Capítulo 12

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- Espera um pouco... - Me calo e olho para baixo. - Você trocou minhas roupas?

Reidar se afasta de mim sem graça, e vejo que ele engole seco com a minha pergunta.

- Bem...

- Que vergonha. - Escondo o rosto nas mãos.

- Eu não vi nada.

- Como você tira as roupas de uma pessoas e as coloca novamente sem ver nada Reidar? - Pergunto.

- Eu fechei meus olhos, eu juro.

- Vou acreditar em sua palavra. - Falo.

Estou envergonhada, mas ao mesmo tempo da vontade de rir da cara de espanto do Reidar.

- Fiquei com medo de que ficasse resfriada se eu te deixasse com as roupas molhadas.

- Obrigada pela ajuda. - Agradeço.

Reidar acena com a cabeça, e então se levanta, da a volta na cama e pega a bandeja sobre o criado mudo e me entrega.

- Coma um pouco. - Ele fala. - Deve estar com fome.

- Estou mesmo. - Assumo.

Olho para a bandeja e vejo que Reidar fez uma omelete com bacon, e um copo de suco do que parece ser morango.

- Obrigada pela refeição.

- Não fiz mais nada porque a dispensa está vazia. - Reidar fala.

- Isso aqui já é o suficiente. - Sorrio largo.

- Precisamos fazer compras.

- Ok. - Digo apenas.

Reidar se senta na beirada da cama novamente, enquanto eu começo comer a refeição que ele fez para mim, e é incrível como esse homem consegue cozinhar tão bem uma simples omelete.

Ainda bem que tive a sorte grande do Reidar estar na pousada, caso contrário eu morreria de fome, porque sou uma péssima cozinheira.

- Está bom? - Ele questiona.

- Está ótimo. - Falo com a boca cheia.

- Que bom que gostou.

Reidar sorri largo, e fica me olhando enquanto como, e isso está me deixando um pouco sem graça.

- Por que está me encarando? - Pergunto.

- Não estou. - Ele nega com a cabeça.

- Está sim.

Reidar deve estar com medo deu acabar passando mal, por isso está cuidando tanto de mim, ou ainda está se sentindo culpado pelo que aconteceu.

- Não estou não. - Ele semicerra os olhos.

- Teimoso. - Resmungo.

- Você sabe que estou te ouvindo né? - Ele ri baixinho.

- Tape os ouvidos se não quiser ouvir.

Dou de ombros e enfio o último pedaço da omelete em minha boca, mas tenho que assumir que ainda estou com fome, mas não falo nada.

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