Capítulo 12

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"Hinata, posso afirmar que não temos ciência das reais intenções do Reino do Fogo, mas admito que houve um tratado para mais carregamentos de ferro na última reunião. Não sei ao certo o que Madara pretende, porém junto a meus irmãos, ficarei de olhos e ouvidos mais atentos a qualquer nova informação vinda de nossas fronteiras. Agradeço o contato, visto que poderíamos estar em lados opostos caso não houvesse certa amizade entres nossos reinos. Esperamos que não passe de um pressentimento ruim e que tudo dê certo em seu casamento. Não preciso dizer que estamos ao seu lado e faço questão de estar presente neste dia feliz.

Temari No Sabaku.


Hinata deveria estar feliz em saber que a amiga do reino da Areia e seu irmão não tinham ligação com os carregamentos de ferro para Madara, mas ter certeza só fez piorar seus pensamentos. Se nem Temari sabia, como seria ela capaz de entender o que se passa na mente do Uchiha quando procurou tratados para conquistar mais ferro. Sua mão foi imediatamente a testa, buscava clareza em algo tão turvo quanto uma guerra não declarada e às escuras. Poderiam ser pegos de surpresa, o que acarretaria em um massacre como os contados em alguns pergaminhos antigos, tudo isso bem típico da família Uchiha.

Deixou a carta da amiga em sua mesa. Estava sozinha na biblioteca, novamente tentando colocar as coisas em seu devido lugar. Cada nova informação pequena em um emaranhado de outras informações que nem ao certo poderiam dizer serem verdadeiras. Cada reino sabia de si, mas nunca qual era a vontade de outros. O que Madara estava tramando ainda era segredo, entretanto, sentia que algo muito errado a cercava por todos os lados. Não podia confiar em ninguém, muito menos dar-se ao luxo de estar errada. Ser pega desprevenida não era uma opção, e Neji se encarregava de treinar mais os soldados disponíveis e deixar de sobreaviso alguns outros. Essa era a estratégia combinada na semana anterior.

Sabia viver sob pressão, sempre atenta a um inimigo declarado, mas quando esse inimigo não possuía rosto, tornava-se difícil a tarefa de se preparar para um ataque, caso houvesse. Era tudo tão incerto e estar no meio dos preparativos para o grande discurso estava tirando a rainha do sério. Os dois na verdade. Há tempos não tinha um segundo de paz para aproveitar a companhia do futuro marido.

— Você está bem? — A voz rouca que ela tanto amava ouvir, ecoou pelos seus pensamentos a trazendo de volta a realidade.

— Estaria bem se não houvesse um perigo iminente batendo a minha porta e eu nem sequer sei que perigo é esse.

— Não se preocupe, vá ministrar a aula para Tsunade que eu me encarrego de proteger suas costas. — O moreno sorriu minimamente ao ver os olhos perolados a mirando de forma carinhosa. — O que foi, alteza?

— Estou admirando você... Às vezes você se esquece que o amo tanto quanto você me ama. — Ela levantou e foi em direção a ele, apoiando a mão em seu peito, olhou nos olhos do Otsutsuki. — Eu também quero proteger suas costas, Neji. — Hinata sorriu e deu um beijo rápido em seu guarda. — Vou indo, Tsunade me aguarda. — O moreno ficou surpreso, mas feliz.

Ela saiu dali e foi em direção a sala de estudos, quando Temari estava recebendo as lições, a Hyuuga pediu para ser feita uma sala especial para suas aulas. Entrou e viu a amiga sentada à sua espera, antes de começar os estudos de fato, contou sobre a carta do reino da Areia e o quanto estava aliviada de não tê-los contra si. Muito pelo contrário, Gaara e Temari a apoiavam tanto em seu casamento, quanto se uma guerra viesse a acontecer. Longas horas depois, as duas saíram de dentro da sala exaustas e foram em direção à sala de jantar, com Neji atrás delas. Sentaram-se à mesa e fizeram a refeição com calma, aproveitando cada sabor que tocavam em suas línguas.

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