Capítulo 7

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Estou com o meu computador em minha frente há horas, infelizmente não consegui escrever uma frase sequer.

Não consigo colocar minha mente para funcionar, e isso está me deixando extremamente triste e irritada.

É a primeira vez em toda minha carreira de escritora que tenho um bloqueio, e não consigo continuar com minha história.

Depois do meu jantar com Reidar eu voltei para meu quarto na tentativa frustrada de conseguir continuar escrevendo, mas nada saiu como o planejado.

Até quando irei continuar assim? Será que algum dia serei capaz de escrever novamente? Porque se isso não acontecer, a carreira que consegui conquistar depois de tanto esforço acabará sem eu poder fazer nada a respeito.

Não será por falta de tentativa da minha parte, porque eu estou me esforçando ao máximo, porem nada me vem a mente nesse momento.

- Droga.

Desligo meu computador, e então me levanto da cama e começo a caminhar em direção à porta do quarto. Como eu não consegui escrever, vou pegar uma garrafinha de água para beber e ir dormir porque já está tarde.

Reidar já deve estar dormindo, por isso sinto mais liberdade em andar pela casa, sem me preocupar em dar de cara com ele do nada.

Passamos o jantar inteiro calados, apenas aproveitando a nossa refeição sem ao menos olhar um para o outro.
Reider estava perdido em seus pensamentos e eu nos meus, por isso não trocamos uma palavra sequer.

Após terminar o jantar me levantei, fui até a pia e lavei a louça que eu havia sujado e então fui para meu quarto, e Reidar continuou comendo e olhando para o nada.

Seu olhar me pareceu tão triste, e isso faz eu perguntar a mim mesma o que terá acontecido com ele. Reider também terá perdido alguém que amava? E por isso ele veio para a pousada? Eu devo estar imaginando coisas demais, e Reidar só deve estar aproveitando a tranquilidade desse lugar maravilhoso.

Abro à porta e olho para o corredor, e vejo que as luzes estão todas apagadas, então saio do quarto e começo a andar lentamente antes que eu acabe caindo de cara no chão.

Começo passar a mão pela parede para ver se acho o interruptor, e assim que o encontro acendo a luz.

Levo um susto enorme quando dou de cara com Reidar, e automáticamente levo a mão ao peito assustada.

- Quer me matar de susto? - Pergunto.

- Me desculpe. - Ele pede.

- Achei que você já estava dormindo.

- Por quê? - Reidar indaga. - Está tentando me evitar?

- Claro que não. - Minto.

- Sei. - Ele sorri largo.

- Bem... - Pigarreio a garganta. - Irei buscar uma garrafa de água.

Saio de perto do Reidar o mais depressa possível, antes que essa situação fique ainda mais embaraçosa.

Desço as escadarias praticamente correndo e vou direto para a cozinha, e quando entro no recinto abro a geladeira e pego uma garrafinha de água.

- Por que está me ignorando? - Reidar indaga de repente.

- Pode parar de fazer isso?

- Fazer o quê? - Pergunta.

- Me assustar.

Reidar sempre aparece do nada e me pega de surpresa, e isso acaba me assustando.

- Desculpe. - Ele pede.

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