CAPÍTULO 10

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Fiquei tão distraída conversando com ele que nem percebi a hora que Vittor sumiu, tomara que ele não tenha me visto.


Vittor

Ontem foi meu primeiro dia trabalhando em minha área, optei por trabalhar com algo mas "de boa" digamos assim. Estou trabalhado em um orfanato, como o médico fixo de lá, para ir pegando mais a prática para poder finalmente trabalhar em um hospital.

As crianças de lá são as coisinhas mais lindas desse mundo, são super educadas e fofas, ontem eu fui para me apresentar a eles e acho que gostaram de mim pois ficaram triste quando deu meu horário de ir embora. Eu também gostei muito deles.

Hoje vou passar em uma biblioteca antes de ir para o orfanato, vou alugar alguns livros para eles.

Além de médico eu vou ajudar eles no que precisarem, como fazer os deveres da escola. O salário é muito bom, mas sinceramente eu não estou me importando muito com isso, só de poder por um sorriso naqueles rostinhos fofos já faz tudo valer a pena.

Depois de uns dez minutos chego na biblioteca. Estaciono o carro de frente e entro. Tem uma mulher atrás do balcão que parece muito com... Lily?

Mas assim que ela olha para mim desvia o rosto, não tenho certeza se era ela mesmo, devo estar vendo coisa.

Sinto meu celular vibrando, é o aplicativo. A mulher que eu mandei mensagem ontem me respondeu.

Continuamos conversando até eu achar o corredor de livros infantis. Oque demorou um pouco, esse lugar é enorme.

Guardo o celular e vou até o balcão. Quanto mais eu me aproximo, mais certeza eu tenho de que a mulher que eu vi é Lily.

Mas assim que chego lá a mulher sai e eu nem consegui ver seu rosto. Enfim uma senhora a substituí.

- bom dia - no momento em que vejo seu rosto me lembro daquela noite que Lily disse ter visto uma senhora muito parecida com avó da moana, eu não achei que existisse alguém realmente tão parecida assim, será que é a mesma senhora? Claro que não, qual a probabilidade disso acontecer - você vai alugar esses livros?

- Vittor: ah.. sim, isso - tento disfarçar o quão impressionado estou.

Ela carimba algo em cada um dos livros põe em uma sacola rosada com uns arabescos, põe um papel e me entrega.

- faça um bom proveito querido, o prazo é até quinze dias e traga esse papel.

- Vittor: tudo bem - me afasto mas dou meia volta, eu não vou conseguir sair daqui sem dizer isso - licença, já disseram que a senhora é a cara da avó da moana?

Ela sorri.

- bom tirando minha netinha, uma linda jovem também disse isso.

- Vittor: ufa pensei que era loucura da minha cabeça - sorrio.

Ela sorri novamente, um sorriso muito fofo. Depois de conversar mais um pouco com a gentil senhora volto até o carro, agora sim indo para o trabalho.


Um tempo depois...

Depois de examinar todas as crianças levo as anotações sobre cada um para a diretora. Bato na porta e ela diz para entrar.

- Vittor: licença, eu já examinei as crianças - digo entrando, fecho a porta e me sento em uma das cadeiras que tem em frente a sua mesa.

- obrigada, estão todos bem?

- Vittor: fora o Léo que está tossindo bastante estão todos bem, eu fiz uma receita para ele, aqui está - entrego o papel a ela.

- vou providenciar isso, hoje mesmo ele já começa a tomar.

- Vittor: ótimo, vou ver como ele está, licença.

Saindo de lá vou direto no quarto ver como Léo está, ele estava tossindo bastante. Uma das moças que trabalham aqui disse que ele foi deitar, ou seja, ele não está bem. Vou até o quarto mas ele está dormindo então fecho a porta e vou buscar os livros na sala, depois vou ao pátio onde o restante das crianças estão brincando. Assim que me veem eles vem correndo até mim, dou um livro para cada e escolho um para ler junto com eles.

Um tempo depois...

Acabei de sair do orfanato, e resolvo passar na casa de meus pais.

- Elisa: meu filho, lembrou que tem mãe é?

Ela me abraça.

- Vittor: que drama mãe nem faz tanto tempo assim - digo rindo.

- Elisa: por mim você podia vir todos os dias, ou melhor voltar a morar aqui.

- Vittor: meu Deus mãe, prometo que venho sempre que tiver um tempinho, ok?

- Elisa: tá né não tem nada que eu possa fazer, é assim mesmo, a gente cria os filhos para o mundo mesmo - agora vocês sabem quem a Emma puxou né?

- Vittor: cadê todo mundo?

- Elisa: seu pai está na empresa, hoje eu me dei um dia de folga, e a Melissa está aqui na cozinha, a Emma também, vem.

Ela puxa minha mão me guiando até a cozinha. Que saudade dessa casa, aqui me traz tantas lembranças boas. Assim que chegamos na cozinha me deparo com Melissa e Emma jogando farinha uma na outra.

- Elisa: aí meu Deus, oque vocês estão fazendo - diz gritando.

- Emma: foi ela que começou, maninho você tá aí.

Ela vem me abraçar.

- Vittor: nada disso vai se limpar primeiro- digo rindo de sua situação.

- Emma: deixa de frescura, vem cá - Ela me abraça a força deixando minha roupa toda suja.

- Vittor: mãe faz alguma coisa com essa menina.

- Melissa: depois eu que sou a criança aqui - diz revirando os olhos.

- Elisa: vocês três são fogo viu, vão trocar de roupa que eu vou terminar o bolo.

Pego uma blusa de meu pai, visto e desço.

- Elisa: filho eu estava falando com as meninas e decidimos fazer um almoço aqui em casa oque você acha?

- Vittor: gostei, vai ser só a gente aqui de casa?

- Elisa: então eu pensei em convidar a Beth e o Arthur, mas se...

- Vittor: ótima idéia - a interrompo.

- Elisa: sério? - Assinto - é que a Lily também viria e..

- Vittor: mãe relaxa, pode chamar eles.

- Elisa: ok então - diz sorrindo.

Eu sei o quanto meus pais e os pais da Lily são amigos não vou interferir nisso por uma coisa minha.
































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