na realidade estou me cagando de medo.

Esse homem tem o dobro do meu tamanho, então poderia fazer mingal de mim facilmente e eu não teria a menor possibilidade de fugir.

- Se não me dizer quem é irei ligar para a polícia. - Ele fala.

- Pois eu digo o mesmo. - Retruco com irritação.

Do nada ele começa a caminhar em minha direção a passos largos, e a cada passo que ele da sinto meu coração se acelerar ainda mais.

- Fique longe de mim. - Aponto o taco em sua direção.

Começo a andar para trás, enquanto ele se aproxima ainda mais de mim, e isso está me deixando desesperada.

Paro quando infelizmente minhas costas se choca com algo atrás de mim, ao mesmo tempo que ele me alcança.

Ele toma o taco de beisebol da minha mão, em seguida segura meu braço com firmeza enquanto me encara de perto.

Ele está tão próximo que até mesmo sinto sua respiração quente contra minha pele, o que me causa uma sensação estranha.

É sério que estou achando esse homem extremamente atraente com seus cabelos longos e molhados caídos sobre os ombros? Que tipo de mostro eu sou? Acabei de perder meu marido e estou estranhamente atraída por esse homem?

- Quem é você? - Ele questiona com a voz rouca.

- Não... não é da sua conta. - Falo.

- Se não quer me responder então fará isso para a polícia.

Do nada ele me levanta com facilidade, me joga em seu ombro e começa a caminhar para fora da cozinha.

- Me coloque no chão seu idiota!

Lhe dou vários tapas em suas costas enquanto me debato, mas ele não me solta e continua a caminhar.

Alguns segundos depois ele praticamente me joga contra o sofá, e eu acabo batendo minha cabeça em algo duro.

- Ai! - Reclamo.

Levo a mão a minha cabeça enquanto faço uma careta de dor, e para minha completa supresa o estranho se aproxima de mim e passa a mão por minha cabeça demonstrando preocupação.

- Se machucou? - Ele questiona.

- Não. - Nego com a cabeça.

Minha vontade é de gritar com esse idiota, mas ele parece tão assustado que fiquei com pena dele e mantive a calma.

- Tem certeza? - Indaga ainda preocupado.

- Eu estou bem.

Ele se afasta um pouco e se senta ao meu lado suspirando alto, e no instante seguinte se instala um silêncio constrangedor.

Por que estou sentada ao lado desse maluco apenas de cueca? Ele pode ser um maníaco ou um invasor, mas mesmo com essa possibilidade eu não me levanto para fugir.

Por algum motivo eu me sinto confortável, mesmo estando sentada ao lado de um homem que não conheço, e que está praticamente nu.

- Quem é você? - Ele quebra o silêncio depois de um tempo.

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