Capítulo 23

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Reino do Fogo

— O senhor mandou me chamar? — O loiro parou perto da porta assim que a mesma foi fechada por guardas do rei. Suas mãos estavam unidas em suas costas, pois por mais que não reverenciasse Madara, mantinha o mínimo de respeito perto do homem cruel.

— Sim. — Continuou de costas para a porta, admirando a paisagem de sua janela. O dia estava nublado e cinza do jeito que o Uchiha gostava de ver o céu. — Temos que começar a investida contra a Lua. Alguns guardas disseram que um homem os viu passando alguns explosivos para o grupo que atacava o reino da Hyuuga, e é só uma questão de tempo até nossa identidade não ser mais um segredo, o homem em questão era um Namikaze, e o reino do Sol é aliado de Hinata.

— Mas a rainha anda com aquele cão de guarda, é impossível chegar perto dela. — Deidara travou quando o olhar sanguinário do Uchiha o mirou.

— Estava todo este tempo estudando a propriedade da jovem rainha, não descobriu nada, seu inútil? — A voz não oscilou, disse aquilo como se fosse uma constatação, não uma ameaça como o loiro sabia bem. — Ponha o melhor plano em prática, leve quantos homens forem necessários, mas traga-o aqui, para que meu nome seja vingado.

Deidara deixou o local sem proferir qualquer palavra. O que dissesse não seria mesmo suficiente para mudar a decisão do Uchiha. Passou pelos corredores apressado, entrou na sala que os homens do rei descansavam entre os turnos e chamou apenas dois, quanto menor o número, menor as chances de serem pegos.


Reino da Lua


Não se sentia tão segura assim há muito tempo. Sorria boba pelas palavras do moreno encantador que lhe arrancava suspiros durante o dia e gemidos à noite. Hinata era afortunada e tinha plena certeza disso olhando no fundo dos olhos tão claros quanto os seus. Puxou a mão do moreno, que estava enlaçada à sua desde o início do passeio pelo jardim florido, o chamando para o coreto há muito esquecido pelos guardas.

O dia estava fechado e com o sol escondido a Hyuuga nunca faria aquele passeio que combinava perfeitamente com um dia ensolarado, mas seu noivo havia insistido em fazê-lo para animar a amada, que em meio a tantas adversidades quase não conseguia tempo para aproveitar o jardim que tanto admirava, ao lado de seu guarda.

O local afastado da parte mais arborizada não estava abandonado, entretanto, não recebia uma única visita há muito tempo. Hinata apertou Neji contra os balaústres que cercavam o pequeno círculo com o piso de pedras. Ficou rente ao corpo do moreno e ameaçou deixar um beijo em seus lábios, mas fugiu assim que o guarda fechou seus olhos, correu para o lado contrário do coreto e o Otsutsuki fez o que Hinata havia feito minutos antes, pressionando-a contra a estrutura do lugar.

Diferente de Hinata, Neji selou seus lábios aos da noiva com urgência, erguendo-a e colocando-a sentada no guarda corpo, encaixando a cintura no meio de suas pernas grossas, fazendo um carinho mais quente e proibido ao ar livre. O ar começava a faltar em ambos, os apaixonados perderam-se no tempo, entre uma carícia e outra, entregavam-se ao amor que sentiam esquecendo-se do mundo fora da bolha que construíram.

Contudo, nada poderia impedir o suspeito com um objetivo, Hinata foi tirada dos braços de Neji em um rompante, fazendo-o se assustar e olhar mais atento vendo a figura masculina mascarada em sua frente segurando sua noiva, levou a mão até a cintura rapidamente, mas estava sem sua espada, como? Quando foi que a tirou de sua bainha? Lembrou-se quando a deixou em cima da cama, pois como em tantas vezes, não precisaria, estavam dentro do castelo, cheio de guardas. No entanto, naquela tarde, a única em que ele negou seus extintos apenas para aproveitar o tempo com sua amada, foi o dia em que foi pego de surpresa.

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