Capítulo 13

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- Jess!

Acordo assustada com Reidar me chacoalhando, e ao olhar para ele vejo preocupação em seu semblante.

- Você está bem? - Reidar indaga.

- Estou. - Minha voz falha.

- Tem certeza? Você estava gritando.

Limpo meu rosto quando sinto lágrimas quentes rolando por ele, e é nesse momento que eu me lembro do pesadelo que estava tendo.

- Me desculpe por ter te acordado. - Peço sem graça.

Reidar suspira alto, e parece aliviado por ver que eu estou bem, apesar de tudo.

- Não precisa se desculpar. - Ele fala.

Reidar se senta ao meu lado, pega minha mão e segura com firmeza entre as suas. Essa atitude faz eu querer chorar, e é exatamente isso que começo a fazer.

Meu peito e minha cabeça dói, e parece que a única coisa que alivia minha dor são as minhas lágrimas de tristeza.

- Não chore. - Ele pede baixinho.

- Não estou chorando. - Falo entre soluços.

Até quando eu vou ficar desse jeito? Quando a dor que estou sentindo irá sumir, ou ao menos diminuir um pouco?

Eu estava tão feliz em meu sonho com Rick bem ao meu lado, mas de repente a alegria se transformou em desastre. Parecia tudo tão real, que eu até pensei que o que aconteceu não passava de um sonho ruim, mas quando eu abri meus olhos foi que eu percebi que estou vivendo o verdadeiro pesadelo.

Rick está morto, e eu nunca mais o verei o amor da minha vida em minha frente novamente, e infelizmente essa é a realidade dolorosa em que vivo agora.

- Se continuar chorando vai me deixar triste Jess. - Reidar fala.

Ele enxuga minhas lágrimas, e a forma carinhosa que ele me trata me deixa pior ainda. Eu sei que deveria ser ao contrário, mas estou tão abalada nesse momento, que qualquer coisa que Reidar fizer irá me fazer chorar ainda mais.

- Já disse que não estou chorando. - Resmungo.

Reidar sorri com a minha teimosa, e mais uma vez limpa as minhas lágrimas gentilmente, e assim faz o que eu não imaginava, se deita ao meu lado.

- Venha aqui. - Ele bate no peito.

- Não quero. - Nego com a cabeça.

- Venha logo. - Reidar balança a mão.

Olho para ele por alguns segundos, enquanto eu decido se faço ou não o que ele está pedindo.

- Não pense muito, apenas faça. - Ele fala.

Passo as mãos por meu rosto, e então coloco minha cabeça em seu peito, e no mesmo instante Reidar começa a fazer cafuné em meus cabelos.

- Está se sentindo melhor? - Ele questiona depois de um tempo.

- Sim. - Digo apenas.

Ouço seu coração batendo, e isso começa a me tranquilizar de alguma forma, e eu agradeço mentalmente por Reidar estar sendo tão legal.

Ele poderia muito bem ignorar a minha crise, mas aqui está ele tentando me acalmar, e sendo tão gentil comigo.

- Obrigada. - Agradeço.

- Não precisa me agradecer por isso. - Ele fala. - Se precisar da minha ajuda é só pedir.

- O mesmo serve para você.

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