Capítulo 15

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Abro os olhos assustada, quando escuto alguém chamando por mim, e ao olhar para frente me deparo com Reidar.

- Você está louca Jess? - Ele questiona irritado.

- Por que eu estaria? - Retruco.

- Como pode dormir aqui fora? - Indaga.

Olho em volta e só então percebo que já está quase amanhecendo, mas ainda está bem frio apesar so sol que já começa a aparecer no céu.

- Acabei adormecendo e nem vi a noite passar.

- Está maluca? Poderia aparecer algum animal, ou ficar resfriada.

- Eu estou bem. - O tranquilizo. - Como pode ver não virei alimento de nenhum bicho.

- Você é muito irresponsável.

- Já fui chamada de coisas piores. - Dou de ombros.

Tenho certeza que dormi muito pouco, porque eu passei horas e horas olhando para a noite escura, enquanto pensava na minha vida.

Com o tempo acabei adormecendo um pouco, e só despertei porque Reidar me acordou, e pelo jeito ele está bem bravo comigo.

- Se levante, vamos para dentro. - Reidar fala.

- Eu estou...

Antes mesmo de terminar o que eu ia dizer, dou um espirro, e ao olhar para Reidar percebo que ele parece ainda mais bravo.

- Vamos logo antes que pegue um resfriado. - Ele fala com seriedade.

Reidar nem deixa eu me levantar e me pega em seus braços, e entra na pousada rapidamente.

- Eu sei andar Reidar. - Reviro os olhos.

Finjo não gostar de estar em seus braços, mas na verdade eu estou gostando de estar tão próxima dele, como também gosto da preocupação que ele demonstra comigo.

Eu sei que é apenas o cuidado que um amigo tem com uma amiga, mas isso não faz eu me iludir menos, e pensar que talvez ele goste um pouquinho de mim.

Reidar me coloca no sofá com cuidado, e no mesmo instante sinto um vazio pela distância que ele coloca entre nos dois, mas trato de fingir que nada está acontecendo.

- Fique aqui. - Ele fala.

Reidar nem ao menos deixa eu falar algo e já sai da sala, e caminha em direção a cozinha em passos largos.

- Mandão. - Murmuro baixinho.

Começo a espirrar novamente, ao mesmo tempo que começo a sentir um frio incontrolável. Arrumo a manta sobre meu corpo na tentativa de me esquentar um pouco, mas parece que a cada segundo que passa sinto ainda mais frio.

Eu devo ter pego um resfriado por passar a noite toda na varanda, e isso não é nada bom, porque eu odeio ficar doente.

Reidar vai ficar me enchendo se eu ficar resfriada, porque ele já estava irritado apenas com a possibilidade deu ficar doente, imagina se eu realmente ficar.

Alguns segundos se passam e nada do Reidar voltar, então olho em direção a cozinha, e no mesmo instante vejo ele vindo em minha direção.

Reidar dá a volta no sofá e se senta na beirada, e então me entrega uma xícara, e ao olhar o líquido automaticamente um sorriso se forma em meus lábios.

- Por que está rindo? - Reidar indaga.

- Como sabia que eu estava com vontade de tomar chocolate quente?

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