Capítulo 15

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Josh Pov

Acordei já estava no quarto, minha mãe e meu irmão estavam sentados e Any estava tomando banho porque se recusava a ir pra casa, não queria enfrentar a multidão.

Meu irmão se apossou da minha garota, ele grudou nela como uma criança gruda num doce, eu estou com ciúmes.

Se eu me lembro do que eu estava fazendo ontem? Sim eu me lembro...

Eu estava lendo umas coisas péssimas, dizendo pra eu me matar que não faria falta e umas coisas piores e deixei me levar, eu não pensei nas consequências, eu estava fora de mim e quando vi Any eu me toquei da cagada que fiz, eu senti muito medo de morrer.
Eu resolvi deixar de lado pelo menos por um tempo e aproveitar a viajem repentina da minha garota.

Estamos indo pra casa, pelo subsolo do hospital, eu estou de cadeira de rodas e morrendo de dor, esperando o remédio fazer efeito. Meu irmão e minha mãe foram no carro dela e eu e a Any vamos pra um outro lugar.

Pra ser mais especifico um lugar de montanha que dá pra ver a um pouco da cidade lá de cima.

Do hospital até lá é menos de meia hora, a minha motorista um pouco confusa com as ruas demorou mais de 40 minutos pra chegar.

-estaciona ali- aponto o deck- chegamos.

-que lugar lindo- ela diz sorrindo- porque viemos aqui?

-eu queria conversar, explicar o que aconteceu- ela nega- mas eu quero, eu sei que está chateada e preocupada e querendo não tocar no assunto mas eu quero te explicar- ela assente- foi algo que eu não pensei, não pensei no depois, eu estava lendo umas coisas e só pensei naquilo, talvez eu não quisesse ver o em volta naquele momento, e eu queria me desculpar, estou muito envergonhado e não sei o que teria acontecido se não tivesse chegado lá, você sempre me salva, sempre me ajuda e eu sou só um babaca que faz merda, você merece algo a mais que eu, mas eu sinto e quero ficar com você, mas se não quiser eu te entendo.

-acha que eu falei eu te amo da boca pra fora? Eu não disse da boca pra fora, eu falei a verdade, e se você tem problemas no seu caminho vamos resolver, juntos, eu estou disposta e se você também estiver ótimo-sorri bobo pra ela.

-consegue pegar aquela caixa no banco de trás?- ela pega a caixa e dá pra mim- é pra você.

Ela ficou olhando pra caixa por um tempo sem entender, e abriu ela bem devagar, varreu com os olhos e assim que raciocinou me olhou com os olhos arregalados.

-e aí, namora comigo- ela me encara de boca aberta tentando dizer algo- aceita tentar algo comigo?- ela intercalava o olhar entre mim e a caixa ainda sem entender- eu queria fazer outra coisa, mais romântico mas não tinha como nessas condições.

-aceito... sim- ela disse sorrindo- sim, será que posso te abraçar.

-se conseguir de lado sim- sorrio.

O porta-luvas nos atrapalhou um pouco mas deu certo. Nos olhamos e eu juntei nossos lábios, aqueles doces lábios rosados e carnudos, aquele foi o primeiro beijo de namoro, o primeiro de muitos, eu queria gritar pro mundo o quanto eu a amava mas o mundo a machucaria como me machucam e eu não quero isso, quero que ela se sinta à vontade.

-deixa eu colocar em você- pego a caixinha e coloco a fina aliança no dedo dela.

Ela faz o mesmo com a aliança que agora me pertence. Ficamos por horas conversando sobre tudo, o novo trabalho dela e trocando caricias- com o porta-luvas no meio claro.

Chegamos em casa já era tarde, a janta já estava pronta e colocada, minha namorada conheceu meu pai que chegou de viagem. Jantamos todos juntos e conversando, meu pai estava radiante que conheceu a tão famosa 'minha garota'- isso está em muitas lugares e me preocupa- minha mãe tirou a mesa brigando com a Any por ela estar ajudando e quando minha garota ligou a torneira a Dona Úrsula só faltou cair dura enquanto meu pai, meu irmão e eu riamos da briga das duas.

Fui pro meu quarto tomar banho já que Jaden roubou minha namorada. Entrei no banheiro e tudo voltou na minha mente, tudo que eu li, a lâmina que tirei do barbeador, a dor aguda que me preencheu, a primeira gota que caiu no chão, Any abrindo a porta, a toalha sendo colocada nos machucados...

Desviei esses pensamentos e decidi tomar banho, tirei os curativos dos braços e depois me despi, tirei o curativo do Josh Junior. Na hora de fazer xixi eu quase morri, deixei que a água quente levasse minha angustia pro ralo, Gabrielly me avisou que já estava no quarto me esperando pra fazer meus curativos.

-agora eu vou colocar o meu neném pra dormir- ela fala arrumando os travesseiros.

-só irei dormir se você dormir comigo- chamo.

-a gente é muito meloso, teremos diabetes.

-vai me dizer que não gosta- sorrio pra ela que assente.

Ficamos até tarde conversando e assistindo um programa de moda que interessou minha namorada, eu não consegui mais ficar de olhos abertos e cai no sono, lembro de ter sentido ela chegar mais perto e eu dormir de novo.



4/5

I will move mountains Onde histórias criam vida. Descubra agora