Reino do Fogo
— O senhor mandou me chamar? — O loiro parou perto da porta assim que a mesma foi fechada por guardas do rei. Suas mãos estavam unidas em suas costas, pois por mais que não reverenciasse Madara, mantinha o mínimo de respeito perto do homem cruel.
— Sim. — Continuou de costas para a porta, admirando a paisagem de sua janela. O dia estava nublado e cinza do jeito que o Uchiha gostava de ver o céu. — Temos que começar a investida contra a Lua. Alguns guardas disseram que um homem os viu passando alguns explosivos para o grupo que atacava o reino da Hyuuga, e é só uma questão de tempo até nossa identidade não ser mais um segredo, o homem em questão era um Namikaze, e o reino do Sol é aliado de Hinata.
— Mas a rainha anda com aquele cão de guarda, é impossível chegar perto dela. — Deidara travou quando o olhar sanguinário do Uchiha o mirou.
— Estava todo este tempo estudando a propriedade da jovem rainha, não descobriu nada, seu inútil? — A voz não oscilou, disse aquilo como se fosse uma constatação, não uma ameaça como o loiro sabia bem. — Ponha o melhor plano em prática, leve quantos homens forem necessários, mas traga-o aqui, para que meu nome seja vingado.
Deidara deixou o local sem proferir qualquer palavra. O que dissesse não seria mesmo suficiente para mudar a decisão do Uchiha. Passou pelos corredores apressado, entrou na sala que os homens do rei descansavam entre os turnos e chamou apenas dois, quanto menor o número, menor as chances de serem pegos.
Reino da Lua
Não se sentia tão segura assim há muito tempo. Sorria boba pelas palavras do moreno encantador que lhe arrancava suspiros durante o dia e gemidos à noite. Hinata era afortunada e tinha plena certeza disso olhando no fundo dos olhos tão claros quanto os seus. Puxou a mão do moreno, que estava enlaçada à sua desde o início do passeio pelo jardim florido, o chamando para o coreto há muito esquecido pelos guardas.
O dia estava fechado e com o sol escondido a Hyuuga nunca faria aquele passeio que combinava perfeitamente com um dia ensolarado, mas seu noivo havia insistido em fazê-lo para animar a amada, que em meio a tantas adversidades quase não conseguia tempo para aproveitar o jardim que tanto admirava, ao lado de seu guarda.
O local afastado da parte mais arborizada não estava abandonado, entretanto, não recebia uma única visita há muito tempo. Hinata apertou Neji contra os balaústres que cercavam o pequeno círculo com o piso de pedras. Ficou rente ao corpo do moreno e ameaçou deixar um beijo em seus lábios, mas fugiu assim que o guarda fechou seus olhos, correu para o lado contrário do coreto e o Otsutsuki fez o que Hinata havia feito minutos antes, pressionando-a contra a estrutura do lugar.
Diferente de Hinata, Neji selou seus lábios aos da noiva com urgência, erguendo-a e colocando-a sentada no guarda corpo, encaixando a cintura no meio de suas pernas grossas, fazendo um carinho mais quente e proibido ao ar livre. O ar começava a faltar em ambos, os apaixonados perderam-se no tempo, entre uma carícia e outra, entregavam-se ao amor que sentiam esquecendo-se do mundo fora da bolha que construíram.
Contudo, nada poderia impedir o suspeito com um objetivo, Hinata foi tirada dos braços de Neji em um rompante, fazendo-o se assustar e olhar mais atento vendo a figura masculina mascarada em sua frente segurando sua noiva, levou a mão até a cintura rapidamente, mas estava sem sua espada, como? Quando foi que a tirou de sua bainha? Lembrou-se quando a deixou em cima da cama, pois como em tantas vezes, não precisaria, estavam dentro do castelo, cheio de guardas. No entanto, naquela tarde, a única em que ele negou seus extintos apenas para aproveitar o tempo com sua amada, foi o dia em que foi pego de surpresa.

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Casulo de Seda
Fiksi PenggemarHinata sabia de côr todas as suas responsabilidades como rainha, mas nenhum conselho retrógrado, um mar de exigências, regras ou futuros pretendentes poderiam parar um amor que nasceu discreto e tomou proporções gigantescas. Em um mundo onde uma mul...