SÉLLON - Saga Rajadas de Vento - Parte II

🔱 Luta 🔱

A tarefa de sobrevoar um lugar ficava perigosa se por descuido a campana fosse transformada em perseguição virando assim um alvo na mira. O mais sensato era saber para onde ir, ou melhor onde atacar. E foi daí que sugeri.

--- O senhor confia mesmo nesse Dant? Pelo o tempo que estamos aqui esse tal ataque já deveria ter acontecido.

--- Ele ja deu motivos para causar desconfiança, quando Lissa trouxe-no com ela do oeste. O perseguiam pelas ruas do décimo segundo distrito, os dois chegaram aqui escondidos numa caravana. Acolhemos tanto um quanto o outro assim como você.

--- Está aqui a mais tempo que eu. --- estava tentando ser justa mesmo com os dois pés atrás. --- Se soubéssemos para onde ir adiantaria o plano, tem algum mapa com você?

--- Teria se esse mosteiro não houvesse sido saqueado, o homem que liderava a Elite foi reconhecido por Dant na primeira luta em que participou. Estávamos indo resgatar as crianças.

--- Conseguiram trazê-las mas deixaram esse lugar sem proteção. Optar pelo o certo tem seus sacrifícios.

--- Sim. --- disse ele.

--- Pelo menos sabem quem está nos atacando? --- ouvimos o salto de nosso snaiper até o pátio.

--- Richard Konig, meu irmão, junto dos soldados da Elite. Estão realizando inúmeros saques, a biblioteca de Têrcy não foi a primeira e nem a última.

--- Significa que procuram algo, tem ideia do que seja? --- perguntei aos dois.

Os dois se entreolharam se afastando de mim.

Nisso levantei me para ver como a situação prosseguia em meio ao distrito, saí pelas ruas estreitas, vazias. Se mudara algo eu não saberia estava assistindo o silêncio de Trézzius instalado em Têrcy, essa parte da história Lim não havia me contado, muita coisa ninguém havia me contado.

--- Está perdida? --- correu me um arrepio de súbito pela abordagem --- Saia das ruas a marcha passará por aqui rumo a Capital, é melhor que saia do caminho.

--- Não está quente demais para você ir para norte ao invés do sul. --- disparei na tentativa dele morder a língua e soltar uma informação.

--- O que está insinuando? --- ele desceu da motocicleta arrojada.

--- Soube que tem rebeldes nesse distrito, andar sozinho em território inimigo não costuma ser uma boa ideia.

--- Pouco importa o número de rebeldes, essa conquista é maior que todos eles unidos. É uma nômade? --- nesse período de tempo ninguém conhecia me também, irônico.

--- Gostaria mas não. Por outro lado espanta muito você ficar do lado daqueles que quer a nossa extinção.

--- Quem falou de extinção, os rebeldes? Alguns de nós temos privilégios que garantem o risco.

--- Tipo o que? Virar um escravo ou servo. Melhor repensar a sua categoria na lista de amigos dos seus superiores soldado.

--- Meu irmão é soldado... eu sou um mercenário docinho... --- avançou na minha direção, desferindo golpes de espada com a sedenta vontade de empurra-la em meu tórax porém saltei por cima dele ganhando distância, contraí o corpo para a direita e a ardência se espalhou.