CAPÍTULO 28

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Vittor


Bem essa semana foi uma correria danada, além de eu ter começado a trabalhar no hospital eu estava ajudando minha irmã e Lucas com os últimos preparativos do casamento.

No primeiro dia em que pisei no hospital tive a certeza que fiz a escolha certa. O hospital é bem grande, me perderia ali facilmente mas graças a Deus isso não aconteceu.

Bom como eu disse os dias foram bem corridos, tanto que mesmo morando de frente um para o outro eu não consegui ver a Lily, nossos horários não se encaixavam, quando eu estava chegando ela estava saindo e vice-versa. Enfim quando finalmente conseguimos marcar de sair só nois dois o Daniel atrapalhou.

Me desculpem mas eu não fui com a cara dele, sabe quando seu santo não bate com o da pessoa? Pois é. Para mim essa história de ter brigado com os pais e só fachada, ele quer ficar próximo da Lily, e se fosse como amigo tudo bem, mas alguma coisa em mim diz que ele tem segundas intenções. Enfim estou tentando manter o clima agradável entre a gente pela Lily, somente por ela.

Agora cá estou eu, Bryan e Lucas ajudando Melissa em um trabalho da escola. Lucas está tomando um chá atrás do outro para se acalmar.

- Lucas: acho que vou fazer mais, vocês querem?

- Bryan: cara relaxa um pouco você já tomou seis xícaras dessa.

- Lucas: é né, você tem razão.

- Melissa: mas porque você está tão nervoso cunhadinho?

- Lucas: porque eu nunca pensei que iria me casar, até conhecer sua irmã aí minha meu pensamento mudou totalmente, para você ter noção nesses cinco anos eu já sonhei que nós estávamos nos casando umas três vezes, e o pior é que em um deles ela fugia do casamento com um cara em uma moto.

- Vittor: meu Deus menino, se acalma minha irmã não vai fugir, ela te ama.

- Melissa: e quem seria o cara da moto? O Bryan? - fala rindo.

- Vittor: olha eu acho que a Emma não trocaria você pelo Bryan viu - falo rindo.

- Bryan: ei oque você está encinuando? Eu sou um pedaço de mal caminho viu.

- Lucas: só vocês para me fazerem rir mesmo viu - diz rindo.

A campainha toca.

- Bryan: Vittor você vai.

- Vittor: eu porque?

- Lucas: porque é a sua vez de atender.

- Vittor: porque a Mel não vai?

- Melissa: porque eu sou visita, agora vai logo.

Deixo os papéis que estava em meu colo em cima da mesa e contra minha vontade vou atender a porta.

- olá Vittor.

- Vittor: Alice? - pergunto desacreditado - como você sabe onde eu moro?

- Alice: eu tenho contatos - diz sorrindo - não vai me convidar para entrar? Minha ex sogrinha te deu educação suficiente para isso.

- Vittor: entra - digo ainda sem acreditar que ela realmente está aqui.

- Melissa: maninho quem... Que merda você está fazendo aqui garota? - diz aparecendo na sala.

- Alice: a mãe de vocês morreria se visse que vocês não usam um pingo da educação que ela os deu - revira os olhos.

- Melissa: é sério que você quer nos julgar? Melhor ser sem educação do que ser sem coração igual a você - diz alterada.

- Vittor: Mel se acalma.

- Bryan: gente oque tá acontecendo? - ele se aproxima - meu pai amado.

Logo Lucas aparece atrás dele.

- Lucas: Alice?

- Alice: estão surpresos em me ver é?

- Lucas: bota surpreso nisso.

- Bryan: melhor comprar uma daquelas pedras igual da sua mãe Lucas, uma de afastar o mal.

- Alice: é pelo jeito ninguém aqui tem modos para receber uma visita.

- Bryan: não quando a visita é indesejada.

- Alice: Vittor podemos conversar a sós?

- Vittor: tá, vamos para a varanda.

- Melissa: você tem certeza?

- Vittor: tenho sim Mel.

Os três ficam na sala e Alice me acompanha.

Sentamos nas cadeiras que ficam lá fora.

- Vittor: pode falar oque você quer.

Ela respira fundo.

- Alice: eu quero você de volta - diz colocando os cabelos para trás da orelha.

A olho desacreditado com oque acabei de ouvir.

- Vittor: isso só pode ser uma piada - digo revirando os olhos.

-Alice: não, não é uma piada. Eu sempre te amei e mesmo depois de anos eu continuo te amando Vittor.

-Vittor: acho que não é necessário eu te lembrar tudo que aconteceu né Alice. Mesmo se eu continuasse te amando eu não conseguiria ficar com você depois daquilo.

- Alice: você não me ama?

- Vittor: não Alice, mas eu não guardo mágoas, não gosto de ficar remoendo o passado, então se você quiser minha amizade eu estou aqui.

- Alice: eu não quero você só como amigo Vittor - ela para de falar por um momento e respira fundo - se não fosse aquela nojenta nós ainda estaríamos juntos. Você está com ela não é?

- Vittor: primeiramente não a chame assim, e sim eu estou com ela,e entenda de uma vez por todas que ela não é a culpada por a gente ter terminado, ela não tem nada haver com isso, você que me machucou, você que acabou com a gente Alice, então para de jogar a culpa para outras pessoas - dou uma pausa e respiro fundo - Mas eu te agradeço sabe, de alguma forma isso me fez bem, eu consegui fazer o meu tão sonhado intercâmbio que você dizia que era besteira, depois de tanto tempo sendo seu capacho eu finalmente fiz algo para mim. Isso me fez abrir os olhos e ver que esse tinha sido o melhor mesmo.

Digo sem controle, isso estava engasgado em mim a muito tempo, sinto até um peso a menos.

Ela me olha com fogo nos olhos, bem diferente da Alice que chegou aqui por sinal. Mas não diz nada.

- Vittor: mas você não se importa não é? Seu silêncio respondi por si - sorrio ironicamente - desculpa te dizer isso mas oque você sente por mim não é amor.

- Alice: não? - pergunta ironicamente - quem te ama então? A mulher que está morando com "um amigo do passado"? - faz aspas com as mãos - por favor Vittor, você já foi mais inteligente.

- Vittor: pare de falar besteira.

- Alice: besteira? Quando você que está sendo enganado não diga que eu não te avisei.

- Vittor: tanto faz, eu confio nela e sei que ela jamais faria a mesma coisa que você.

- Alice: é Vittor definitivamente já foi mais esperto. Cuidado que a história pode se repetir - diz sorrindo.

- Vittor: você já disse tudo que queria, agora eu peço para você se retirar- levanto, abro a porta de vidro e a espero lá.

Ela revira os olhos pega sua bolsa e passa por mim, entrando na sala onde os três estão me olhando curiosos. A acompanho até a porta de saída.

- Alice: depois não diz que não te avisei.

- Vittor: tchau Alice - digo ignorando oque ela diz.

Ela não vai estragar a minha vida mais uma vez, não mesmo.

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