Capítulo 21

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Reino da Lua


Os olhos de Neji, Hinata e Haru queimando em suas costas já não incomodavam tanto, estava mais do que nervosa com a situação do homem que não parecia nada boa. À primeira vista, pareciam apenas escoriações, mas examinando mais detalhadamente, Tsunade notou que algo por dentro parecia machucado. O tórax do desconhecido estava rígido e sua respiração difícil.

Ele estava acordado, no entanto, transitava entre o consciente e o inconsciente em um minuto e outro. Fazia um esforço enorme para falar, mas tossia, sempre que tentava fazer. Talvez tivesse urgência em dar alguma informação, porém a Senju muitas vezes tentou acalmar o homem, visando por enquanto somente sua recuperação.

— Majestade? — Um guarda entrou na sala. — O rei Minato quer falar urgente.

Tsunade não deu ouvidos, tentava ficar focada apenas nos cuidados de seu paciente. Não tinha pressa em saber de fofocas, ou de mais um problema do reino quando um homem lutava por sua vida.

— Mi..nato... — O homem machucado murmurou, atraindo a atenção da rainha e de seu general.

— Mande-o entrar. — Neji ordenou subitamente.

Minato entrou no quarto desesperado, pois um de seus soldados tinha reconhecido seu primo e o avisou da situação dele. O Uzumaki explicou que seu primo fazia espionagem ainda que ele mesmo já tivesse falado para ele parar, pois era membro da realeza e poderia acabar morto. Por mais que fosse bom no que fazia, era um perigo para ele e para o reino do Sol, já que poderiam usar ele como isca ou moeda de troca. O Rei do Sol perguntou qual era o estado de seu parente e Tsunade não tinha boas notícias, ele estava bem machucado, talvez demorasse alguns dias para ficar completamente lúcido.



Reino do Fogo


Esticou-se prendendo o fôlego assim que ouviu vozes se aproximando, para sua sorte, viraram à esquerda, lado oposto ao que deveria seguir. Observou os dois lados antes de passar por uma bifurcação, viu uma porta aberta e aguardou, colado à parede, para saber se havia algum soldado ali.

Não precisava se esconder em seu próprio castelo, mas não queria levantar suspeitas a seu pai e irmão, então quanto menos gente visse Itachi passeando pelas masmorras, melhor. Fazer-se de tolo e dançar a música que seu pai trabalhava duro para tocar, fazia parte de seu plano e mesmo agindo como um criminoso em um lugar que era também seu, parecia o mais sensato a se fazer agora.

Mais dois corredores escuros, lamacentos pelas infiltrações nas paredes abandonadas e lá estava o homem que tanto procurou. A enorme propriedade da família Uchiha contava com duas sessões distintas de alas prisionais. Uma de cada lado do castelo, separando os criminosos por periculosidade, mas onde seu pai colocaria um espião? Nunca ouviu esta parte, então teve que buscar ele mesmo do lado oposto ao que começara.

Os cabelos cinzas tapavam seu rosto, estava sentado em um banco de pedra, um pouco longe da grade, com a cabeça baixa e as mão unidas as costas. O homem que soube ser o intruso pego nas redondezas do palácio, parecia calmo demais para o moreno.

Fechou os olhos apurando seus sentidos, tentando ouvir passos, vozes ou algo que denunciasse a presença de mais alguém ali e quando constatou que não havia perigo, iniciou seus passos até a grande grade de ferro.

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