Capítulo 30

24 8 2
                                    


Acordou se sentindo estranhamente cansada, passou a mão pelos olhos e depois de esfregá-los reparou o lugar. Tsunade e Temari dormiam ao seu lado, mas desta vez apenas para não deixar que uma visita do futuro rei acontecesse. Planejaram aquilo para que a saudade de não dormir juntos na noite anterior ao matrimônio colocasse mais fogo no casal real em suas núpcias. Hinata não poderia desejar tal coisa, quando mal aguentava quando o noivo testava seus limites, porém mentiria se dissesse que a falta do Otsutsuki em sua cama não lhe rendeu uma enorme saudade e uma noite mal dormida. Mesmo assim, Hinata respirou fundo e sorriu sem motivo aparente, mas na verdade, ela tinha todos os motivos do mundo, iria se casar com Neji, finalmente ele estaria ao seu lado como marido, rei e amor de sua vida.

Levantou devagar, abriu as cortinas e ouviu suas amigas murmurarem em reclamação pela luz solar invadir o quarto, ela apenas riu e abriu as janelas recebendo toda a brisa fresca da primavera. Fechou os olhos e sentiu aquela aura tão única lhe abraçar, estava quase flutuando de tanta euforia, era o seu dia. Caminhou até a sala de banho, onde as criadas já a esperavam para dar-lhe banho, relaxou o máximo que pôde ali naquela água com pétalas de rosas, as esponjas a limpavam e a deixavam cheirosa. Assim que terminou, foi secada e o robe abraçou seu corpo, foi até o quarto onde encontrou as duas amigas ainda sentadas na cama, porém acordadas, afinal, duas criadas estavam servindo o café da manhã no quarto.

As três amigas ficaram a sós e comeram aproveitando a companhia uma da outra, a conversa animada e às vezes risadas altas eram dadas pelas piadas da Senju, definitivamente ela era a alegria em um ambiente. As horas pareciam que não passavam, mas quando praticamente uma comitiva de empregadas invadiu o quarto, Hinata sabia que estava na hora de se arrumar. Foi naquele momento que sentiu seu coração bater mais rápido, percebeu que faltavam poucas horas para vê-lo e para ele vê-la também, será que gostaria do seu vestido? Acharia ela bonita ou arrumada demais? O nervosismo já estava controlando seus pensamentos, então uma taça de champanhe estacionou em sua mão.

— Precisa relaxar, Hina. — Tsunade piscou o olho e a rainha sorriu, dando um gole na bebida em seguida. Ela tinha razão, afinal. Respirou fundo e viu uma das criadas se aproximar com uma escova, sentou-se na poltrona e esperou seu penteado ficar pronto. Nada exagerado, a parte de cima do seu cabelo ficaria presa com a presilha que foi de sua mãe e o restante solto como gostava, descendo até o meio de suas costas. Ela mordia o lábio diversas vezes e a Sabaku apenas ria do nervosismo dela e mandava uma das empregadas servir mais champanhe. Contudo, não era só ela que estava à beira de ter um ataque de nervos.

Neji andava de um lado para o outro e Shikamaru já estava ficando cansado só de olhar o general, o Nara bufou e se recostou na cadeira para então dizer: — Com tanto exercício vai conseguir ficar em pé no altar, general? — O Otsutsuki parou e virou para seu subordinado lançando um olhar reprovador. — Calma, não quis te irritar.

— Então fique em silêncio. — Foi ríspido de uma maneira que nunca achou que seria, estava tão nervoso que suas mãos suavam, a cada minuto que passava ele estava mais próximo de estar casado com a mulher que ele amava. — Desculpe, não quis ser grosseiro.

— Está tudo bem, não me vejo diferente quando for me casar com Temari. — O Nara riu e fez com que Neji também sorrisse.

— Quero só ver quando estiver morando em Suna, com seus dois cunhados. Um rei e outro especialista em interrogar as pessoas. — Neji gargalhou e Shikamaru fechou a cara. — Que foi?

— Nunca vi você fazendo piadas, fiquei surpreso. — Kiba entrou no quarto segurando uma garrafa do mais valioso gin de amoras do reino, e Haru, que vinha logo atrás, fechou a porta.

— Kiba! Onde você conseguiu isso? — Neji saltou os olhos.

— A cozinheira me deu, disse que Tsunade deixou para entregar pra você hoje. — O Inuzuka levantou os copos pequenos e sorriu. — Vamos?

Casulo de SedaOnde histórias criam vida. Descubra agora