Capítulo 27

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Sentia seu corpo revigorando-se a cada minuto que era cuidado por ela. A esponja acariciava a pele branca com algumas escoriações e sua noiva deixava um selinho em cada uma delas. Sentia-se feliz, pela segunda vez em uma semana; a primeira foi quando Madara não o matou e Neji pôde ter o vislumbre de um dia poder voltar a sentir aquele toque, segundo e mais importante, o olhar de sua amada assim que o viu. Lembraria para sempre dos olhos confusos de todos, mas o rosto da Hyuuga, o grito doloroso que ela soltou e o beijo que recebeu depois de tanto tempo longe, estaria cravado em sua memória até sua morte.

A água se agitou e a morena sentou em seu colo. Com todo cuidado do mundo, Hinata soltou os longos fios castanhos, acariciou o rosto bonito do noivo e sorriu mais uma vez, ponderando se estava vivendo mais um de seus sonhos ou de fato a realidade. Continuou com seu trabalho em lavar todo o corpo do Otsutsuki com gentileza, demorando em seus machucados já quase curados. Queria saber de tudo que aconteceu com ele quando estava nas mãos de Madara e seus capangas, no entanto, tinha medo de não suportar os relatos e mais uma vez chorar. Assim que viu o noivo, pediu que Temari e Tsunade recepcionassem os convidados do reino e se trancou no quarto com o general.

Não queria saber se era falta de educação, apenas pensou na saudade que queria matar em seu peito. Subiu apressada e deixou ordens para Haru e Shikamaru, em hipótese alguma chamá-los antes do amanhecer, qualquer que fosse o problema, suas amigas dariam conta, tinha certeza. Ela e Neji teriam todo o tempo do mundo.

— Como foram seus dias sem minha presença? — Neji acariciava a base da coluna da rainha sem malícia, aproveitando a pele macia sob seus dígitos.

— Foram... Apenas isso, dias. — Selou os lábios nos do seu noivo.

O guarda acolheu a morena em seu ombro e disse em seu ouvido: — Senti muito a sua falta.

[...]

Hinata respirava fundo pela terceira vez ao sentir as cordas do espartilho lhe apertando, teria uma reunião importante com todos os reinos, precisava estar com uma roupa apresentável. No primeiro raiar do dia ela foi informada que Minato também tinha chegado ao castelo, todos a esperavam para o desjejum e em seguida dariam início a reunião que Itachi pediu com urgência. A rainha se fez presente junto ao seu noivo na sala de refeições, todos levantaram para recebê-la e em seguida sentaram quando ela se acomodou em sua cadeira, e Neji tomou o lugar ao lado dela.

— Bom dia, fico feliz de tê-los mais uma vez aqui em meu reino, é um prazer receber meus aliados. — Sorriu solicita.

— Obrigado pela hospitalidade, rainha Hinata. — Minato agradeceu e os outros apenas a reverenciaram com um aceno de cabeça.

O café da manhã, como sempre, estava muito farto e com várias iguarias do reino da Lua, Hinata sempre foi uma ótima anfitriã e gostava de deixar seus convidados à vontade e bem servidos. Comeram em silêncio, estavam todos ansiosos para ouvir o que o príncipe — ou seria rei? Não sabiam ainda — tinha a dizer. Principalmente pela ausência de Madara, que os deixava apreensivos, Tobirama olhava para a porta a cada minuto esperando que o seu odiado inimigo entrasse pela porta. Quando a refeição se deu por encerrada, todos seguiram a rainha para o salão de reuniões, acomodaram-se em seus lugares e esperaram.

— Bom, acredito que como Itachi pediu a reunião, ele deva começar. — A Hyuuga apontou para o Uchiha e sentou-se novamente.

— Obrigado, rainha Hinata. — Ele levantou e limpou a garganta antes de colocar um saco com um fedor horrendo, pingando um líquido vermelho em cima da mesa. Todos se afastaram levemente da mesa, alguns cobriram o nariz e a boca. — Aqui está a prova de que eu sou o novo rei. — Baixou a sacola e a cabeça de Madara pôde ser vista, fazendo todos se assustarem e arregalarem os olhos.

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