🔱 Acusações 🔱

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A nuance de frescor quente da manhã é trazida por Keith ao clima bastante árduo entre mim e Jac.

--- Quem ta cuidando da cabina? --- diz Keith

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--- Quem ta cuidando da cabina? --- diz Keith.

Jac caminha para a guarita, move os lábios para pronunciar algo enquanto volto ao equilíbrio de antes, forço um sorriso para Keith.

--- Isso nem é da sua conta novata! --- atua Jac me deixando aliviado. --- Devia pegar umas aulas antes de usar essa arma, o Corvo não se recusaria, acredito. --- mesmo assim ela não perde a chance de me colocar junto de Keith.

--- Se quiser... --- consigo falar --- é claro.

--- Manobrar não é difícil... --- diz Keith para mim. Em seguida para Jac --- você teria mais dificuldade, acredito!

--- Vai se ferrar! --- Jac deixa escapar a raiva. E manda um olhar apertado para mim, como se estivesse no fim de sua atuação.

--- Ei...--- Faço um sinal de sobrancelha para que Keith venha.

Sigo para o outro lado do asfalto, onde há um capim selvagem seco e poucas árvores ao fundo

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Sigo para o outro lado do asfalto, onde há um capim selvagem seco e poucas árvores ao fundo.

--- Algo estranho acontece aqui, não é? --- diz ela passando a frente.

--- Sim. Estamos todos no limite. E seu jeito acabou por despertar um escape, sinto muito.

Em parte eu não estava mentido para Keith embora ela fosse muito esperta. Levando em conta o gene que corria pelo seu corpo faltava bem pouco para nossas máscaras caírem, esse erro eu não poderia deixar acontecer.

--- Já estamos bem distantes do acampamento, tudo bem? --- falo vendo ela se cobrir por trás dos troncos grossos.

Caminhei depressa deixando a campina amassada por onde passava, circulei pelo perímetro contornando as árvores e quase a chamei, no entanto as marcas na relva pararam após as minhas.

Para onde ela havia ido!? A medida que observava as pegadas tentei encontrar uma diferença entre elas, só havia os espaços onde eu pisara, uma sombra sob o sol pousou sobre a abertura das árvores.

--- Como rastreador você não é tão bom quanto parece. --- ouvi Keith falar acima de mim.

--- Keith? --- falei mas ela não respondeu. --- Que rastreador?

--- Um de vocês esteve me caçando ou me seguindo...

Vejo um vislumbre do rosto dela. As palavras fugiram da minha cabeça, reagi, desci a mão por cima do chicote e o lancei. Ficou esticado entre nós, como um elástico, Keith segurava a outra ponta.

--- Como teria feito isso? Te conheci no acampamento. --- desconversei, apesar de ser quase uma verdade.

--- Existe inúmeras formas... a mentira é uma delas.

Assim sinto a resistência diminuir na extremidade do chicote e puxo até mim. Ela havia desistido de me atacar?

--- Eu não teria dado a você uma das minhas melhores armas se o que está dizendo fosse verdade. --- falo em defesa.

A sombra de seu corpo também se vai com o meu movimento, onde ela está?

--- Ouça bem eu quero que grave essas palavras...

Passado um segundo após a adrenalina na minha respiração, a mente de rastreador se abre para o cheiro de Keith vindo pelo sul

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Passado um segundo após a adrenalina na minha respiração, a mente de rastreador se abre para o cheiro de Keith vindo pelo sul.

--- Se ousar... --- ela enfim inicia ainda distante pois apenas ouço seus lábios se moverem --- tocar em mim, não vou precisar mais de você.

A garota dizia está me dando uma chance, digamos que ainda não era a hora dela também. No entanto a cautela seria a melhor forma de guiar essa situação, nem de longe queria Keith Séllon furiosa, podia ser o nosso fim.

SÉLLON - Saga Rajadas de Vento - Parte IIOnde histórias criam vida. Descubra agora