I will move mountains

Capítulo 26

Josh Pov
(Autora ama esse ep, aquele o coração 🥰😉)

Senti beijos pelo rosto e as mãozinhas quentes em volta do meu rosto, puxei ela pra ficar deitada em cima de mim na intensão de dormir de novo, e isso aconteceu. Acordei ainda com ela em cima de mim. Coloquei ela do meu lado e fiz o mesmo que ela pra mim acordar.

-eu acho que nós viramos ursos, a gente anda dormindo muito- ela ri da minha teoria.

-eu também acho, mas é normal.

-normal? Nós dormimos as 10pm e agora são 2pm- olho no celular- foram 16 horas.

-e agora nós vamos comer como draga porque estou com muita fome- assenti e levantamos.

-sabe que estamos nus né- ela pegou uma camiseta minha rápido e uma calcinha.

Coloquei uma cueca, olhei pra cama desarrumada, ele olhou pra mim, eu olhei pra ela e decidi deixar assim mesmo, a gente provavelmente iria voltar a dormir mais tarde.

Minha garota estava fazendo uma carne refogada com cebola, pimentão e açúcar? Porque açúcar em comida salgada. Tinham batatas cozidas na vasilha do lado direito dela e o arroz transbordando pela fervura fazendo ela ter que limpar pra não escorrer no chão. Encostei no batente da porta e fiquei observando-a. Arrumei a mesa e comemos como leões famintos.

Vocês acreditam que Any Gabrielly me prender um casa. Ela simplesmente saiu e me disse pra não sair, só me mandou uma mensagem pedindo pra eu colocar o calção e sair em 10 minutos.

Se eu sair em 9 ele vai brigar? Ah eu vou agora mesmo, abri a porta e ela estava arrumando umas comidas em cima de uma mesinha em baixo do guarda-sol.

O sorriso que eu tanto amo se abriu quando ela me viu, me aproximei e ela pediu pra eu sentar e ela deitou no meu peito.

Não precisou ser dito nada, só nós dois aproveitando aquele dia ensolarado, aquele mar calmo.

Enquanto ficamos deitados comemos todos os petiscos e o suco natural, eu estou feliz, esse tempo só com ela me fez perceber e refletir sobre muitas coisas, e a coisa mais importante é que aprendi a amar, e entendi que eu precisava desse tempo, sozinho eu não conseguiria, sorte a minha é que o destino colocou essa garota perfeita no meu caminho, eu infelizmente teria me matado naquele dia que ela chegou de surpresa no Canadá.

-no que tanto pensa- pergunta sem olhar pra mim.

-em como eu tenho sorte de te ter comigo- ela sorri com a minha fala.

-eu também tenho muita sorte, já não me imagino sem você- beijo a mão dela- que tal darmos uma volta pela areia?

Os pássaros cantavam nos altos das árvores, aquele pôr-do-sol incrível, o céu em tons de laranja deixava o clima romântico, o vento já começava a dar sinais, o mar fazia mais barulho que antes e os passos da minha garota foram diminuindo.

Ela parou e virou de frente pra mim, aquele olhar penetrante me encarava com um certo brilho, os lábios rosados me chamavam pra prova-los e eu não perdi tempo, juntei nossos lábios e iniciei um beijo calmo, sem pressa alguma, sem desejo, apenas um beijo lento de tirar o fôlego, é assim que ela me deixa, sempre, as borboletas no estômago que eu nunca havia sentido com outra pessoa, o frio na espinha, os pelinhos dos braços arrepiados, as mãos molhadas, a falta de ar... essa garota me tem nas mãos, se ela pedir pra latir eu lato.

-eu te amo- ela sussurrou próximo aos meus lábios- muito.

-eu também te amo, mais do que você possa imaginar- sorri.

-eu moverei montanhas pra expressar meu amor por você- disse a nossa frase.

-eu moverei montanhas pra ficar ao seu lado, com a família que vamos construir, eu vejo que com você eu sou mais forte, o nosso amor passou por cima de tanta coisa...- ela sorriu com a minha fala.

-passou né, namoro a distância, hospitais, crises de ansiedade, crises de choro, momentos tristes, grammy- sorri- entrevistas, comentários desnecessários, criticas... e mesmo assim a gente permaneceu, isso mostra o quão forte nós somos, enfrentamos coisas bem ruins, somos muito fortes e vamos permanecer assim, porque somos uma soma, e vamos superar muitas outras coisas... porque agora é você...- ela colocou a mão no meu peito- eu...- olhou nos meus olhos e pegou minha mão guiando pra algum lugar- e esse pedacinho de amor...- colocou a minha mão em sua barriga.

Eu demorei pra entender, eu fiquei olhando pra ela pra tentar entender e criar coragem pra ter certeza do lugar que minha mão estava, e sim, a minha mão estava em sua barriga onde estava... o nosso filho.

O nosso filho?

Tipo um filho?

Um bebê?

Na barriga dela?

Eu o coloquei ali?

A gente vai ter um filho?

Ou filha?

-eu vou ser pai- disse baixinho e ela concordou- vida...

-nada que nós planejamos acontece da maneira como queremos, tudo que planejamos até agora temos que mudar e colocar nosso pacotinho no meio- ela disse começando a chorar.

-vida...- eu só conseguia dizer isso- é sério?- ela tirou do bolso de trás do shorts um negócio branco que estava escrito "grávida +3"- oh meu Deus.

Abracei ela enquanto chorávamos como duas crianças. Eu vou ser pai. Eu vou cuidar de uma vida, uma vida que depende de nós. Eu ainda não estou acreditando, eu nunca chorei tanto na vida como estou agora.

Eu vou ser pai.

E foi ai que tudo mudou, as pessoas dizem que existem coisas que nos mudam rápido mas nada me mudou tão rápido quanto esse bebê, eu juro pra vocês foi muito rápido, todos os meus pensamentos mudaram, literalmente tudo, eu não posso ser aquele drogado de três meses atrás, eu não posso esquecer meus remédios como alguns dias atrás, e eu vou ser alguém melhor, agora eu tenho uma família com a mulher que eu amo. Eu vou ser pai.

-eu ainda não acredito- soltei do abraça ainda derrubando lágrimas- vida... a gente fez um bebê...- ela sorriu secando as lágrimas.

-sim... eu também ainda não acredito- ela levantou a camiseta- eu não coloquei o biquíni porque já dá pra ver, ou é só porque eu já sabia e achei que iria desconfiar.

-oi pequeno, aqui é o papai- voltei a chorar- papai está chorando de felicidade, e eu já te amo muito.

-a mamãe também- Any colocou a mão ao lado da minha.

Era isso que importava: a minha família. Eu, Josh Beauchamp, vou construir uma família.

-quando descobriu- perguntei levantando, deixei só minha mão na barriga dela.

-ontem, estava com medo de te contar, nós nunca conversamos sobre isso...

-eu te amo minha garota, e amo nosso filho também.

-você tem noção que agora nós vamos ter um bebê?- ela pergunta chocada.

-ainda não caiu minha ficha 100%.

Nós ficamos horas na praia trocando caricias e acariciando aquela barriga, que agora tinha um neném.

-posso contar pra nossas mães- ela assentiu e entramos em casa.

-vamos lavar o rosto porque estamos inchados.

Ja posto outro.